Por El País – Afonso Benites

Enquanto propaga aos quatro ventos que a batalha pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) já está ganha, o presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), intensificou conversas com um grupo de senadores que se declaram indecisos ou que não revelaram seus votos no julgamento da presidenta afastada.

Às vésperas da votação do impedimento da petista pelo Senado – prevista para iniciar no dia 25, a próxima quinta-feira –, Temer se encontrou com oito senadores entre segunda e terça-feira, sendo que em quatro deles o Planalto identificou algum risco de votar a favor de Rousseff. Todos esses encontros foram marcados de última hora e trazem à tona uma estratégia política do Governo para superar os 54 votos necessários para condenar a presidenta. A expectativa de ministros e de senadores da base é que 61 dos 81 parlamentares votem pelo impeachment. Enquetes feitas pela imprensa brasileira, no entanto, mostram que menos de 50 parlamentares declaram seu voto contra a presidenta afastada.

Oficialmente, as reuniões no Palácio do Planalto ocorreram para discutir assuntos locais de interesses dos parlamentares, como a conclusão de obras paradas ou a liberação de recursos para municípios de suas bases eleitorais. O presidente interino não mencionou uma palavra sobre o julgamento, conforme participantes dos encontros. Cabia a auxiliares deles tratarem do tema ao término de cada audiência.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, por 26 votos a 2, apoiar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A maior parte das bancadas regionais da OAB votaram com o relator. Agora caberá à diretoria do Conselho da Ordem definir a forma técnica de fazer o apoio, se será se juntando ao pedido que já está em curso ou se entrarão com um novo pedido de impedimento de Dilma. Não há prazo defido para tomar essa decisão.

“Este não é um momento de alegria. Nós gostariamos de estar aqui a comemorar o sucesso de um governo, por isso quero que fique claro que não estamos aqui a comemorar”, disse o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.

Mais cedo, o relator do conselho, Erick Venâncio, antecipou seu voto dizendo que entende que há elementos para instauração do impeachment. “O que fundamenta são as pedaladas fiscais; a questão das renúncias fiscais para a Copa, para a Fifa; a delação do senador Delcídio e a questão de obstrução da Justiça em relação à nomeação de ministro do STJ e à nomeação do presidente Lula [para o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil]“, disse. (Veja/Com Agência Brasil)

Assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, o novo pedido de deposição da presidente Dilma Rousseff, desta vez com acusações de irregularidades supostamente cometidas este ano pelo governo, pode voltar a incendiar o clima em Brasília justamente quando o Planalto dava o assunto como encerrado. Informado de que o requerimento deve ser protocolado na terça, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não descartou aceitar a denúncia.

“Ficarei na saia justa porque será a primeira peça que efetivamente contempla as exigências legais e constitucionais”, disse Cunha a um interlocutor.Na sexta, o ex-presidente Lula avaliou que a discussão sobre o impeachment estava superada. Nas conversas que teve, Lula também demonstrou profunda irritação com o que chamou de “descontrole absoluto” do governo em relação aos vazamentos da Lava Jato.

No Planalto, a avaliação é a de que, quanto mais exposto a delações como a do lobista Fernando Baiano, menos o ex-presidente pode ajudar Dilma a superar a crise (Painel – Folha de S.Paulo)

10
set

Em Brasília…

Postado às 15:25 Hs

Rogério Marinho participa de ato no Congresso Nacional a favor do impeachment de Dilma Rousseff

Um ato suprapartidário realizado no Congresso Nacional marcou nesta quinta-feira (10) o lançamento do movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O evento contou com a presença maciça da bancada do PSDB na Câmara, inclusive com o deputado federal Rogério Marinho, presidente de honra da legenda no Rio Grande do Norte. O evento ainda reuniu parlamentares do DEM, PPS, PSC, SDD e até membros da bancada governistas que estão insatisfeitos com a realidade do país.

Os parlamentares vão pleitear a abertura de um processo de afastamento de Dilma junto à Presidência da Câmara e contam com a adesão da sociedade para convencer outros congressistas a aderirem à ação.Para Rogério, o movimento é um reflexo das manifestações de uma sociedade que não aguenta mais a atual situação do Brasil. “Chegou o momento. O que foi feito nas ruas tem ressonância no Congresso Nacional e brevemente nós teremos boas notícias para o país, que é a saída de Dilma e a volta da normalidade”, disse.

 Pesquisa Datafolha divulgada em agosto mostrou que 66% dos brasileiros defendem a abertura do processo de impeachment contra a petista, que amarga a maior impopularidade entre todos os presidentes avaliados pelo instituto.Pouco antes do ato de lançamento, o movimento colocou no ar um site (www.proimpeachment.com.br) no qual estão sendo coletadas assinaturas em defesa do impeachment.

 

21
ago

Brasília explosiva…

Postado às 20:40 Hs

APÓS SER DENUNCIADO, EDUARDO CUNHA PRETENDE ENCAMINHAR IMPEACHMENT DE DILMA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acertou com integrantes de partidos de oposição estratégias para dar seguimento a 10 pedidos de impeachment de Dilma Rousseff protocolados na Casa nos últimos meses. A informação é do blog do jornalista Fernando Rodrigues, hospedado no Portal Uol.

De acordo com Fernando Rodrigues, “tudo foi discutido de maneira intensa ontem [20], enquanto o Palácio do Planalto, ministros governistas e muitos petistas e simpatizantes comemoravam nas ruas a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por causa da Lava Jato”. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na tarde desta quinta-feira, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PGR, ele pediu e recebeu US$ 5 milhões do esquema para viabilizar contratos de aluguel de navios sondas com a Petrobras.

Uma das estratégias de Cunha seria rejeitar monocraticamente, e de forma intencional, os pedidos de impeachment para que, em seguida, seus aliados ingressem com recursos no plenário da Câmara. Assim, todo os deputados se manifestariam sobre um pedido de afastamento da presidente. (Congresso em Foco)

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