O presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai receber da gestão Temer um pacote fechado de projetos de concessão, prontos para serem leiloados já no primeiro trimestre do ano que vem. No próximo dia 29, o governo vai divulgar os editais de licitação de 12 aeroportos, 4 portos e uma ferrovia. Como o trâmite leva 100 dias, Bolsonaro poderia realizar os leilões em março de 2019.

A arrecadação estimada é de R$ 1,5 bilhão e os investimentos previstos somam R$ 6,4 bilhões. Todo esse dinheiro, no entanto, não entraria no caixa ou seria injetado na economia automaticamente, já que cada edital tem regras específicas.

Ainda assim, o pacote de Temer dará a Bolsonaro a oportunidade de, logo no início de sua gestão, injetar recursos extras no Tesouro Nacional e mostrar dinamismo em uma área que escolheu como prioridade. O futuro governo terá uma secretaria dedicada a privatizações, com as quais pretende arrecadar R$ 1 trilhão.

Segundo fontes da equipe de transição, essa secretaria é objeto de uma disputa interna entre o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, o vice-presidente, Hamilton Mourão, e Gustavo Bebbiano, anunciado na quarta-feira, 21, como o futuro secretário-geral da Presidência.

André Borges – O Estado de São Paulo

30
abr

A lista tucana para apoiar o governo Temer

Postado às 13:12 Hs

Por Gabriel Garcia

O presidente nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o senador Aécio Neves (MG), levou uma lista com quatro exigências consideradas “essenciais” para aderir ao governo Michel Temer após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No primeiro ponto, Aécio pediu a nomeação de um ministro da sua ala no partido. Foi escolhida a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que congrega ações direcionadas às mulheres, negros e deficientes. No segundo ponto, o PSDB reivindicou a presidência da Câmara. Embora não admitam, deputados tucanos definem como “natural” o pedido. Porque os peemedebistas ocuparão as presidências da República e do Senado. Haveria, assim, equilíbrio de poder.

No terceiro ponto, os tucanos apresentaram um documento com exigências que devem ser cumpridas por Michel Temer na Presidência da República, incluindo o fim da reeleição. Trata-se de uma forma de mostrar que o partido está preocupado com os interesses do país.

No quarto ponto, fez-se a polêmica. Aécio não queria um ministério da área econômica para o senador José Serra (PSDB-SP). Amigo de Temer, Serra ficará com o Ministério das Relações Exteriores. O mineiro teme o fortalecimento do correligionário. Recorda o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Quando Itamar Franco, em 1992, ele nomeou Fernando Henrique Cardoso ministro da Fazenda. FHC virou presidente da República, em 1995.

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