Os dados da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Norte nesta segunda-feira (29), confirmam a redução da taxa de transmissibilidade da Covid-19 para um pouco abaixo de 1. A informação foi dada durante a coletiva de imprensa realizada de segunda a sexta-feira pelo Governo do RN. Três pesquisas apontam a diminuição, como anunciou o professor Ricardo Valentim, coordenador do Laboratórios de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN e integrante do Comitê Científico de assessoramento ao Estado sobre a pandemia. Os estudos são de responsabilidade do professor José Dias – que utiliza modelagem matemática -, do LAIS e dos professores Ângelo Roncalli e Kênio Lima, da UFRN. “São três metodologias diferentes que apontam redução da transmissibilidade que é o quanto um indivíduo é capaz de contaminar outros”, informou Valentim. Embora neste momento a transmissibilidade tenha reduzido para menos de 1 – já ficou entre 1,5 e 2,1 –, há ainda alta pressão por leitos de UTI, mesmo diante deste quadro de redução apresentado nos últimos seis dias. O coordenador do LAIS explica que há uma mudança no perfil da demanda por leitos. Os dados do Regula RN mostram que a média de 90 casos na fila aguardando internação em leitos críticos, vem se reduzindo. “Nosso monitoramento verifica aumento na indicação de pacientes para leitos do tipo clínicos – o que pode ser encarado de forma positiva pois é mais fácil ter estes leitos, já que eles demandam menos equipamentos e pessoal especializado”.
O Governo do Rio Grande do Norte inicia nesta quinta-feira (4) um modelo mais rígido de fiscalização para o cumprimento das normas de isolamento social e de restrição às atividades comerciais consideradas não essenciais. O novo decreto estadual com normas para o enfrentamento à pandemia do coronavírus foi editado nesta quarta-feira (3). A operação de fiscalização será composta por integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar. As forças estaduais de segurança vão atuar em conjunto com órgãos municipais, como a vigilância sanitária e a Guarda Municipal. A atividade começa na quinta-feira nas cidades de Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo. Na sexta-feira (5), a vez é da cidade de Extremoz. O novo decreto permite que as autoridades públicas tomem providências cabíveis para a punição, cível, administrativa e criminal, bem como para a prisão, em flagrante, quando for o caso, de todos aqueles que descumprirem ou colaborarem para o descumprimento das medidas de isolamento social.

Via Tribuna do Norte 

Os medidores de distanciamento social para conter o coronavírus, registrados pela plataforma InLoco, indicam que o Rio Grande do Norte não tem adesão de aproximadamente 50% da população em dias de semana pelo menos desde o dia 25 de março. A partir dessa data, o índice de cumprimento das medidas alcançou metade da população somente em feriados e finais de semana, quando normalmente parte dos serviços fecham e o movimento nas cidades diminui. O percentual é classificado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) como o mínimo de cumprimento esperado a partir dos decretos estaduais em vigor. O ideal é considerado 60%, que nunca foi alcançado.

Os dados do InLoco, uma empresa que trabalha a partir da geolocalização dos celulares, são divulgados pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) diariamente. A última vez que o Rio Grande do Norte ficou acima dos 50% de isolamento social foi no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes. Desde então, mesmo nos finais de semana e no feriado do Dia do Trabalhador, em 1º de maio, o índice ficou abaixo. Na quarta-feira, 13, última data compilada, o percentual de cumprimento foi de 42,07%.

Para o físico Rafael Chaves, pesquisador do Instituto Internacional de Física (IIF) da UFRN, os índices de isolamento social entre 50% e 40% são insuficientes para evitar o colapso dos leitos de saúde no Brasil. O pesquisador aplicou cálculos matemáticos, em um trabalho feito em parceria com outros dois pesquisadores do IIF, hospitais e outros centros de pesquisa, para fazer uma análise do cenário nacional e chegou à conclusão de que o percentual necessário para evitar o colapso é de 70%.

“O distanciamento feito até agora, de 50%, em média, no Brasil, foi muito eficiente para diminuir o número de infectados e mortos. Hoje estamos na casa dos 12 mil mortos, mas se não tivesse sido feito nada já estaríamos nas centenas de milhares, seria algo muito catastrófico. Mas esses 50% não são suficientes. A gente realizou o cálculo em meados de abril e viu que se a gente continuasse em 50% já estaríamos vendo o sistema de colapso de saúde na primeira semana de maio. É justamente o que está acontecendo em vários Estados”, afirmou Chaves.

mar 29
sexta-feira
04 13
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
103 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.952.403 VISITAS