jul
No pedido de prisão, Procuradoria afirmou que Geddel é “criminoso em série”
Postado às 20:31 Hs
jul
[ Ponto de Vista ] “Não subestimo os deputados, não acho que Temer já ganhou”, diz seu advogado
Postado às 19:30 Hs
“Pavão misterioso/ pássaro formoso/ tudo é mistério/ nesse seu voar/ mas se eu corresse assim/ tantos céus assim/ muita história/ eu tinha pra contar” – começa assim a bela canção do cearense Ednardo. Agora apareceu outro pavão, o procurador-geral da República, cheio de poses, bocas e madeixas medievais. Nas mãos dele se embala o boiadeiro trambiqueiro goiano.
Surgiram os verdadeiros números e nomes do império bovino. É quase todo público disfarçado atrás das asas do pavão:
1 – A estrutura do grupo JBS é toda construída pelo dinheiro público: o BNESPAR é dono de 22% de todo o seu capital e a Caixa Econômica Federal dona de 5%. Logo 27% de recursos públicos.
2 – A compra nos Estados Unidos do Grupo Swift foi de 2,7 bilhões de reais, totalmente financiado pelo BNDES.
3 – A compra do Grupo Alpargatas foi totalmente financiada pela Caixa Econômica: 2,3 bilhões de reais.
4 – A Eldorado Celulose foi montada com dinheiro do FGTS, dos Fundos de Pensão Petros, Previ e Funcef. A dívida total hoje do grupo Eldorado, que está a venda, é de 8,5 bilhões de reais junto a estas instituições de propriedade dos trabalhadores.
5 – O Banco Original, que está a venda, tem dívida total de 3,5 bilhões de reais junto ao FGC – Fundo Garantidor de Crédito. O patrimônio líquido do Banco é de 2,1 bilhões de reais.
6 – Hoje a dívida bruta do grupo JBS é de 58,6 bilhões de reais, com agravante de que 31% têm vencimento nos próximos 12 meses.
7 – As linhas de crédito do JBS para o exterior que garantem a presença deles no mundo, tem esse perfil: Banco do Brasil – 5 bilhões de reais; na Caixa Econômica – 10 bilhões. Nos bancos privados: Santander 4,5 bilhões de reais, no Bradesco 3,2 bilhões de reais e no Itaú 1,5 bilhões.
Este é o retrato financeiro do grupo JBS.
Ainda bem que Procurador da República se troca de dois em dois anos. Este de agora, quando setembro vier.
jun
Polícia Federal acusa Temer de corrupção, e a estrada do poder chega ao fim
Postado às 21:58 Hs
jun
Michel Temer libera quase R$ 1 bilhão em emendas após delação do grupo J&F
Postado às 19:27 Hs
jun
No novo depoimento, Joesley confirma as contas que beneficiaram Lula e Dilma
Postado às 21:26 Hs
Por Renata Mariz e Thiago Herdy / O Globo
O empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, da JBS, prestaram depoimento na segunda-feira na Procuradoria da República no Distrito Federal em investigação instaurada a partir das delações do grupo. Eles foram chamados para explicar as informações prestadas nos termos de colaboração fechado com a Operação Lava Jato que envolvem contas no exterior com recursos de propina supostamente destinados aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Os dois ex-presidentes negam a acusação.
Na delação, Joesley narrou que manteve duas contas no exterior por onde passaram cerca de US$ 150 milhões, dos quais US$ 70 milhões teriam sido movimentados em nome de Lula e US$ 80 milhões, de Dilma. Essa parte da colaboração premiada fechada com a Lava Jato foi desmembrada e encaminhada para a Procuradoria da República no Distrito Federal, que abriu um Procedimento Investigatório Criminal (PIC).
PRIMEIRA INSTÂNCIA – Como Lula e Dilma não têm foro privilegiado, a investigação passa a ser feita em primeira instância. A Procuradoria da República no DF confirma que Joesley e Saud prestaram depoimento nesta segunda-feira em Brasília, mas não informou qualquer detalhe do que foi revelado. Também não revelou se novas oitivas estão marcadas.
O empresário desembarcou neste domingo no Brasil. Segundo informações divulgadas na noite desta terça-feira pela assessoria da JBS, o empresário passou os últimos dias na China, e não nos Estados Unidos, como se supunha em função dos imóveis que ele em Nova Iorque. “Ele se ausentou do Brasil nos últimos dias para proteger a integridade de sua família, que sofreu reiteradas ameaças desde que ele se dispôs a colaborar com o Ministério Público”, escreveu a assessoria de Joesley, em nota.
NOTA DE JOESLEY– De acordo com o comunicado, o empresário esteve na segunda-feira em reuniões em Brasília. Nesta terça-feira, ele participou de encontros de trabalho em São Paulo. Leia abaixo a íntegra do comunicado de Joesley Batista:
“O empresário Joesley Batista informa que está no Brasil desde domingo passado. Ele se ausentou do Brasil nos últimos dias para proteger a integridade de sua família, que sofreu reiteradas ameaças desde que ele se dispôs a colaborar com o Ministério Público.Joesley Batista estava na China – e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República. Não revelou seu destino por razões de segurança. Viajou com autorização da Justiça brasileira.
O empresário esteve ontem, segunda-feira, em Brasília, em reuniões. Hoje, participou de encontros de trabalho em São Paulo. Joesley é cidadão brasileiro, mora no Brasil, paga impostos no Brasil e cria seus filhos no Brasil. Está pessoalmente à disposição do Ministério Público e da Justiça brasileiros para colaborar de forma irrestrita no combate à corrupção.”
RETALIAÇÃO DO GOVERNO – Nos últimos dias, o setor jurídico do grupo J&F, que detém a JBS, vem dando continuidade às investigações internas para oferecer à Procuradoria-Geral da República (PGR) dados complementares à colaboração premiada dos executivos da empresa. Desde quando delatou dezenas de políticos do alto escalão, inclusive o presidente Michel Temer, o grupo J&F tem identificado a ação de técnicos e agentes públicos de diferentes órgãos em ações de fiscalização às suas empresas. Executivos têm interpretado a iniciativa como tentativa de intimidação ao grupo, por isso têm sido orientados por integrantes da PGR a registrar o nome desses funcionários e encaminhá-los ao órgão para que os episódios sejam investigados.
jun
[ Ponto de Vista ] Na certeza da vitória, Temer já monta estratégia contra a denúncia de Janot
Postado às 22:46 Hs
Por Cristiane Jungblut / O Globo
Diante da sinalização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Palácio do Planalto e a base aliada no Congresso já intensificam a mobilização para barrar eventual denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer por conta da delação do empresário Joesley Batista, da JBS. O presidente Michel Temer está se reunindo com aliados desde a semana passada — e reforça agora — para fechar um mapa de apoios.
Segundo um aliado, o presidente quer ter cerca de 300 votos a seu favor, quando ele precisa de apenas 172 votos para barrar a aprovação pela Câmara de autorização para abertura de processo contra Temer por infração penal. Temer aposta na sua relação com os deputados, principalmente como o chamado baixo clero, para isso e numa irritação nos corredores do Congresso com o que se chama de “abusos” do Ministério Público, inclusive na prisão de parlamentares e ex-parlamentares.
FUGIR DO 171 — “Temer quer ter o maior número de votos, não apenas os 171, para mostrar força neste momento “— disse um interlocutor do presidente. Aliados de Temer ainda mostraram alívio com a sinalização dos ministros do TSE, em especial com Tarcísio Vieira, que foi nomeado por Temer há pouco tempo, mas até agora dava sinais contraditórios sobre sua posição. Nesta manhã, ele se posicionou contra novas provas, notadamente da Odebrecht.
“Não estão aceitando as delações posteriores. Excelente sinalização para o final” — disse um deputado aliado.A Constituição determina que a abertura de processo seja autorizada pela Câmara, por 2/3 dos deputados, ou seja, 342 dos 513. Temer tem recebido deputados, aprovado pacote de bondades e usado nomeações no Diário Oficial.
CONFIANÇA TOTAL – A aliados, o presidente disse que “não há chances” de a Câmara aprovar abertura de processo por crime penal ou mesmo impeachment, por crime de responsabilidade. Aliados contabilizam que, com todo o desgaste, o Palácio do Planalto tem pelo menos 250 votos. Além disso, parlamentares dizem que não há boa vontade com o Ministério Público da Casa, por um sentimento de corporativismo, visto que nas operações da Lava-Jato vários deputados ou ex-deputados têm sido presos.Temer montou um QG de aliados, que conta com os deputados Beto Mansur (PRB-SP), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Carlos Marun (PMDB-MS). E ainda recebeu toda a bancada do PTB na noite de quarta-feira. O líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), disse que o partido está apoiando a permanência de Temer no cargo, apesar de todo o desgaste.A tática de Temer é se aproximar cada vez mais dos partidos do chamado Centrão, diante da posição do PSDB, ora apoiando ora dizendo que sairá.“O momento é muito ruim para termos outra ruptura” — disse Jovair Arantes.
SOLIDARIEDADE – Nos corredores, os parlamentares dos partidos do chamado centrão lembram que eles também são alvo e que Temer “foi um deles”. O presidente comandou a Casa por três vezes. “Se o Temer não tiver 171, 172 votos, é melhor ele renunciar. E ele tem uma base de mais ou menos 250” — disse um interlocutor do presidente.
Os parlamentares aliados reclamam, nos bastidores, da ofensiva do Ministério Público e da Polícia Federal. Pesa ainda o fato de o mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estar acabando em setembro, ou seja, no futuro não será mais ele que mandará na PGR. “A disposição aqui, na Câmara, com o Ministério Público é nenhuma” — disse um experiente parlamentar na tarde desta terça-feira.
A pior da notícia para o presidente Temer, que tenta resistir sem aparentar forças suficientes, veio com a conformação do pedido de impeachment pela Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, a mesma que puxou o tapete de Collor e de Dilma. Ontem, o presidente da instituição, Claudio Lamachia, informou que apresentará, ainda nesta semana, à Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment do presidente Michel Temer.
No último fim de semana, a OAB aprovou, por 25 votos a 1, entrar com o pedido de impeachment após se tornar público o conteúdo das delações dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo Lamachia, mesmo que a gravação de uma conversa entre Joesley e Temer (em 7 de março deste ano), entregue ao Ministério Público, tenha passado por algum tipo de edição, como argumenta a defesa do presidente, as declarações públicas de Temer sobre o episódio confirmam o teor do diálogo e “isso que é indiscutível”.
“Não há definição sobre a data. Estamos elaborando a peça, com responsabilidade, isso tem que ser feito com calma. Asseguro a vocês que ainda no curso dessa semana estaremos protocolando”, disse Lamachia, em entrevista à imprensa. Ao falar sobre o pedido de impeachment, Lamachia explicou que a peça em elaboração não leva em conta eventuais edições ou montagens na gravação da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer, mas, sim, a atitude do presidente após o encontro, ocorrido no dia 7 de março.
“Mesmo que o áudio tivesse alguma edição, as duas declarações públicas de Temer confirmam o teor do diálogo. E isso que é indiscutível. A decisão da OAB levou mais em consideração o fato de o presidente ter escutado tudo que escutou e não ter feito nada em relação a isso, do que propriamente o conteúdo integral”, afirmou o presidente da OAB.
Fonte: Blog do Magno
Apresentador passou parte do programa deste domingo dando lição de moral, falando da vergonha da corrupção e cobrando um Brasil melhor, mas esqueceu que aceita dinheiro de um dos maiores corruptos da nação
A delação premiada de Joesley Batista ,empresário e dono da JBS, parece que vai atingir quase todas as pessoas da nossa nação de alguma maneira. Quem assistiu o programa do Faustão neste domingo deve ter reparado na ira do apresentador, Fausto Silva por várias vezes cobrou o fim da corrupção e também deu lição moral e cívica.
Até aí tudo bem, todos nós estamos revoltados com o escândalo envolvendo Temer, Aécio, Joesley, Wesley, Lula, Dilma e muito mais políticos. A única coisa que Faustão esqueceu é que um de seus anunciantes é o Banco Original, uma instituição financeira brasileira controlada pela holding J&F, grupo dos empresários Joesley e Wesley Batista.
O apresentador chegou a finalizar suas famosas pegadinhas com: ” Num oferecimento do Banco Original, você assistiu as Cacetadas do Faustão.”. A atitude soa no mínimo muito estranha, como pode cobrar e não dar o exemplo? Fausto Silva devia seguir o exemplo de Tony Ramos que abandonou a barca furada dos irmãos Batista e cancelar de imediato qualquer relação com o grupo. Não adianta cobrar o fim da corrupção se está recebendo dinheiro de um dos maiores corruptores da história do Brasil.
O escândalo envolvendo toda a classe política do País e um dos maiores empresários do Brasil parece que não pegou apenas nós de surpresa. Tony Ramos, um dos mais famosos atores da nação também se viu traído pelas últimas notícias divulgadas pela imprensa.
Maio
Michel Temer diz que áudio foi adulterado e pede arquivamento de investigação
Postado às 16:59 Hs
O presidente Michel Temer fez neste sábado um pronunciamento afirmando que o áudio gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, foi adulterado, teve mais de 50 edições, e pediu a suspensão do processo que foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigá-lo. Temer disse que permanece na Presidência e negou que tenha cometido o crime de corrupção passiva, pois os pleitos do empresário não foram atendidos. Chamou Joesley de “fanfarrão” e afirmou que não acreditou nas afirmações do empresário de que havia cooptado juízes e promotores.
– O que ele fala em seu depoimento não está no áudio. E o que está no áudio demonstra que ele estava insatisfeito com o meu governo. Essa é a prova cabal de que meu governo não estava aberto a ele. Fica patente o fracasso de sua ação. O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não decidiu a questão solicitada por ele. O governo não atendeu a seus pedidos. Não se sustenta, então, a acusação pífia de corrupção passiva – disse Temer.
Este foi o segundo pronunciamento do presidente em menos de três dias.
As informações são de O Globo.
Apesar de preocupada com a crise política, presidente do STF disse que instituições estão funcionando
Na semana em que foi divulgado o teor da delação da JBS, com indícios apresentados contra o presidente Michel Temer, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira que o país vai sobreviver. Ela disse que o momento é de “transformações” e que as gerações futuras vão lembrar de hoje como apenas uma passagem na história.
– O país sempre vai sobreviver, porque o país é o povo. E o povo, o ser humano, tem o instinto de vida muito mais forte que o de instinto de morte. As gerações, eu acredito muito que vão vir coisas e pessoas boas, depois que a gente já tiver ido embora, e que vai lembrar isso como uma passagem. O mundo tá preocupante, o mundo inteiro. Momento de grandes transformações, não tem modelo prévio. O mundo tá girando e eu tô igual a roda-viva – disse a ministra a um grupo de jornalistas.
Apontada como uma das possibilidades para suceder Temer em caso de cassação ou de renúncia, a ministra disse que está feliz no Judiciário. As informações são de O Globo.