17
mar

O Brasil ficou mal na fita…

Postado às 23:20 Hs

O governo brasileiro exibe um estranho troféu quando compara o pífio desempenho econômico do País em 2011 com o do resto do mundo e ainda tenta contar vantagem. No ano passado, o crescimento da economia brasileira foi menor que o do Grupo dos 20 (G-20), sua inflação foi maior e seu investimento continuou muito abaixo do necessário para uma expansão segura e continuada. No entanto, a presidente Dilma Rousseff aproveitou uma viagem à Alemanha para reclamar da política do Banco Central Europeu e recomendar mais investimentos públicos – como se o seu governo estivesse aplicando montanhas de recursos em estradas, portos, centrais elétricas e outras obras.

As bravatas da presidente e de seus principais ministros ficam ainda mais ostensivas – e indefensáveis – quando se examinam os dados sobre o desempenho do G-20 divulgados nesta semana pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A OCDE publicou também outros indicadores de desempenho dos países-membros do G-20. A inflação média em 2011 chegou a 6,6% no Brasil. Só três países tiveram desempenho pior nesse quesito: Argentina, com taxa oficial de 9,5% e taxa real provavelmente acima de 20%, Índia (8,9%) e Rússia (8,4%). Em todos os demais, incluídos alguns com crescimento acelerado, os preços aumentaram menos intensamente – 5,4% na China e na Indonésia, por exemplo. Na Alemanha, a alta de preços ficou em 2,3%, taxa muito maior que a de 2010, mas sem risco de descontrole.

O contraste é indisfarçável. No ano passado, o investimento aumentou 7,2% na Austrália, 6,9% no Canadá, 6,4% na Alemanha (a presidente Dilma Rousseff não devia saber disso), 8,8% na Indonésia e 5,7% na Holanda, mas esses números mostram apenas uma parte do quadro. Se a comparação envolvesse também as taxas de investimento, isto é, a porcentagem do PIB correspondente à formação de capital fixo, a desvantagem brasileira seria bem mais ostensiva.

O baixo nível de investimento limita fortemente as possibilidades brasileiras de expansão econômica. O investimento do setor público depende principalmente da Petrobrás. O desempenho das outras estatais é, no melhor dos casos, medíocre. Os programas e projetos inscritos no Orçamento-Geral da União e financiados diretamente pelo Tesouro são executados muito lentamente. Apesar disso, a tributação brasileira é muito mais pesada que a dos outros emergentes e de boa parte dos países desenvolvidos. Essa é uma das limitações ao investimento privado. Mas é muito mais simples, para as autoridades federais, protestar contra a expansão monetária na Europa e nos Estados Unidos e atribuir aos outros os males do Brasil. Governar seriamente dá um trabalho terrível.

20
fev

G-20 e os desequilíbrios globais

Postado às 15:22 Hs

Os Ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G-20 – grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo – chegaram, sábado, a um acordo sobre uma série de indicadores que vão medir os desequilíbrios e guiar a política dos países do bloco. A grande novidade é o fato de a China – a segunda maior economia mundial – ter cedido num dos pontos mais controversos: aceitou incluir a taxa de câmbio como um dos indicadores de desequilíbrio, o que foi comemorado pelo Brasil.

Inicialmente, o país se manteve discreto na questão do câmbio, para não desagradar a Pequim, seu forte aliado no bloco dos países emergentes, os Brics, grupo que reúne os emergentes China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul. Os chineses vêm sendo pressionados a flexibilizar sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizada, para estimular suas exportações.

Entre os indicadores aprovados sábado estão os que apontam desequilíbrios internos de um país (dívida e déficit públicos, poupança privada) e para desequilíbrios externos, como saldo em transações correntes (que inclui balança comercial, viagens, pagamento de juros e remessas de lucros e dividendos).

– Os principais indicadores para nós foram taxa de câmbio e contas externas. O Brasil não cedeu em nada. Tudo o que esta aí interessa ao Brasil. Estamos plenamente satisfeitos com o acordo – garantiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Na sexta-feira, os Brics endureceram o jogo e enterrou a possibilidade de um acordo esta semana na reunião do G-20 sobre os indicadores que definiriam os desequilíbrios na economia mundial e levariam à correção de políticas econômicas.

Fonte: O Globo

11
nov

Reunião do G 20 – Guerra Cambial

Postado às 20:49 Hs

O ministro da Fazenda Guido Mantega, que cunhou o termo “guerra cambial”, advertiu nesta quinta-feira que se o G20 não alcançar um acordo que permita evitar as manipulações cambiais, o mundo seguirá para um “protecionismo comercial”. “É preciso obter acordos sobre moedas-chave, já que se cada um se defender e cada um manipular o câmbio, isto leva os países que têm mercado a tentar protegê-los”, destacou Mantega em uma entrevista coletiva antes do início da reunião do G20 em Seul ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Se o desequilíbrio cambial não for contido, os países que têm excesso de dólares deverão adotar medidas defensivas de controle de capital”, completou Mantega, em referência às decisões anunciadas pelo ministério da Fazenda para tentar conter o fluxo de capitais especulativos que buscam no Brasil melhores rendimentos que em mercados tradicionais de países ricos. “A guerra cambial que se transforma em guerra comercial é um tema importante para ser debatido no G20“, disse o ministro. “Há países que procuram desvalorizar suas moedas para que as mercadorias fiquem mais baratas e melhorar suas exportações”, declarou, citando China e Estados Unidos.

abr 19
sexta-feira
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