Em janeiro, a inflação pesou mais no bolso das famílias de baixa renda do que no orçamento das famílias de rendas média e alta. A constatação faz parte do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o levantamento, enquanto a inflação oficial do país – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 0,42% em janeiro, a inflação para famílias de renda muito baixa (renda mensal domiciliar de até R$ 2.105,99) ficou em 0,66%.

Os grupos familiares de renda baixa (entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99) e média-baixa (de R$ 3.158,99 e R$ 5.264,99) também sentiram no bolso uma inflação maior que a média, 0,59% e 0,49%, respectivamente.

Por outro lado, lares de renda média (de R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96), média-alta (de R$ 10.529,96 e R$ 21.059,92) e, especialmente, alta (acima de R$ 21.059,92) sentiram impactos de aumentos de preços abaixo da inflação oficial, 0,37%, 0,38% e 0,04%, respectivamente.

Alimentos – De acordo com o Ipea, o peso maior do custo de vida para os lares mais pobres é explicado pela alta nos preços dos alimentos. Isso acontece porque a parcela do orçamento gasta com a compra de alimentos é bem maior para as famílias mais pobres, em relação à observada no segmento de renda mais alta.

“Em janeiro, o principal foco inflacionário para as classes de rendas mais baixas veio do grupo alimentos e bebidas, refletindo a alta dos preços dos alimentos no domicílio, especialmente dos cereais (6,8%), dos tubérculos (11,1%), das frutas (5,1%) e dos óleos e gorduras (2,1%)”, explica a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Parente Lameiras.

No mês de janeiro, o comportamento no preço dos alimentos representou um peso de 0,44 pontos percentuais (p.p.) na inflação das famílias de renda muito baixa. Já para os grupamentos familiares de renda mais alta, o peso foi de 0,14 p.p.

Os lares mais abastados contaram com outra contribuição para sentirem menos os efeitos da inflação: a queda de 15,2% dos preços das passagens aéreas e de 10,2% das tarifas de transporte por aplicativo.

Inversão em 12 meses – Os resultados de janeiro ficaram na contramão do acumulado nos últimos 12 meses. No período, foram as famílias de rendas média (4,65%), média-alta (4,93%) e alta (5,67%) que sentiram inflação maior que a média nacional (4,51%).

Por outro lado, domicílios de renda muito baixa (3,47%), baixa (3,84%) e média-baixa (4,24%) sentiram um peso menor que o IPCA no orçamento.

O Ipea explica que as maiores pressões inflacionárias nos últimos doze meses foram nos grupos transportes, saúde e cuidados pessoais e habitação, impactados pelos reajustes de 25,5% das passagens aéreas, de 10,8% da gasolina, de 6,2% dos produtos farmacêuticos, de 5,6% dos artigos de higiene, de 11% dos planos de saúde e de 8,6% da energia elétrica.

A inflação acumulada do Brasil, de janeiro a abril, foi de 2,7%. Esse é o 5º maior percentual entre os países do G20, com exceção da Austrália, que tem dados trimestrais. As maiores taxas para o período são da Argentina (31,9%), da Turquia (15,2%), da Alemanha (3%) e da França (2,8%).

O levantamento considera os 17 países que já divulgaram os dados de abril e a Zona do Euro. Para Japão, Reino Unido e África do Sul, o Poder360 considerou as projeções do mercado para abril. A Austrália não foi incluída porque contabiliza a inflação acumulada em 1 trimestre.

Segundo dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação acumulada nos primeiros 4 meses de 2022 havia sido de 4,29% no Brasil. Ou seja, desacelerou em relação ao mesmo período do ano passado. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminou 2022 com taxa anual de 5,79%. As projeções do mercado financeiro indicam que terminará este ano a 6,03%.

A inflação acumulada em 4 meses na Argentina foi de 31,9% neste ano. Havia sido de 23,2% no mesmo período do ano passado. Ou seja, aumentou 8,7 pontos percentuais.

O país também é líder no ranking quando considerada a taxa acumulada em 12 meses. O IPC (índice de preços ao consumidor) da Argentina atingiu 108,8% até abril, o maior patamar em 31 anos. Em 2º lugar fica a Turquia, com 44%.

Quando se observam as taxas acumuladas nos últimos 12 meses, o Brasil sai melhor na foto. O percentual anualizado do país foi de 4,2%, acima só de China (0,1%), Rússia (2,3%), Arábia Saudita (2,7%), Japão (3,2%), Coreia do Sul (3,7%) e Espanha (4,1%).

Considerando somente a América Latina, a inflação no acumulado do 1º quadrimestre da Colômbia atingiu 5,4%. No mesmo período, o Uruguai registrou 4,3%, também acima do Brasil. A Bolívia teve deflação de 0,1% no período.

Poder360

Acidente de Harrison Ford e inflação nas charges deste sábado - Região - Correio de Gravataí

Charge do Tacho (Jornal NH)

Por Vinicius Torres Freire / Folha

As expectativas de inflação pararam de aumentar desde o terço final de fevereiro. As projeções para 2023 e para 2024 estacionaram em um nível alto. Inflação de 5,8% nos próximos 12 meses ainda é de lascar. Pode haver reviravolta nas estimativas em dias ou mesmo horas, mas faz uma quinzena, por aí, o pessimismo parou de aumentar.

Houve ainda um alívio minúsculo nas taxas de juros de curto prazo, um ano ou menos (as taxas de prazos maiores estão em níveis horríveis). Enfim, economistas e administradores de dinheiro grosso de “o mercado” não subscreveram até agora a sugestão do Banco Central de que a Selic deva permanecer na estratosfera dos 13,75% até o Ano Novo.

QUEDA ANTECIPADA – Para a turma, a Selic começa a baixar no começo de novembro ou até em setembro. Há riscos, domésticos e externos — uma inflação mais resistente no mundo rico pode azedar a situação.

É uma trégua em batalha muito sangrenta. Essas projeções se devem em parte ao fato de que a economia desacelera. É uma situação parecida com a de tirar um dia de folga por causa de uma gripe ruim.

Esse alívio relativo é uma oportunidade para o governo tentar virar o jogo, depois de fazer tantos gols contra desde mesmo antes de tomar posse, a partir de novembro.

MERCADO DUVIDA – O “mercado” não comprou a ideia de que a Selic, a taxa básica da economia, deva permanecer em 13,75% até o final do ano. Na mediana das estimativas, a Selic termina 2023 em 12,75% ao ano. Para economistas do Itaú, em 12,5%. Para aqueles do Bradesco, em 12,25%.

Não é melhora em relação a situação do começo de novembro. Foi quando Luiz Inácio Lula da Silva passou a dar caneladas na ideia de controle do aumento de gasto e no BC.

Então, a expectativa de inflação de “o mercado” era menor e se esperava que a Selic terminasse 2023 em 11,25%. Para o final de 2024, a projeção era de 8%, já em nível que estimularia o crescimento em 2025, tudo mais constante

FÉ EM HADDAD – Parece também haver alguma fé (sic) em Fernando Haddad. Isto é, a esperança de que o ministro da Fazenda contenha ímpetos de retomada das ideias de Dilma 1. O plano de contenção da dívida que Haddad promete apresentar neste mês pode contribuir para o alívio do arrocho monetário (que não depende apenas do BC, mas da disposição dos donos do dinheiro de emprestar e de manter seus recursos em reais).

Por outro lado, a refrega no governo petista ainda é intensa, em particular entre Gleisi Hoffmann, presidente do PT e grilo falante de Lula, e a Fazenda.

Por exemplo, como noticiou esta Folha, o BNDES tem um plano de voltar a emprestar a taxas subsidiadas (menores que as de mercado), embora o projeto atual seja bem diferente da festa de dinheiro para empresonas de Dilma 1.

AMBIENTE AZEDO – Não se sabe quando haverá empréstimo subsidiado, nem quanto, o que teria algum impacto (negativo) nas taxas de juros do mercado. Levaria um tempo para o efeito prático aparecer. Porém, o ambiente financeiro fica mais azedo com essas aparições dos suspeitos de sempre (impostos ruins, como o de exportação, intervenções desmedidas em preços, como na Petrobras, em juros, como no BNDES etc.).

Não é tão fácil descartar a ideia de empréstimos subsidiados, como o fazem economistas padrão, convencionais ou caricatamente ortodoxos. Porém, a economia brasileira é tão cheia de distorções, tributárias e regulatórias, que é difícil determinar quando um subsídio vale a pena. Além do mais, deixar a decisão de subsidiar apenas na mão do governo aumenta o risco de dar besteira.

É possível imaginar políticas alternativas, de modo comedido, pois se lida com um paciente em estado crítico —a economia deste país. No curto prazo, continua sendo mais importante estabilizar o doente e melhorar suas reações.

Foto: Marcelo Camargo

Depois de ser alvo de sucessivas críticas do presidente Lula e de membros do governo, Roberto Campos Neto teria concordado em rever a meta de inflação para 2023.

Segundo fontes do governo, o presidente do Banco Central indicou que vai propor meta de inflação de 3,5% para este ano. Hoje, a meta estabelecida para 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A informação é do colunista do Metrópoles, Igor Gadelha.

A notícia caiu como bomba no mercado. A Bolsa de Valores, que operava em alta na manhã desta quinta-feira (9/2), mergulhou para uma queda de 1% após a divulgação da notícia. Os juros futuros, medidos pelo índice DI, estão operando com alta de até 2 pontos percentuais. As projeções para a Selic em 2027, por exemplo, saltaram da casa dos 11% para 13%.

Uma meta de inflação mais “frouxa” seria um sinal verde para o Banco Central começar a cortar os juros, como é desejo do presidente Lula. A Selic em 13,75% é um entrave para o crescimento da economia, mas é o único freio para uma inflação que alcançou os dois dígitos no final de 2021.

No médio prazo, como mostram as taxas DI, a nova meta deve causar um repique inflacionário, o que obrigaria o BC a voltar a subir os juros.

Batalhas perdidas

A decisão de Campos Neto possivelmente pretende evitar duas batalhas perdidas. As metas de inflação são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujos membros voltarão a ser o presidente do Banco Central, o ministro da Fazenda e o ministro do Planejamento. No desenho atual, os membros são Roberto Campos Neto, Fernando Haddad e Simone Tebet. Os ministros de Lula formam, portanto, maioria para qualquer decisão sobre a meta inflacionária.

No governo Bolsonaro, quando os ministérios da Fazenda e Planejamento foram fusionados no ministério da Economia, a terceira cadeira era do secretário especial da Fazenda, o que, na prática, também conferia ao governo a maioria. A decisão de voltar ao modelo anterior, com Fazenda, Planejamento e BC, foi tomada ainda na primeira semana de governo Lula.

Metrópoles

Analistas de mercado projetam inflação de 5,48% para 2023, uma nova alta em relação à semana passada, quando a projeção era de 5,39%. É a sexta semana seguida em que o mercado projeta inflação maior para 2023. Há quatro semanas, o índice projetado era de 5,23%.

Os números constam do Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 23, pelo Banco Central.

O relatório também projeta crescimento econômico maior para 2023 em relação à semana passada, de 0,77% para 0,79%, mesmo índice projetado há quatro semanas.

Revista Oeste

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atribuiu a queda dos índices de inflação nos últimos meses aos cortes de impostos, em especial os que recaem sobre os combustíveis e energia elétrica. Segundo Campos Neto, se não fossem as reduções, “a inflação estaria em 9%, e não em 5,8%”.

A fala foi feita na última quinta-feira (19), durante uma palestra na UCLA Anderson School of Management, na Califórnia, nos Estados Unidos. Na ocasião, ele defendeu a manutenção da taxa Selic.

Mesmo reconhecendo que a “taxa de juros está alta”, Campos Neto argumentou que o movimento é global e que um corte em curto prazo não funciona atrair investimentos. “Não ajudaria em nada cortar juro de curto prazo, porque os investimentos usam taxas de longo prazo.”

A defesa vai de encontro ao que tem pleiteado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele sustenta que há um “descompasso” entre a taxa Selic e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o aumento dos preços. Em encontro com reitores de universidades, Lula disse que “a gente poderia nem ter juros”. O presidente tem questionado a lei que garante independência do BC.

Em resposta às declarações do governante, Campos Neto disse que “Lula se orgulha de Henrique Meirelles [ex-presidente da instituição monetária] ter sido independente no BC” e que criticar a lei não significa questionar a independência. “[Lula] Acha que não precisa da lei, porque ele garante a independência sem lei”, afirmou o comandante do BC.

“Olhando para o Brasil, vemos que o mercado seria muito mais volátil se não houvesse a independência em lei”, ponderou Campos Neto, divergindo da opinião do presidente da República. “Seria uma questão que adicionaria mais volatilidade na curva longa de juros”, completou.

Conversibilidade do real

O presidente do Banco Central disse ainda que a instituição busca alcançar a conversibilidade do real a outras moedas. Isso possibilitaria, por exemplo, a abertura de contas em dólares no Brasil, no futuro. “A conversibilidade da moeda não é algo que se faz, é algo que se ganha com credibilidade e estabilidade”, afirmou Campos Neto, que ponderou que o processo é longo.

R7 com informações da Agência Estado 

10
jan

Inflação oficial fecha 2022 em 5,79%

Postado às 19:58 Hs

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. O índice ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64% no ano, acima dos 7,94% de 2021. Também tiveram impacto importante os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,43% mais caros. O grupo de despesas vestuário, por sua vez, teve a maior variação no mês: 18,02%.

Os transportes ajudaram a frear o IPCA de 2022, ao registrar deflação (queda de preços) de 1,29% no ano. Esse grupo de despesas havia acumulado inflação de 21,03% no ano anterior.

O grupo comunicação também fechou o ano com deflação: -1,02%. Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas de inflação no ano: artigos de residência (7,89%), despesas pessoais (7,77%), educação (7,48%) e habitação (0,07%).

Dezembro

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,62% em dezembro. A taxa ficou acima do 0,41% do mês anterior mas abaixo do 0,73% de dezembro de 2021.

A maior alta de preços do mês veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,60%), que também teve o maior impacto na inflação oficial no período. Os itens com maior impacto nesse grupo foram produtos de higiene pessoal (3,65%), em especial os perfumes que, com uma alta de 9,02% tiveram o maior impacto individual no IPCA.

Com uma inflação de 0,66%, os alimentos e bebidas tiveram o segundo maior impacto na inflação oficial de dezembro, puxados pelas altas de preços de produtos como tomate (14,17%), feijão-carioca (7,37%), cebola (4,56%) e arroz (3,77%).

Nenhum grupo de despesas apresentou queda de preços no mês. Mas grupos como transporte e habitação tiveram mais baixas que em novembro. Os transportes tiveram taxa de 0,21% em dezembro, abaixo do 0,83% de novembro, devido às quedas de preços da gasolina (1,04%), óleo diesel (2,07%) e gás veicular (0,45%).

As altas de preços do etanol (0,48%), das passagens aéreas (0,89%) e dos pedágios (3%) mantiveram os transportes com inflação.

Habitação passou de 0,51% em novembro para 0,20% em dezembro, devido às altas menos intensas, em dezembro, de itens como aluguel residencial (0,40%) e energia elétrica residencial (0,20%).

Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 

Levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado na 5ª feira (15.dez.2022), mostra que a inflação de novembro ficou abaixo da registrada em outubro para todas as faixas de renda. Os dados indicam que as maiores pressões inflacionárias foram provocadas por 3 grupos: alimentos e bebidas, transportes e habitação.

O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda é divulgado mensalmente. O levantamento considera 6 categorias de renda domiciliar:

  • muito baixa (menor que R$ 1.726,01);
  • baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02);
  • média-baixa (entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04);
  • média (entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07);
  • média-alta (entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14); e
  • alta (maior que R$ 17.260,14).

Em novembro, as menores variações foram registradas para as famílias de renda alta (0,27%) e de renda muito baixa (0,33%). Em outubro, nas mesmas faixas, a inflação havia sido respectivamente de 1,14% e 0,51%.

Já as maiores variações foram observadas nas classes de renda média-alta (0,49%) e de renda média (0,46%). No entanto, mesmo nessas faixas, a inflação foi maior no mês de outubro, registrando respectivamente 0,64% e 0,61%.

No acumulado do ano, a menor variação é de 4,87% para as famílias de renda média-baixa. Já a maior, de 6,27%, foi observada para as famílias de renda alta. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e usado como índice oficial da inflação no país, registra uma variação de 5,13% desde o início do ano.

Agência Brasil

Com a queda da inflação e da taxa do desemprego nos últimos meses, o salário médio do brasileiro voltou a subir. O impacto da redução de preços aponta mudança na trajetória da renda do trabalhador, que vinha sofrendo um achatamento desde a retomada das atividades presenciais.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o salário médio alcançou R$ 2.737 no trimestre de julho a setembro de 2022. Pela primeira vez desde junho de 2020, o rendimento dos brasileiros aumentou tanto na comparação trimestral (3,7%) quanto na anual (2,5%). Já a massa de rendimento real habitual (R$ 266,7 bilhões) cresceu 4,8% frente ao trimestre anterior e 9,9% na comparação anual.

De acordo com a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o desemprego chegou a 8,7% no trimestre encerrado em setembro. O percentual é o menor apurado desde julho de 2015 (8,4%). Com o recuo de 0,6 ponto percentual da taxa de desocupação, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,5 milhões de pessoas, o menor volume desde o trimestre finalizado em dezembro de 2015.

O (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência, também apresentou resultado positivo pelo nono mês seguido no mercado formal de trabalho. Segundo os dados de setembro, o Brasil abriu 278.085 vagas de trabalho com carteira assinada. O resultado tem impacto na taxa básica de juros, a Selic, que foi mantida pelo Banco Central nesta quarta-feira (26) pela segunda vez consecutiva em 13,75% ao ano.

R7

Foto: Wilson Dias / ABr

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o salário mínimo deve receber um reajuste acima da inflação, mas sem dar detalhes sobre quando a correção ocorreria. O ministro se referiu também a aposentadorias e pensões.

“Se durante a pandemia nós corrigimos o salário mínimo, as aposentadorias e pensões pela inflação, porque agora que acabou a pandemia nós não faríamos isso? Nós vamos subir até um pouco acima da inflação”, disse.

Guedes participou nesta quarta-feira (26) de uma palestra promovida pela Fucape Business School, em Vitória (ES), quando também afirmou que a taxa Selic deve começar a cair em 2023, pouco antes da decisão Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (26). “A inflação está caindo, então o juro vai começar a descer no ano que vem e vai empurrar o crescimento mais para cima”.

O ministro também comentou sobre o desempenho do Brasil frente às demais economias desenvolvidas.

“A economia começou a crescer, a inflação caiu. De 20 países do G20, só 3 países estão com a inflação mais baixa do que a do Brasil: Japão, China e Arábia Saudita. E o crescimento econômico do G7? O maior é o nosso. Nós vamos crescer mais do que a China este ano”.

Guedes afirmou também que o Auxílio Brasil é três vezes maior do que outros programas sociais e garantiu que “a turma mais vulnerável está protegida”.

CNN Brasil

O Brasil tem a 4ª menor inflação dos integrantes do G20 em 2022. No acumulado de janeiro a setembro, registrou uma taxa de 4,1%. O percentual é maior que somente o do Japão (2,8%), da Arábia Saudita (2,7%) e da China (1,9%). O levantamento foi feito pela Austin Rating.

O Brasil registrou deflação – queda de preços – por 3 meses seguidos, o que ajudou a segurar a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país. Em julho, a taxa no acumulado do ano era de 5,49%. Recuou para 4,1% depois da sequência de resultados negativos.

A maior taxa do G20 é da Argentina, que chegou a 66,1% no acumulado de janeiro a setembro. O país poderá terminar o ano com inflação acima de 100%. Em 2º lugar aparece a Turquia, com 52,4%.

A inflação do Brasil no acumulado do ano é menor que na Alemanha (9%), na União Europeia (8,5%), no Reino Unido (7,6%), nos Estados Unidos (5,8%) e na França (4,5%).

Poder360

Inflação do Brasil é a 3ª maior em ranking com as principais economias do  mundo - Sindicato dos

Charge do Cazo (Arquivo Google)

Por Alexandro Martello / g1 — Brasília

Os economistas do mercado financeiro reduziram de 6,70% para 6,61% a estimativa de inflação para este ano e também elevaram a previsão de crescimento da economia. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

ACIMA DO TETO – No entanto, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021.

Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente as que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário necessariamente acompanhe esse crescimento.

Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos.

META PARA 2023 – Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim Focus, a previsão para 2023 passou de 5,30% para 5,27%.

A nova redução da estimativa de inflação em 2022 coincide com o corte de impostos sobre itens essenciais, como combustíveis e energia elétrica. Esses produtos por si só já impactam a inflação. Além disso, influenciam indiretamente os preços de outros itens. Por exemplo, se o preço do diesel aumenta, o transporte de um determinado produto fica mais caro. O dono da loja que revende esse produto, então, repassa o aumento para o consumidor, que acaba pagando mais caro pelo mesmo item.

A diminuição dos impostos, em ano eleitoral, foi uma estratégia adotada pelo governo e pelo Congresso. No entanto, apesar de segurarem a inflação em 2022, essas medidas pressionam os preços para 2023, conforme já alertaram diversos economistas. Diante disso, o Banco Central já tem admitido que o foco é controlar a inflação em 2024.

PIB MELHORA  – O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Esse novo aumento acontece após a divulgação do resultado do segundo trimestre, com alta de 1,2%. A previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 2,26% em 2022, contra 2,10% previstos anteriormente.

Já para 2023, a previsão de alta do PIB é bem modesta e avançou de 0,37% para 0,47%. No entanto, ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem, um diferença cinco vezes maior.

Em meio aos impactos da guerra na Ucrânia e de uma possível recessão nos Estados Unidos – com impactos sobre a economia global -, o Banco Central (BC) continuou a apertar os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 13,25% para 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Esse foi o 12º reajuste consecutivo na taxa Selic. O BC manteve o ritmo do aperto monetário. Assim como na última reunião, a taxa foi elevada em 0,5 ponto.
O pior momento da inflação no Brasil já passou, disse nesta segunda-feira (27) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacando que o Brasil está muito perto de finalizar todo o trabalho de elevação de juros para domar a alta de preços. No Fórum Jurídico de Lisboa, Campos Neto disse que as ferramentas do Banco Central vão frear o processo inflacionário, repetindo que grande parte do trabalho do BC já foi feito. “O Brasil tem uma memória de inflação muito maior e mecanismos de indexação muito mais vivos, isso denota uma preocupação maior para o Brasil. A gente vê que todos os países estão caminhando, subindo juros, o Brasil já está muito perto de ter feito o trabalho todo, alguns países estão no meio do caminho”, disse. Há duas semanas, o Banco Central subiu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e disse que antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude, na reunião de agosto.
Em meio aos impactos da guerra na Ucrânia sobre a economia global, o Banco Central (BC) continuou a apertar os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 12,75% para 13,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando estava em 13,75% ao ano. Esse foi o 11ª reajuste consecutivo na taxa Selic. Apesar da alta, o BC reduziu o ritmo do aperto monetário. Depois de dois aumentos seguidos de 1 ponto percentual, a taxa foi elevada em 0,5 ponto. De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de dezembro do ano passado até maio deste ano.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Países espalhados pelo mundo inteiro estão enfrentando crises econômicas com aumento da inflação. De acordo com o assessor de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, a inflação dos Estados Unidos é a maior dois últimos 40 anos; a da Alemanha, dos últimos 30; e a Inglaterra enfrenta a pior crise inflacionária em 10 anos. As declarações foram dadas em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.

Segundo Adolfo Sachsida fenômeno atingiu também o Brasil, que fechou o ano com inflação oficial de 10,06%, bem acima da meta que poderia variar até 5,25%. Mesmo assim, a inflação de 2021 ficou abaixo do índice registrado em 2016, disse o assessor. Segundo Sachsida, a inflação está nesse momento em seu pico, que deve durar até o fim de maio e, após esse período, entrará em trajetória convergente para as metas.

Durante a entrevista, o assessor do Ministério da Economia também comentou o crescimento do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) brasileiro, que ficou, no ano passado, em 4,6%, superando o de países como Coreia do Sul, Alemanha e Japão. Segundo ele “foi uma grande vitória da política econômica”. De acordo com o assessor, o resultado comprova a retomada em “V” da economia defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Adolfo Sachsida falou também sobre a retomada da geração de empregos. No ano passado foram 2,7 milhões de postos criados. Segundo ele, o brasileiro está conseguindo voltar a trabalhar. “Nós estamos falando do maior desastre de saúde pública dos últimos 100 anos. Num ambiente desse, o desemprego no mundo inteiro aumentou”, disse. De acordo com o assessor, no Brasil já retornou aos patamares pré-pandemia. “Tudo isso porque tomamos o conjunto correto de ações econômicas pra preservar empregos”. Ele citou o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, em que o governo ajudava empresas a manter os trabalhadores, além de programas de crédito. A entrevista completa você confere no programa Brasil em Pauta, que vai ao ar às 19h30, na TV Brasil.

Agência Brasil

11
mar

* * * QUENTINHAS… * * *

Postado às 20:32 Hs

* * * A inflação acelerou e subiu 1,01% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11). É a maior taxa para o mês desde 2015. Com o resultado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 10,54% em 12 meses. O resultado veio acima do esperado. Analistas econômicos ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,95% para a inflação em janeiro e 10,50% para o indicador em 12 meses.* * *

* * * Faltam três semanas para Rogério Marinho deixar o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para virar candidato ao Senado no Rio Grande do Norte (RN). Seu sucessor ainda é um mistério. Mas há duas certezas no Palácio do Planalto. A primeira: será Marinho quem indicará a Bolsonaro o novo Ministro. A segunda: o escolhido não será Pedro Guimarães, que continuará no comando da Caixa. * * *

* * * O ex-vereador de Natal Fernando Lucena oficializou nesta sexta-feira (11) sua saída do PT, partido ao qual estava filiado havia mais de 30 anos. A desfiliação foi informada à presidente do partido na capital, a vereadora Divaneide Basílio (PT), através de uma carta. Petista histórico, Lucena vinha acumulando desgaste dentro do partido, especialmente depois que fez duras críticas ao secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia. Ele também teve atritos com o partido após não conseguir se reeleger vereador em 2020, depois de três mandatos na Câmara.* * *

 

A prévia da inflação de preços no Brasil subiu 0,58% em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a variação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 10,20% em 12 meses, abaixo dos 10,42% observados em dezembro.

Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em janeiro. A exceção foram os Transportes, cujos preços recuaram 0,41%, após a alta de 2,31% em dezembro. As quedas nos preços da gasolina (1,78%) e das passagens aéreas (18,21%) garantiram o recuo em Transportes.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em janeiro. A exceção foram os Transportes, cujos preços recuaram 0,41%, após a alta de 2,31% em dezembro. As quedas nos preços da gasolina (1,78%) e das passagens aéreas (18,21%) garantiram o recuo em Transportes.

O maior impacto no índice foi do grupo Alimentação e bebidas, com elevação de 0,97%. Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais (0,93%). Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de dezembro e 13 de janeiro de 2022 e comparados com os vigentes de 13 de novembro a 13 de dezembro de 2021. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

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