O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens. Estimativas mostram que 60 mil novos da doença surgiram no Brasil em 2012. A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino que fica abaixo da bexiga, responsável pela produção de parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides.
A doença é silenciosa e só começa a apresentar sintomas quando já está em um estágio avançado. A doença pode ser detectada por meio de sintomas específicos, como dificuldade de urinar, volume grande de urina durante o dia ou à noite e odor. Segundo o coordenador da área técnica de Saúde do Homem, Eduardo Chakora, o Ministério da Saúde recomenda fazer o exame de próstata a partir dos 50 anos de idade. “Se ocorrer esses sintomas e o homem apresentar algum antecedente, a recomendação é que procure o urologista um pouco antes, com 45 anos de idade, justamente por causa dessa predisposição familiar”, destaca.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), para diminuir os riscos de câncer, assim como outras doenças não-transmissíveis, a adoção de uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, é essencial. Além disso, a prática regular de atividades físicas também é uma das medidas básicas para a prevenção do câncer de próstata. O Inca destaca, ainda, que o sedentarismo, o envelhecimento e histórico familiar são alguns dos fatores que podem aumentar a incidência do câncer de próstata.
“Fumar: Faz mal pra você, faz mal pro planeta”. Este alerta é o tema deste ano da campanha do Ministério da Saúde em parceria com Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o combate ao tabagismo.
O cigarro deve matar em 2012 mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo – dessas, 600 mil são fumantes passivos. O número representa uma morte a cada seis segundos. Até 2030, a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 8 milhões de pessoas podem morrer em consequência do fumo.
A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Dados indicam que metade dos fumantes deve morrer em razão de uma doença relacionada a esse hábito.
A próxima quinta-feira, 31 de maio, é lembrada como o Dia Mundial sem Tabaco. No Rio Grande do Norte, 13,1% da população maior de 18 anos é fumante.
O câncer de mama é a doença que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde, estima-se que anualmente sejam registrados 1.050.000 casos desse mal. E o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres.
Trata-se da multiplicação desordenada de células que formam um tumor. Essas células são capazes de originar metástases – invadir células sadias que estão ao seu redor – e formar um tumor maligno.
No entanto, para a mulher controlar a saúde de suas mamas e diagnosticar um câncer no início, deve fazer exames anuais como ultrassonografia e mamografia, sempre com acompanhamento médico.
Brasil– De acordo com estimativas do Instituto do Câncer (Inca) para 2012, haverá neste ano 52.680 novos casos de câncer de mama no país, sendo que a maior parte será diagnosticada na região Sudeste.(Veja)
O câncer de pulmão possui um dos maiores índices de mortalidade entre os vários tipos de cânceres justamente porque pode se desenvolver por anos antes que os sintomas apareçam. Quando é finalmente detectado, pode ser tarde demais. Um novo exame, que usa apenas o hálito do paciente, promete mudar esse quadro.
Criado pela empresa americana Metabolomx, o teste consegue identificar a doença por meio das partículas liberadas no ar exalado pelo paciente, e ainda pode diferenciar os subtipos do câncer e indicar em qual estágio ele se encontra. O estudo foi publicado no Journal of Thoracic Oncology, periódico oficial da Associação Internacional para o Estudo do Câncer do Pulmão.
“Não existe hoje meios viáveis financeiramente para a detecção precoce em larga escala do câncer de pulmão. Então, essa pesquisa é bastante promissora e pode vir a ajudar.
Mas ainda é preciso que algumas respostas sejam respondidas: o resultado poderá ter interferência de infecções pulmonares? Quanto vai custar e como será feita a análise de cada amostra?
Conduzido pela Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, o estudo relatou uma precisão superior a 80% na detecção do câncer do pulmão e de cerca de 90% na distinção do tipo específico desse câncer — se é de pequenas células, adenocarcinoma ou de células escamosas. O teste apresentou ainda 79% de precisão na diferenciação entre os estágios 1 e 2 dos estágios 3 e 4, o que mostra uma capacidade para o diagnóstico precoce da doença.
De acordo com os pesquisadores, esse exame pode fornecer informações complementares aos testes já existentes hoje, como a tomografia computadorizada. Isso poderá ajudar os médicos a distinguir nódulos benignos de malignos. “Nossa pesquisa demonstrou que esse exame consegue fornecer informações que podem ajudar nas decisões sobre o tratamento, como o subtipo do câncer, seu estágio e o prognóstico”, diz Peter J. Mazzone, um dos autores do estudo.
Segundo o Insituto Nacional de Câncer (Inca), em 2012 haverá 27.329 novos casos de câncer de pulmão no Brasil. Ainda segundo o Inca, é o mais comum de todos os tumores malignos, e sua incidência mundial aumenta 2% por ano. Além disso, em 90% dos casos diagnosticados, está associado ao consumo de derivados de tabaco.
Ao receber o diagnóstico de câncer de pulmão, pacientes costumam associar a doença ao tabagismo. Mas, apesar de a grande maioria ser fumante ou ex-fumante quando recebe a notícia, muitos (83%) afirmam nunca ter se imaginado com o problema. O tipo de tumor que mais mata no Brasil é também o que pode ser evitado mais facilmente.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 90% dos casos estão relacionados ao fumo. “Surpreendentemente, e apesar de saber que a doença é relacionada ao tabagismo, uma parcela não para de fumar quando descobre o câncer no pulmão”, observa o oncologista Gilberto de Castro, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Quem larga o cigarro nessa fase, diz ele, tem melhor resposta ao tratamento em comparação aos que continuam fumando.
Pesquisa recente feita pelo Instituto Ipsos sob encomenda da empresa farmacêutica Pfizer traçou o perfil dos pacientes de câncer de pulmão e o impacto trazido pela doença – que provocou 20.622 mortes em 2008, segundo o mais recente levantamento do Inca.
A Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, mostrou que ainda existem no Brasil 25 milhões de fumantes com idade igual ou superior a 15 anos. Apesar do número ainda elevado, o levantamento revela uma queda significativa entre os usuários de tabaco em relação às últimas décadas, segundo o Inca.
“Até o momento não tem uma queda tão espetacular de prevalência registrada em outro país nesse período de tempo. O Brasil é líder no controle de tabaco no mundo, é um exemplo para o mundo todo. Se não tivéssemos feito nada, teríamos mais de 50 milhões de fumantes hoje no Brasil”, comemorou Liz Maria de Almeida, gerente de Divisão de Epidemiologia do Inca.
Para a gerente do Inca, o levantamento mostra o resultado de ações que vêm sendo adotadas pelo Plano Nacional de Controle do Tabagismo como a proibição de fumar em recintos coletivos, o aumento de impostos sobre o cigarro, como medida para inibir o consumo do produto, e os tratamentos oferecidos na rede pública de saúde para quem quer parar de fumar. De acordo com a pesquisa, 45,6% dos fumantes tentaram parar de fumar nos últimos 12 meses, o que corresponde a cerca de 12 milhões de pessoas.