Em 30 anos, as mortes por armas de fogo no Brasil aumentaram 346%. Em 1980, foram 8.710 vítimas, enquanto que, em 2010, o número saltou para 38.892. O balanço foi feito pelo Mapa da Violência 2013: Mortes Matadas por Armas de Fogo, realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
O estudo considerou ocorrências de três tipos: óbitos acidentais por agressão intencional de terceiros (homicídios), auto provocados (suicídios) ou de intencionalidade desconhecida, “cuja característica comum foi a morte causada por uma arma de fogo”.
No entanto, a pesquisa deixa claro que os homicídios, com crescimento de 502,8% no intervalo de tempo, foram os responsáveis por puxar o grande aumento das mortes por armas de fogo no País. No mesmo período, os suicídios com armas de fogo registraram aumento de 46,8% e os óbitos por acidentes, por sua vez, caíram 8,8%.
VULNERABILIDADE – O Mapa da Violência também mostra que a população jovem é a mais vulnerável. “Entre os jovens, o crescimento da mortalidade por armas de fogo foi mais intenso ainda. Se no conjunto da população os números cresceram 346,5% ao longo dos 30 anos, entre os jovens esse crescimento foi de 414%”, escrevem os autores na publicação.
Entre os jovens, se considerados apenas os homicídios, o crescimento da mortalidade por armas de fogo também foi acelerado (591%). Na população como um todo, a variação foi de 502,8%.
Para o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o aumento da violência entre os jovens se deve, entre outras razões, à exclusão da educação. “São pessoas que encontram pouca inserção: não estudam, não conseguem trabalho e sem perspectiva de futuro”, comentou à Agência Brasil.
Minha Opinião: Em nossa cidade as drogas tem vitimado jovens e aumentado ainda mais a estatística da violência, não é um caso isolado somente porque a cidade cresceu. Acredito que algo deva ser feito, com políticas públicas unidas nas três esferas de poder para a tranquilidade de todos e para que a violência diminua não só em Mossoró mas em todo o país. Temos que unir forças de toda a sociedade neste combate. Por um país mais seguro e tranquilo.
O projeto de lei que cria o Estatuto da Juventude foi aprovado na tarde desta terça-feira (23) pela comissão especial que analisou a matéria. “O texto é resultado de um grande esforço para incluir sugestões dos parlamentares e das entidades representativas dos jovens”, disse a relatora, deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). O estatuto vai a regular os direitos das pessoas entre 15 e 29 anos. Antes de seguir para o Senado, o projeto precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara.
A proposta cria o marco legal para a juventude. O texto assegura uma série de direitos aos jovens, como meia-passagem no transporte interestadual e intermunicipal e meia-entrada para os estudantes em eventos culturais e de lazer. De acordo com o texto da comissão, é assegurado ao jovem a participação na elaboração de políticas públicas para a juventude, cabendo ao Estado e à sociedade estimularem o protagonismo juvenil.
O projeto também assegura que todo jovem tem direito à educação, com a garantia de ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para aquele que não teve acesso aos respectivos níveis de ensino na idade adequada.
O estatuto garante aos jovens índios o direito ao emprego de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem no ensino fundamental regular, podendo ser ampliado para o ensino médio. O texto diz ainda que é dever do Estado assegurar ao jovem a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino médio, na modalidade de ensino regular, com a opção de cursos diurno e noturno.