A crise instalada em torno do chefe da Petrobras, Jean Paul Prates, entrou pelo segundo dia sem uma solução definitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voltou ontem à tarde a Brasília depois de cumprir agenda no Nordeste. Auxiliares do presidente, porém, consideram a situação insustentável.

Enquanto isso, Prates arma sua defesa para se manter no cargo. Além dos conflitos com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, o estilo de gestão de Prates também tem desagrado o presidente Lula, de acordo com auxiliares próximos do petista.

A troca no comando da companhia é tratada abertamente por ministros do governo, que ressaltam, porém, que a saída de Prates ainda não está sacramentada. A avaliação no Palácio do Planalto é que Prates mergulhou muito no que chamam de lógica corporativa da empresa petrolífera. Isso gerou um conflito conceitual entre o que o presidente da República defende para a estatal e o modelo que está sendo implantado pelo CEO da companhia.

Pessoas próximas a Lula entendem que isso pode ser determinante para uma troca de comando da empresa.

O Globo

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Em meio à alta das cotações do petróleo Brent no mercado internacional e à suspensão das exportações russas, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira (3/10) que a estatal avalia a possibilidade de fazer um novo reajuste nos preços dos combustíveis até dezembro.

“Estamos agora analisando a possibilidade ou não de outro reajuste até o final do ano, mas a gente ainda não tem isso como dado, não tem isso como concreto”, disse a jornalistas, após cerimônia de comemoração dos 70 anos da companhia, no Rio de Janeiro.

“O que temos como concreto é que a nossa política de preços, daquele túnel de volatilidade, que tem o intervalo entre o valor marginal e o custo alternativo do cliente, está funcionando”, continuou Prates.

Tempestade

A Petrobras anunciou o último reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel em meados de agosto. Ele explicou, ainda, que, desde que mudou a política de preços da empresa, abandonando a paridade com a impostação (PPI), ocorreram inúmeras oscilações do Brent e também do diesel.

“O diesel disparou, refinarias da Rússia pararam de funcionar, tivemos enxugamento do diesel russo, que estava chegando e fazia um certo colchão de amortecimento no preço também. Estamos vivendo no mercado com uma espécie de tempestade que a gente tem que administrar, saber quanto tempo vai durar e quanto tempo temos de colchão para aguentar essa volatilidade”, ponderou.

O presidente da companhia disse, também, estar avaliando o percentual e o melhor momento para um reajuste. “Tempo e percentual estão sendo decididos. Se for necessário faremos, e vamos ver quando podemos de novo, após o inverno do hemisfério norte, voltar ao patamar anterior”, destacou.

Correio Braziliense

30
jul

Jean-Paul Prates: à beira do abismo

Postado às 11:40 Hs

Um embate entre o alto escalão do governo Lula tem colocado em xeque a gestão da maior empresa do Brasil, a Petrobras.

De um lado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD, apadrinhado do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. De outro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, bancado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Interlocutores de Jean Paul com quem a CNN conversou relatam o que consideram uma campanha maciça por parte do ministro Silveira e de seus aliados para fragilizar Prates, especialmente no Palácio do Planalto.

São mencionados desde notas à imprensa que deixaram Prates em situação desconfortável a declarações de Silveira mirando Prates, como quando ele disse que o presidente da estatal não tratava com honra a questão do gás no Brasil.

Um aliado de Prates lembra que auxiliares de Lula foram avisados de um evento interno promovido pela presidência da Petrobras na Bahia no mesmo dia em que Lula visitou Ilhéus (BA).  O aviso ao Planalto veio acompanhado da mensagem de que a agenda “concorria” com a presidencial.

Prates vem há algum tempo tentando avisar o núcleo duro do governo de que o eventual cerco de Silveira está evidente, segundo seus aliados.

Fonte: Blog do Robson Pires

29
jul

PT quer a cabeça de Jean-Paul

Postado às 10:54 Hs

De Fátima Bezerra a Gleisi Hoffman todos do PT querem a cabeça do franco-carioca presidente da Petrobras Jean-Paul Prates. Ainda tem o centrão louco por cargos, o desejo de acusar mais espaços. Some ainda a irritação de aliados com a soberba de Jean, só tem pisado no chão por causa da lei da gravidade.

Jean é uma indicação pessoal do presidente Lula, não tem apoio político. Nessa época que o presidente precisa negociar espaços, pode voar a qualquer momento. O franco-carioca tem tido conflitos com a governadora Fátima Bezerra, seus assessores vivem de plantar notícias desabonadoras do outro.

O problema de Jean-Paul é achar que o cargo é “dele”. Por não ter mandato, a situação é muito fragilizada. A imprensa do sul se olhasse melhor para o passado de Jean teria uma vasto material para queimá-lo. O PT adoraria.

Blog do Gustavo Negreiros

 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), reiterou nesta sexta-feira, 16, que prefere desagradar o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a ver o fracasso de políticas públicas ligadas ao aumento da oferta de gás para a indústria e suas repercussões em emprego e renda.

“Entre agradar a Jean Paul e cumprir o compromisso do governo com a sociedade brasileira, de gerar emprego e combater desigualdade, prefiro que ele feche a cara, mas que nós possamos lograr êxito na política pública”, disse. Esta semana, Silveira fez reiteradas críticas à política de reinjeção de gás em reservatórios de petróleo com o intuito de aumentar sua pressão interna e facilitar a produção de óleo. As informações são do Estadão.

Ontem, ele disse que Prates estava sendo “no mínimo negligente” com relação ao gás. Nesta sexta-feira, em seminário do grupo Esfera, no Rio, voltou a atacar a estratégia da Petrobras e disse que a companhia não lhe apresenta justificativa para reinjetar cerca de 44% do gás que produz. Não bastasse, ele disse que suas unidades de processamento de gás natural (UPGNs) estão “completamente sucateadas e poderiam estar produzindo muito mais”.

A jornalistas, porém, Silveira minimizou as rusgas entre o ministério e a Petrobras, e disse que o tema não deve ser personificado. “Queremos debater com seriedade a questão do gás, não só com a Petrobras, mas com as demais petroleiras. O gás vem sendo tratado há anos como um subproduto do petróleo. Entendo que é possível que esse gás chegue em maior quantidade e de imediato em menor preço para a gente gerar emprego”, continuou.

O ministro ainda reclamou do fechamento de duas fábricas de nitrogenados, uma em Camaçari (BA) e outra em Sergipe, o que atribuiu ao alto preço do gás. “Mais de dois mil empregos perdidos por falta de preço de competitividade do gás”, disse.

Foto: Reprodução

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta terça-feira (16) a redução nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP). Os novos preços valem a partir desta quarta (17). A afirmação foi feita ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião entre os dois em Brasília.

Segundo Jean Paul Prates, as reduções nas refinarias serão as seguintes:

  • gasolina A: redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%);
  • diesel A: redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%);
  • gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%).

Com essa redução, segundo a Petrobras, o preço do botijão de gás para o consumidor final pode cair abaixo dos R$ 100. O valor praticado na revenda, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo. As denominações “gasolina A” e “diesel A” se referem ao combustível puro – antes da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente.

No início da manhã, a estatal anunciou uma nova política de preços para os combustíveis no mercado interno. Com isso, fica revogada a fórmula da Paridade de Preço de Importação (PPI), baseada nas oscilações do dólar e do mercado internacional de óleo, e que contabilizava também os custos logísticos com transporte e taxas portuárias, por exemplo.

Preços seguirão ‘referência’ internacional, diz Prates

Em seguida, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a nova política de preços da estatal não se afastará da “referência internacional dos preços”. Segundo ele, o preço global do petróleo será considerado, mas em outro modelo. A fórmula anterior, diz Prates, era uma “abstração”.

“Estamos comunicando ao mercado um ajuste na estratégia comercial de composição de preço e nas condições de venda. Esse modelo maximiza a incorporação de vantagens competitivas, sem se afastar absolutamente da referência internacional dos preços”, disse.

“Quando digo referência, não é paridade de importação. Portanto, quando o mercado lá fora estiver aquecido, com preços fora do comum e mais altos, isso será refletido no Brasil. Porque abrasileirar o preço significa levar vantagens em conta, sem tirar nossas vantagens nacionais”, disse.

“Paridade de importação era uma abstração. Pegar preço lá fora, colocar aqui dentro como se tivesse produzido lá fora, só que na porta da refinaria daqui”, continuou.

Por G1.

 

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um dia após a Petrobras anunciar a redução do preço do diesel, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse, nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro, que a estatal pode diminuir o preço da gasolina. “Sempre que a gente puder vender mais barato para o consumidor brasileiro, a gente vai fazê-lo”, afirmou ao ser perguntado se a empresa deve baixar o preço da gasolina este mês.

Após participar do lançamento do “Caderno FGV [Fundação Getúlio Vargas] Energia de Gás Natural”, Prates destacou que a empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um “dogma”.

“Não aceito o dogma do PPI. Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional com o preço de mercado de acordo com o nosso cliente. [A] cliente bom você dá desconto. É a política de empresa”, explicou.

Referência internacional
Acrescentou que o melhor preço para a empresa é o preço próximo da referência internacional. “Não quer dizer que eu tenho que andar exatamente em cima da linha do preço do importador. É bem diferente. Não quer dizer que eu vá me afastar, me isolar e virar uma bolha no mundo. Temos que seguir a referência internacional. Se lá fora o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias, eu tenho que corresponder para o consumidor final. Mas eu não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar”.

Durante o evento, o presidente da Petrobras ressaltou que a companhia vai investir na infraestrutura para transporte, escoamento e distribuição do gás natural, que ele apontou como entraves para o mercado do gás.

Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou, nesta quinta-feira (02), que a empresa não ficará atrelada à política de preços de diesel e gasolina que tem como base a Paridade de Preços e Importação, conhecida como PPI. Prates concedeu sua primeira coletiva à imprensa, no Rio de Janeiro, e disse pretender que a Petrobras pratique preço de mercado no qual estiver atuando.

Para Prates, a PPI “é uma abstração”, não constitui uma paridade internacional e quando a Petrobras se afasta dessa política não significa que está se afastando da referência internacional. “PPI é paridade de importação”, destacou. De acordo com ele, a companhia pretende capturar mais mercado e ser a melhor opção para seus clientes, mas a PPI deixa de ser o único parâmetro.

“A Petrobras vai praticar preço competitivo e do mercado nacional, do mercado dela, conforme ela achar que tem que ser, para garantir a sua fatia de mercado em cada lugar que estiver presente”. Ele ponderou que a PPI talvez não seja o melhor preço, na maioria das vezes, porque se refere ao preço do concorrente, isto é, do importador.

“A minha posição é ser mais competitivo aonde eu puder ser”. A companhia vai se defender, assegurou. “Enquanto houver fatia de mercado para a Petrobras capturar, ela vai capturar, dentro das regras, dentro da competitividade natural”.

Divulgação

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta sexta-feira (3) a suspensão do processo de transferência de funcionários da empresa que atuam no Rio Grande do Norte. Com a decisão, cerca de 300 trabalhadores que estavam prestes a serem transferidos para outras localidades, por ordem da direção anterior da estatal, vão permanecer em solo potiguar. O anúncio foi feito por Jean Paul durante visita à sede da empresa em Natal.

Atualmente, a Petrobras tem cerca de 500 funcionários no RN, que atuam na exploração de petróleo em campos terrestres e na refinaria Clara Camarão. A direção anterior da estatal tomou a decisão, contudo, de deixar de operar os campos – vendendo sua participação para empresas privadas, mantendo basicamente a refinaria. Com isso, aproximadamente 60% dos trabalhadores (cerca de 300) já tinham recebido a notícia de que seriam transferidos para outros polos.

Nesta sexta, Jean Paul afirmou que a venda dos campos está mantida, mas as transferências de funcionários estão interrompidas.

“Estão suspensas aquelas transferências que estavam programadas, engatilhadas automaticamente à venda dos ativos. Porque são pessoas que têm sua vida no Rio Grande do Norte. Eu, mais do que ninguém, sei como é bom vir morar no Rio Grande do Norte e ficar aqui, ser adotado pelo Rio Grade do Norte. Não quero que ninguém seja expulso, despejado do Rio Grande do Norte, porque vendeu o ativo”, afirmou Jean. “A Petrobras não vai mais sair do Rio Grande do Norte. A gente já tem o que fazer, já sabe o que pode fazer”, acrescentou.

Segundo apurou o PORTAL DA 98 FM, a ideia do presidente da Petrobras é aproveitar os funcionários da empresa em outras atividades que serão exploradas no Estado, para além da extração de petróleo e do refino.

Portal 98FM

Foto: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

As ações da Petrobras recuaram na bolsa de valores nesta quinta-feira (26). A queda acontece após Jean Paul Prates ter tido seu nome aprovado, por unanimidade, como novo presidente da empresa. Às 15h43, os papéis ordinários da estatal brasileira tombavam em 2,8%, com preço de R$ 29,54. Por sua vez, as ações preferenciais também caíam, a 2,9%, com preço de R$ 26,15.

Prates licenciou-se do cargo de senador pelo PT nesta semana. Como parlamentar, chegou a propor um fundo que utilizasse o dinheiro pago pela Petrobras aos acionistas e outros recursos para estabilizar o preço dos combustíveis. Hoje, os valores são atrelados ao preço no mercado estrangeiro.

A política de preços é um dos pontos sensíveis da empresa, na avaliação de Prates. Durante os trabalhos na equipe de transição, ele afirmou que a metodologia é uma política de governo, e não de Estado.

A Petrobras adota o modelo de PPI (preço de paridade internacional), o que faz com o que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Jean Paul Prates se reunirá ainda nesta tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, eles deverão começar a discutir nomes que podem ser indicados pelo governo ao conselho de administração, entre outros temas.

Nomeação

A nomeação de Prates foi aprovada nesta quinta pelo conselho de administração da Petrobras, por unanimidade. Agora, o nome precisa ser validado pela assembleia geral de acionistas, que deve ser convocada com um mês de antecedência.

Além da presidência, Prates foi indicado para integrar o conselho de administração da Petrobras. Seu nome havia sido aprovado durante análise interna por parte dos comitês de elegibilidade e de pessoas.

R7 com Reuters

O senador Jean Paul Prates deve ser oficializado como membro do Conselho e presidente interino da Petrobras já nesta quinta-feira (26), afirmam ao blog fontes que acompanham o processo dentro da estatal.

Nesta terça (24), o comitê de pessoas da petroleira se reúne e deve dar o aval ao nome do petista para comandar a empresa.

Também nesta terça, a Petrobras soltou uma nota onde confirma que haverá reunião do Conselho de Administração na quinta e que “um dos assuntos em pauta é a indicação do Sr. Jean Paul Prates para a presidência da companhia”.

Prates foi indicado pelo presidente Lula no dia 3 para o comando da Petrobras e confirmado em ofício do Ministério das Minas e Energia no dia 12.

Os trâmites normais o fariam assumir a empresa entre o fim de março e abril. O governo, entretanto, fez uma articulação para conseguir antecipar o processo. Entre as urgências do novo comando está o de dar a cara da política de preços dos combustíveis no governo Lula.

Nesta terça-feira, a Petrobras anunciou um reajuste para a gasolina e, segundo especialistas no setor, os preços do combustível seguem defasados, assim como do diesel, em relação ao mercado internacional.

O blog apurou que Prates passou as últimas semanas conversando com todos os conselheiros da Petrobras. Cinco são indicados pelo governo, quatro de acionistas minoritários e um representante dos funcionários. Ele já teria garantido a maioria dos votos.

Na quinta, o conselho da Petrobras tem reunião ordinária, em que primeiro o senador seria escolhido membro do conselho e, na sequência, na mesma reunião, nomeado presidente interino.

Prates fica como interino até que o seu nome seja referendado pela assembleia de acionistas, marcada para abril. Há também a possibilidade de os conselheiros convocarem uma assembleia extraordinária, que seria realizada dentro do prazo de trinta dias.

Prates, que passou as últimas semanas entre Brasília e o Rio de Janeiro, aproveitou ainda para se reunir com diretores da empresa. Há a expectativa de que o petista realize mudanças nos cargos de direção.

Durante a campanha, ele defendeu uma política de preços para os combustíveis baseada em três pilares: preço de referência estabelecido pela ANP, conta de estabilização para momentos críticos e criação de estoques estratégicos, mas não obrigatórios.

 Blog da Ana Flor

A Petrobras informou nesta sexta-feira (13) que recebeu ofício do Ministério das Minas e Energia, no dia anterior, confirmando a indicação de Jean Paul Prates para exercer os cargos de presidente da companhia e de membro do Conselho de Administração da petroleira. O ofício menciona também que o nome do indicado foi aprovado pela Casa Civil da Presidência da República, conforme dispõe a legislação, “registrando que, sem prejuízo das avaliações preliminares levadas a efeito na referida pasta, deve a Petrobras, à luz de seus próprios critérios, procedimentos e normativos de governança, analisar a presente indicação”. Mais cedo, a Reuters publicou que a Petrobras havia recebido a indicação formal de Prates pelo governo.

Reprodução

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (4), com o mercado de olho nas sinalizações do novo governo, e após o indicado do governo para a presidência da estatal, Jean Paul Prates, descartou intervenção direta no mercado para conter o preço dos combustíveis.

Às 15h29, o Ibovespa subia 1,20%, a 105.413 pontos.  Perto do mesmo horário, as ações da Petrobras subiam cerca de 2,3%. No dia anterior, o indicador caiu 2,08%, a 104.166 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumula queda de 5,07% nos dois primeiros dias do ano. O que está mexendo com os mercados?

Os investidores reagiram bem à fala de Prates durante a posse de Geraldo Alckmin no Ministério da Indústria. Questionado sobre a política de preços da Petrobras, ele afirmou que não haverá intervenção.

“A Petrobras não faz intervenção em preços, ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. É um contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar a nossa política de preço para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras”, disse.

Ele apontou, no entanto, que os preços terão que refletir “o fato de a gente produzir no Brasil”. Assim, o preço local seguirá vinculado ao preço internacional, mas a paridade internacional de preços deverá ser abandonada.

Os investidores repercutem também declaração feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de que pretende discutir a “antirreforma” da Previdência, em referência às regras aprovadas em 2019 – o que já foi negado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Os investidores permanecem de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na segunda-feira, ele afirmou que buscará uma “harmonização” entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).

Haddad também afirmou que o Ministério da Economia enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.

Na terça, o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo, disse à GloboNews que Haddad deve encaminhar ao presidente Lula até a próxima semana o que chamou de “plano de voo” para reduzir o déficit deste ano.

Entre as declarações e ações do novo governo que repercutiram de forma negativa nos últimos dias está a menção de Lula ao teto de gastos em seu discurso de posse — o presidente chamou o mecanismo de “estupidez” e disse que ele seria revogado.

Já o anúncio da prorrogação da isenção de impostos federais sobre os combustíveis e a determinação do presidente de revogar os processos de privatização de oito estatais, entre elas os Correios, também foram mal recebidos pelo mercado.

Portal 98FM

Da governadora Fátima Bezerra sobre a indicação do senador Jean Paul Prates para presidência da Petrobras:

NOTA

Foi com muita alegria que recebemos o anúncio da indicação do nosso querido senador Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras. Já lhe parabenizei, em nome do povo do Rio Grande do Norte, e falei da nossa felicidade pela confiança de que fará um belo trabalho à frente da empresa de maior referência na América Latina no setor de energia.

Agradecemos ao presidente Lula pela feliz escolha, com a certeza de que, com o currículo e trajetória de Jean Paul nessa área, a Petrobras voltará a ser fomentadora de desenvolvimento e tecnologia para o nosso Estado e para o Brasil.

Jean Paul Prates é um grande defensor da indústria nacional e já afirmou que sua prioridade à frente da Petrobras é construir caminhos para a transição energética da empresa, sem descuidar das atividades petrolíferas. Isso abre a possibilidade do Rio Grande do Norte, que já é referência no campo das energias renováveis no Brasil e na América Latina, avançar ainda mais para a transição energética para uma economia de baixo carbono, adotando como meta prioritária a expansão das fontes renováveis.

O RN está muito orgulhoso e feliz!

Fátima Bezerra – Governadora

Natal (RN), 30 de dezembro de 2022

 

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, será o novo presidente da Petrobras. A informação foi confirmada à coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles, pela presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann. O anúncio oficial deverá ser feito por Lula nos próximos dias.  O parlamentar foi um dos coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição.

Prates é crítico da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) e já propôs no Senado várias alternativas para a compensação do preço de combustíveis. Na transição, ele defendeu a criação de algum mecanismo que sirva de “colchão de amortecimento” para as flutuações de preços. Na visão de Prates, a política de preços deve ser definida pelo governo e não pela empresa.

“Quem define política de preço de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado e a gente tem que desfazer de uma vez por todas é dizer que a Petrobras define política de preços de combustível. Não vai ser assim. Vai seguir a política do governo? Claro”, afirmou. O futuro presidente da estatal também afirmou que a política de distribuição de dividendos será revista.

Metrópoles

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador petista Jean-Paul Prates tem o nome cotado para assumir o comando da Petrobras no futuro governo do presidente eleito. Apesar de ter experiência na área de energias e da proximidade natural com a próxima gestão, especialistas dizem que ele não poderá assumir a vaga ou, no mínimo, que terá um embate jurídico caso venha a ser indicado.

O motivo é que a interpretação majoritária da Lei das Estatais, entre outras coisas, impede que pessoas que tenham disputado eleições nos últimos 36 meses comandem estatais.

Desde que aceitou ocupar a vaga de suplente de Carlos Eduardo (PDT) na disputa pelo Senado, onde o ex-prefeito de Natal acabou derrotado por Rogério Marinho (PL), Jean-Paul Prates vinha tendo seu nome especulado como o possível futuro comandante da mais importante estatal brasileira. Recentemente, a imprensa publicou que o senador estaria impedido de comandar a empresa por sua suposta participação em núcleo de direção partidária, o que seria vedado no estatuto da empresa. O petista negou a informação. Contudo, pela Lei das Estatais, ele está impedido, no entendimento de juristas consultados pela Tribuna do Norte.

A Lei 13.303 de 30 de junho de 2016 trata sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. No enciso II do parágrafo 2º do artigo 17, a norma determina a vedação de pessoa que atuou, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral. Apesar da contestação por parte de Jean-Paul Prates com relação à participação na direção do PT, ele foi candidato a prefeito em 2020 e suplente neste ano. “A norma é bem clara com relação a isso (realização de campanha eleitoral). Se ele foi candidato, é óbvio que participou de campanha. Não posso garantir o que vão decidir, mas o que a lei diz é muito claro e ele não poderia assumir”, avaliou o advogado e ex-juiz eleitoral Wlademir Capistrano.

A avaliação foi a mesma de outro jurista consultado pela Tribuna do Norte, mas que preferiu não se identificar. Por outro lado, o advogado Leonardo Palitot disse que vê a interpretação da lei como dúbia e pode haver controvérsia. “Vejo que o texto permite várias interpretações e que, acaso provocado, vai caber à Justiça a última palavra”.

O senador Jean-Paul Prates não chegou a comentar publicamente a possibilidade de comandar a estatal. Por outro lado, analistas econômicos viam com ressalva o nome do petista que, mesmo com experiência na área e perfil também técnico, é um político, o que traria temor ao mercado. “Eu vejo com certo ceticismo porque é um nome político, é um senador. O mercado espera um nome mais técnico. A indicação reacende nos investidores temores do passado de usar a estatal como capital político para financiar cargos, tudo isso acaba afugentando os investidores”, afirma Felipe Moura, sócio e analista de investimentos da Finacap.

O presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira, 10, que as estatais serão “respeitadas” no novo governo e que a Petrobras não será “fatiada”. Durante encontro com parlamentares aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, o petista também disse que os bancos públicos voltarão a ser bancos de investimentos.

Tribuna do Norte

 

Desde segunda-feira (31), Jean-Paul aparece como nome “óbvio” para assumir a estatal e, ainda na segunda, o mercado não reagiu bem a essa possibilidade. As ações da empresa recuaram 8,5% (PETR4) e 7,04% (PETR3). Papéis chegaram a recuar quase 10% após a notícia do Broadcast/Estadão que o senador seria o preferido para a vaga.

Vale lembrar que, muito mais do que o “peso” do nome de Jean-Paul, a queda das ações pode está vinculada as promessas de Lula feitas durante a campanha. Dentre elas, para os combustíveis, Lula prometeu o fim da política de paridade internacional de preços.

Além disso, a proposta do Jean Paul Prates — que ainda precisa ser detalhada – é criar referências regionais que levem em conta a formação de preços nacionais e importados. Não se trataria de tabelamento de preços dos combustíveis, segundo o senador. Prates defende a criação da conta de estabilização de preços, um projeto seu, aprovado no Senado Federal com apoio do governo, mas posteriormente barrado por iniciativa de Paulo Guedes.

“A ideia é evitar grandes aumentos aos consumidores em momentos de alta volatilidade do mercado. E a criação de estoques reguladores, para garantia do abastecimento nacional”, afirmou.

VIAGEM COM LULA

Jean Paul Prates foi um dos escolhidos para acompanhar o presidente eleito na COP27, conferência da ONU sobre mudanças climáticas. O evento está previsto para acontecer no Egito este mês e a ideia é que Prates auxilie o presidente nas conversas com líderes estrangeiros e representantes de organizações especializadas no tema.

Além de Jean Paul Prates, os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Fabiano Contarato (PT-ES) também devem estar na comitiva do presidente eleito. A COP27 acontecerá entre os dias 6 e 18 de novembro. A data da viagem de Lula ainda não foi definida. Oficialmente, entretanto, o Brasil será representado pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Lula foi convidado pelo Consórcio Amazônia Legal, comandado pelo governador do Amapá, Waldez Goés, para integrar a comitiva dos governadores da região para a COP-27.

Fonte: 96 FM

17
mar

Eleições 2022: Jean Paul Prates no PSD

Postado às 9:32 Hs

O blog do BG teve conhecimento que está tendo um entendimento do PSD nacional com o PT, para levar apoio a candidatura de Lula e nesse acordo entraria a mudança de partido do senador Jean Paul Prates. O parlamentar sairia do PT para o PSD, que aqui no estado do Rio Grande do Norte, passou a fazer parte da bancada de apoio ao governo Fátima Bezerra.

A movimentação começou após a governadora, com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comunicar ao petista que havia escolhido o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) para a disputa. Prates era suplente de Fátima Bezerra antes de assumir o mandato no Senado.

Mesmo tendo assumido o cargo na vaga de suplente de Fátima, Jean Paul não foi o nome escolhido pela executiva, que optou por se aliar com o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, na disputa pelo Senado.

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