Reportagem de Marina Dias, Folha de São Paulo de quinta-feira 17, revela que, nos bastidores, tanto Aécio Neves quanto Eduardo Campos, vêm estimulando pequenos partidos, como o PSC, PPS, PSOL e PRTB, para que lancem candidatos à sucessão de 2004 e com isso, contribuírem para que haja segundo turno nas eleições do próximo ano. Se estão agindo nesse sentido é porque não confiam no fato de as votações de ambos, somadas, sejam suficientes para evitar os 50% mais um de Dilma Rousseff. A atual presidente, assim, cresce mais com esse comportamento dos pré-candidatos do PSDB e do PSB. Depois de ler a matéria da FSP, vai naturalmente sentir-se mais forte. Vejam só: Aécio e Campos incentivam que o PSC dispute o pleito com a candidatura do pastor Everaldo Pereira; o PPS com a ex-vereadora da cidade de São Paulo, Soninha Francine; o PSOL com o senador, aliás um bom parlamentar, Randolfo Rodrigues; finalmente o PRTB com Levy Fidelis. PSC, PPS e PSOL, cada um, tem 1 minuto e 25 segundos no horário político na televisão e no rádio. O PRTB, cuja existência eu desconhecia, possui 1 minuto.

Não se pode dizer que são caras novas na política. Na verdade os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE,) e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) estão no cenário político há décadas. Mas foram alçados agora pela dupla Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) à condição de símbolos da resistência à velha política do toma lá dá cá, da corrupção, do descalabro administrativo e da barganha política em troca de poder.

Integrados à nova coligação que está revirando o quadro eleitoral de 2014, os três estão a todo vapor participando de articulações políticas e serão peças importantes na vitrine da coligação que tem como mote o fim da velha política.

UMA GERAÇÃO

”Erundina, Jarbas e Simon representam uma geração de políticos que souberam resistir aos encantos da política tradicional. Têm mandatos reconhecidos por servirem à sociedade. Servem também para que a sociedade não perca a crença nas instituições”, disse Eduardo Campos ao GLOBO.

Erundina e a ex-ministra Marina Silva têm uma história muito parecida: as duas ajudaram na criação do PT no início dos anos 80, tiveram atuação expressiva no partido e, depois de dificuldades internas, foram obrigadas a deixar a legenda. Com quatro eleições consecutivas para a Câmara Federal desde 1998, pelo PSB, agora, com a reaproximação da ex-companheira Marina Silva, Erundina diz estar vivendo um novo recomeço.

 NOVO CENÁRIO

”O jogo começa agora, o quadro está mudando, e se respira isso por onde se caminha. Há um novo cenário de não se aceitar o que já estava dado como decidido (a reeleição da presidente Dilma). Eu nunca perdi o ânimo. Em muitos momentos me senti como se estivesse numa luta de resistência. Como Marina, eu tinha duas alternativas: sair da política e continuar filiada ao PT, ou sair do PT e continuar na política. Optei por continuar fazendo política, sempre”, disse uma entusiasmada Erundina na sexta-feira. (De O GLOBO – Maria Lima)

17
out

No clima de pré campanha

Postado às 12:40 Hs

Via Agência Estado

 

Sob a mira da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB-AC) que a acusa de não dar atenção à questão da sustentabilidade, a presidente Dilma Rousseff começa a esboçar uma estratégia de reação. Cercada por representantes de movimentos sociais, ela lança nesta quinta-feira, 17, em Brasília, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que se destina a estimular a agricultura sustentável entre pequenos agricultores, assentados, quilombolas e indígenas. Outras iniciativas nessa área também estão sendo costuradas pelo governo.

A apresentação do plano vai ocorrer na cerimônia de encerramento da 2.ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, que começou na segunda-feira. O encarregado de expor oficialmente a iniciativa à sociedade será o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Ele vai dizer que o objetivo principal é incentivar a produção de alimentos orgânicos ao mesmo tempo que se estimula à conservação dos recursos naturais.

O investimento inicial será de R$ 8,8 bilhões, até 2015. Desse total, R$ 7 bilhões serão disponibilizados por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Plano Agrícola e Pecuário.

Quem costurou todo o projeto, que envolve ações de dez ministérios, foi Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. Seu trabalho durou quase dois anos e mobilizou, entre outras organizações, o Movimento dos Sem-Terra (MST) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

O projeto está pronto desde o primeiro semestre. Representantes do governo chegaram a anunciar que seria lançado em junho. Foi adiado, porém, em meio à onda de protestos que ocorreu naquele período, e enviado para uma gaveta, à espera de um momento propício.

17
out

Cenário Federal

Postado às 8:52 Hs

Eleição de dois turnos

 

Embora as pesquisas mostrem a presidente Dilma sendo reeleita hoje em todos os cenários, a eleição terá segundo turno. Quem garante é o tarimbado marqueteiro Marcelo Teixeira, da Makplan. Argumentos para isso ele tem aos montes.

Olhando para o retrovisor, lembra que o poderoso Lula, nas duas eleições que disputou e saiu vitorioso, não conseguiu liquidar a fatura no primeiro turno.

Na eleição passada, empurrada pelo prestígio de Lula, Dilma só ganhou no segundo turno, mesmo enfrentando José Serra, candidato com baixo grau de simpatia, e tendo a favor um PIB robusto, em torno de 7,5% e, mais do que isso, Lula no poder.

Teixeira ressalta, também, o apoio de governadores do Nordeste que se reelegeram fáceis, como Eduardo Campos, em Pernambuco; Jacque Wagner, na Bahia; Marcelo Deda, em Sergipe, dentre outros.

“Em 2014, Dilma não tem Lula no poder, o PIB virou um pibinho e muitos governadores, que se apresentaram imbatíveis na eleição passada, em sua grande maioria apresenta desgastes”, diz.

O marqueteiro reforça a sua tese, ainda olhando pelo retrovisor, lembrando que acompanhou pesquisas das últimas três eleições presidências e grande parte errou as projeções descartando o segundo turno, que se traduziu em realidade.

“As pesquisas, muitas vezes, não refletem as abstenções, os votos nulos e brancos, a chamada realidade eleitoral”, destaca Teixeira.

Quanto ao segundo turno em 2014, que ele dá como certo, o marqueteiro diz que, diferente das eleições passadas, quando o PSDB apresentou candidatos com grau alto de rejeição, como Alckmin e Serra, se Eduardo Campos for o adversário haverá um grande contraponto.

“Eduardo é o fato novo, criou uma aliança poderosa com Marina, é simpático, bom de rua, tem presença forte na televisão e desempenho espetacular nas ruas, diferente de Dilma, cuja taxa de simpatia é baixíssima”, atesta.Para ele, esta eleição presidencial é de dois turnos. (Blog do Magno)

01
out

FIQUE SABENDO…

Postado às 10:15 Hs

# # Filiação a caminho

A ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon está discutindo sua filiação no DEM ou no PSDB para ser candidata ao Senado na Bahia ou em Brasília. Eliana vem sendo cortejada por diversos partitos políticos mas sempre hesitante. Em março deste ano, Calmon havia abordado a possibilidade de entrar para a vida política. ‘Eu nem descarto de vir até a ter uma atividade política, mas só a partir de 2015. Me aposento em novembro de 2014. A magistratura para mim é prioridade.’ Na Bahia, os integrantes da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva vinha cercando a ministra, mas a própria Marina Silva qualificou a pretensão de seus aliados baianos como ‘’um sonho’’ Calmon ganhou notoriedade à época em que foi corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2012, por protagonizar embates com as entidades representativas dos juízes e por suas investigações contra magistrados. Chegou a classificar maus juízes como ”bandidos de toga”

# # Kelps Lima no Solidariedade ?

Dos deputados que integram o grupo de apoio ao deputado Ricardo Motta, pelo menos um não deverá caminhar para o PROS:o deputado Kelps Lima.A ele já fora oferecida a presidência da Rede, de Marina Silva…e agora a do Solidariedade, do deputado Paulinho da Força, que conversou com Kelps Lima em São Paulo nesta segunda-feira.E é para o Partido Solidariedade que ele deverá seguir como comandante da legenda no RN.

# # Lançamento

Já é Carnatal. Acontece na manhã desta terça-feira (1), a partir de 10h, no Natal Shopping, a coletiva para lançamento da 22ª edição da maior carnaval fora de época do país. Na ocasião, serão confirmadas as atrações deste ano, os blocos e o novo percurso no Prolongamento da Avenida Prudente de Morais. A micareta será realizada entre os dias 5 a 8 de dezembro.

# # José Serra: procura-se

Em busca de uma resposta sobre a possível filiação de José Serra ao PPS, Roberto Freire tenta conversar com o ex-governador paulista por telefone desde sexta-feira, sem sucesso, diz Vera Magalhães, hoje na Folha de S.Paulo. Mas não é só Freire que vasculha tudo quanto é canto à cata de Serra. Segundo relata Clarissa Oliveira, no blog Poder Online, quem é próximo de Serra está contando os dias para saber o que será do tucano a partir da próxima semana. Seguindo o tradicional script de só anunciar qualquer coisa na última hora, Serra deixou para esta semana a definição sobre se sai ou fica no PSDB. ”Um aliado de primeira hora avalia que todas as “pistas” dada por Serra nos últimos dias indicam que ele deve mesmo deixar o PSDB para se candidatar ao Palácio do Planalto pelo PPS. Mas, por enquanto, ninguém se arrisca a bancar a aposta.”

# # Rede de Marina Silva organiza atos em Brasília e na internet

O grupo da ex-senadora Marina Silva marcou um ato de apoio à criação da Rede Sustentabilidade para esta terça-feira, 1º, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O evento, agendado para as 17h, tem como objetivo pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve julgar o pedido de registro da sigla até quinta. Além do evento físico em Brasília, o grupo também prepara um tuitaço de apoio à criação do partido para o mesmo horário, com a hashtag #EuAssinei.Segundo o último levantamento da sigla, 470 mil assinaturas foram certificadas pelos cartórios eleitorais. O número exigido por lei é 492 mil. Contagem oficial do TSE concluída na tarde desta segunda-feira, 30, porém, considerou como válidas 442.524 fichas de apoio. A Rede precisa, portanto, apresentar cerca de 50 mil assinaturas validadas.

08
set

O dilema de MARINA SILVA

Postado às 18:18 Hs

Marina corre contra o tempo para criar seu partido e disputar a Presidência em 2014

Os próximos dias serão decisivos para a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva e seu novo partido. Para disputar as eleições do ano que vem, a Rede Sustentabilidade precisa que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defira o pedido de registro até 5 de outubro. Na prática, será preciso que a corte decida até o dia 3, data da última sessão antes do fim do prazo.

É real o risco de que a empreitada fracasse, e os próprios militantes da Rede sabem disso. Eles até definiram uma data para tomar a decisão final: 21 de setembro. Neste dia, a cúpula do partido vai se reunir para avaliar o cenário e, se for preciso, decidir sobre o ingresso em outra legenda.

 

O partido precisa que o TSE reconheça 491 000 assinaturas de apoio para obter o registro definitivo. A militância alega ter recolhido um número bem superior, mas acusa os cartórios eleitorais de atrasarem a conferência das rubricas. Até agora, menos de 400 000 assinaturas foram validadas. Apenas na última quarta-feira a Rede alcançou o número mínimo de nove registros em Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), outro requisito para poder funcionar.

A líder da Rede tenta demonstrar confiança: mesmo aos aliados mais próximos, Marina Silva diz que não pensa em plano B. Mas talvez seja uma boa hora para fazê-lo. O dilema estará na mesa em 21 de setembro: se não houver perspectivas reais de vitória no TSE, a solução vai ser buscar outra sigla para poder disputar as eleições do ano que vem.

05
set

Candidatura cada vez mais próxima…

Postado às 10:00 Hs

Via Agência Estado

 

A Rede Sustentabilidade, legenda que a ex-senadora Marina Silva pretende fundar, informou na noite desta quarta-feira, 4, que conta com o mínimo de diretórios estaduais oficializados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para registro do partido.

A futura sigla diz que comemora a conquista de mais uma etapa no seu processo de registro partidário. “Esse marco mostra que os resultados do nosso trabalho estão enfim se concretizando e nos dá a certeza de que o anseio de milhões de brasileiros por uma nova forma de fazer política em breve se tornará realidade”, afirmou, em nota, Marcela Moraes, coordenadora nacional do processo de coleta de assinaturas.

Segundo a direção da Rede, os diretórios foram homologados pelos TREs em nove Estados: Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins. Pela legislação eleitoral, são necessários exatamente nove diretórios, além de 492 mil assinaturas de apoio, para que o partido possa ser oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Até o momento, de acordo com o comunicado, cerca de 345 mil assinaturas foram certificadas e outras 180 mil aguardam análise. Além dessas, novos lotes de fichas coletadas devem ser enviados aos cartórios. Para que o partido consiga ser validado a tempo de possuir candidatos que concorram nas eleições do ano que vem é preciso receber o aval do TSE até um ano antes da eleições, ou seja 5 de outubro.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse à reportagem que confia “em Deus e na Justiça” para criar o seu novo partido a tempo de disputar as eleições presidenciais do ano que vem. O prazo para a Rede Sustentabilidade obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral termina em 5 de outubro. “Nós fizemos o nosso trabalho e estamos recorrendo à Justiça para que se dê o encaminhamento adequado para o desfecho desse processo”, disse Marina, após dar uma palestra a executivos da Unilever em Mairiporã, na Grande de São Paulo, na última segunda-feira, 2. A ex-senadora, que tem apoio da comunidade evangélica, é conhecida por sua religiosidade.
01
set

O Plano B de Marina…

Postado às 17:16 Hs

Segunda colocada nas pesquisas eleitorais, Marina Silva se recusa a discutir, até mesmo a portas fechadas, um plano B para a sucessão presidencial de 2014 se não conseguir registrar seu partido, a Rede de Sustentabilidade, dentro do prazo exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Apesar da resistência da ex-senadora, dirigentes da Rede que são detentores de mandato parlamentar já começam a pensar no futuro caso o projeto naufrague.

 

Para poder ter candidatos em 2014, a Rede precisa ser criada até 5 de outubro, mas tem enfrentado dificuldades para certificar as 492 mil assinaturas necessárias para obter o registro.

Sem uma legenda própria, Marina teria de procurar um partido para abrigar seu projeto de poder que oferecesse “um mínimo de conforto programático”, como diz um operador político da Rede. O espectro é pequeno, mas traz opções. A mais viável seria o retorno ao PV, sua antiga legenda. Outras alternativas aceitáveis seriam o PDT, PPS e até o novato PEN, que poderia ser moldado à imagem e semelhança de Marina.

Todas essas siglas se dizem abertas ao diálogo e já abrigam militantes ligados a Rede. O problema é que uma eventual migração poderia deixar os parlamentares do grupo sem mandato, já que a lei só permite mudança para partidos recém-criados.

28
ago

Crônicas & Dicas : Marina morena

Postado às 10:11 Hs

Por Sebastião Nery

Dos vários candidatos já esquentando na pista, nenhum fala melhor a língua do que ela, nenhum se expressa melhor do que ela, nenhum se comunica melhor do que ela, nenhum apresenta, expõe, defende suas ideias melhor do que ela, nenhum é mais claro, nítido, transparente, do que ela, a índia, a quilombola, a silvícola, a rurícola, a seringueira, a negra.

Quem não viu, veja a autentica entrevista dela, domingo ultimo, 18 de agosto, ao jornalista Ranier Bragon, na capa da “Folha de S. Paulo” (“Atos Violentos Extrapolam Limites, diz Marina Silva”). Está toda lá. Nenhum candidato expressou melhor a “garganta rouca” de Ulysses Guimarães.

 

DILMA

 

Mas Marina ainda é jogo para 2014. O de 2013 é Dilma e seu governo. Que vão mal, muito mal, nas cartas. A Federação da Industria de São Paulo e o Movimento Brasil Eficiente divulgaram que, anualmente, R$ 509 bilhões escorrem pelo ralo da incompetência e corrupção no Brasil.

1.- O excesso de ministérios na esfera federal e a multiplicação de secretarias nos governos estaduais traduzem o inchaço da máquina pública.

Nos Estados o numero de secretarias é extravagante. Em Brasilia são 36, no Maranhão 33, no Paraná 29; Os números se estendem pela Federação. Em Goiás, 63% do orçamento é absorvido com pessoal. Os investimentos na infraestrutura, em saúde, educação, segurança pública, são sacrificados para atendimento da fisiologia e do clientelismo político.

2. – O gasto supérfluo do dinheiro é assombroso. Os Estados Unidos têm 17 ministros, já o Brasil tem 39 que geram despesas de R$ 611 bilhões por ano. Acrescentem-se 303 autarquias, fundações e empresas estatais, que nos EUA são 62. Nos chamados cargos de confiança, nomeações políticas e adjacências, o governo federal tem 22.417 petistas e “aliados” distribuídos pelo território nacional. As despesas geradas pela inchação da máquina pública com a contratação de pessoal são fator determinante para a falta de recursos para investir na melhoria dos serviços públicos.

E Dilma diz que o Brasil vai muito bem. Ela e Lula certamente vão.

27
ago

[ Ponto de Vista ] O PRAZO E A PRESSA

Postado às 10:39 Hs

O suspense em torno do cumprimento do prazo para a criação da Rede de Sustentabilidade a tempo de Marina Silva concorrer à Presidência da República em 2014 põe na mesa a seguinte questão: é justo, ou mesmo necessário, exigir um ano de antecedência para a filiação de candidatos e registro de partidos? Do ponto de vista de um político, o deputado Roberto Freire, presidente do PPS, a resposta é um peremptório “não”. Ele considera a exigência restritiva ao exercício da cidadania, lesiva à liberdade partidária e excessiva no tocante ao controle do Estado sobre a política. “Uma herança do autoritarismo” que deveria ter sido extinta na Constituinte de 1988. Na perspectiva jurídica e operacional da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, a anterioridade é “absolutamente imprescindível” para o êxito do processo eleitoral, cuja montagem ela compara a uma “operação de guerra” que demanda tempo para ser executada.
Acompanhada do senador Pedro Simon (PMDB-RS) e dos deputados federais Walter Feldman (PSBD-SP) e Domingos Dutra (PT-MA), a ex-senadora Marina Silva deu entrada nesta segunda-feira, 26, ao pedido de registro de seu novo partido – a Rede Sustentabilidade – junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de não ter ainda as 492 mil assinaturas necessárias para dar início ao processo, foi apresentado um protocolo com 304 mil assinaturas validadas nos Tribunais Regionais Eleitorais, enquanto as demais assinaturas aguardam pela certificação dos órgãos da Justiça eleitoral locais. “Agora é com o TSE… Entramos com pedido de homologação de 630 mil apoios de cidadãos de todos os cantos do Brasil”, diz uma mensagem publicada na página oficial do futuro partido no Facebook, minutos após a chegada de Marina ao TSE.

A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva pretende fundar para concorrer às eleições presidenciais em 2014 confirmou nesta sexta-feira (23), que vai dar entrada ao pedido de registro do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima segunda-feira (26).

“Nós acreditamos que o tempo e os números necessários de diretórios e de assinaturas coletadas foram cumpridos, o que nos permite trabalhar para pedir o registro definitivo do partido. Quem está propondo a criação de uma sigla tem que submeter as regras e o papel da Justiça é aceitar o que foi feito”, afirmou o deputado federal Walter Feldman, em entrevista. O deputado já explicitou ao PSDB sua migração à Rede assim que a nova sigla for criada

O TSE avisou à direção do partido que precisa de um mês para analisar todo o processo. O prazo final para que todas as assinaturas estejam validadas e o processo ratificado pelo TSE é 5 de outubro, um ano antes do primeiro turno das eleições presidenciais. Marina e correligionários têm, portanto, menos de dois meses para isso. Até última sexta-feira, 16, apenas 250 mil fichas de apoio à Rede passaram pelo crivo dos cartórios. O número mínimo de apoiadores para a criação do partido é de cerca de 500 mil.

21
ago

[ Ponto de Vista ] Dilema de Marina

Postado às 10:54 Hs

Por Dora Kramer

A ex-senadora Marina Silva não discute em público nem em particular nada que diga respeito à possibilidade de não conseguir criar seu partido, a Rede Sustentabilidade, a tempo disputar a Presidência da República em 2014.

Mas o fato de Marina não trabalhar com essa hipótese não quer dizer que não haja inquietação crescente entre seus correligionários sobre a necessidade de se resolver a seguinte questão, se o pior acontecer: ela desiste de concorrer ou filia-se a outro partido?

Ninguém sabe, pois a ex-senadora não aceita falar em plano B. Seria, é verdade, render-se antes do tempo e abrir uma discussão que enfraquece o esforço para tornar válidas as quase 500 mil assinaturas exigidas para o registro do Tribunal Superior Eleitoral a fim de que o processo esteja concluído até 5 de outubro, um ano antes das próximas eleições.

Este é o prazo legal. Mas há o tempo político a ser considerado. Se quiser concorrer de qualquer jeito em 2014, Marina Silva precisará de alguma antecedência para articular a filiação a outra legenda.

Haveria, em tese, duas opções: a volta ao PV ou a entrada no PPS. Hoje, entre os partidários da Rede, considera-se a segunda alternativa mais factível que a primeira em decorrência das divergências com a direção dos “verdes”, razão pela qual Marina deixou o partido.

De um auxiliar de Dilma Rousseff duvidando das chances de Marina vencer a presidente num eventual segundo turno: ‘O Brasil não é uma ONG”.

Não é só a demora na certificação das fichas de apoio que preocupa os dirigentes pró-Rede. Eles dizem que o critério de validação das assinaturas e a falta de acesso às fichas recusadas se tornaram uma barreira ainda maior para a criação do partido de Marina Silva.

Mantido o atual percentual de rejeição de assinaturas, a Rede só atingiria as 492 mil assinaturas necessárias se entrasse com recursos para revisão das fichas recusadas.(Folha de S.Paulo – Vera Magalhães)

Antes de a rapaziada encher as ruas, o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos enxergavam em Marina Silva uma bela alternativa de vice. Hoje, se Aécio e Eduardo se oferecessem para vice de uma chapa encabeçada por Marina, ela talvez desdenhasse. O último Datafolha confirmou o que as pesquisas anteriores já haviam insinuado: Marina tornou-se uma presidenciável mais competitiva do que os outros adversários de Dilma Rousseff. Para se consolidar na segunda posição, Marina recebe a ajuda de dois cabos eleitorais inesperados: PSDB e PT. Metidos numa gincana para ver quem joga mais lama no outro, tucanos e petistas levam parte do eleitorado irritado com os políticos a ver em Marina uma espécie de heroína da resistência. A imagem é fantasiosa. Mas, em tempos de mensalão e de Siemens, um pedaço da plateia parece preferir o improvável a ter que optar entre o lamentável e o impensável.

 

A conclusão é de que nada vai mudar. Resposta, mesmo, para o clamor das ruas, nenhum dos candidatos possui. Outra vez, não vai dar certo

…Por que se recordam episódios passados? Porque a sucessão do ano que vem segue o mesmo curso. Também não vai dar certo. O Lula é o favorito, caso Dilma não recupere sua popularidade, mas dá no mesmo. Um e outra exprimem igual roteiro onde, apesar do assistencialismo mais do que necessário, as diretrizes econômicas confirmam o figurino de sempre: governo dirigido para satisfazer as elites e confirmar-lhes os privilégios.

Não será com o bolsa-família e o aumento do poder de compra de setores menos favorecidos que se mudarão as estruturas fundamentais do país. O diabo é que entre os possíveis candidatos capazes de disputar o poder com o PT, nenhum aparece com propósitos revolucionários.

Marina Silva contentar-se-ia em conservar as árvores, Aécio Neves manteria a prevalência das escalas econômicas do eixo Rio-São Paulo, Eduardo Campos ampliaria o poder dos donos do Nordeste. Poderiam até unir os fatores, pois o produto continuaria o mesmo.

A conclusão é de que nada vai mudar. Resposta, mesmo, para o clamor das ruas, nenhum dos candidatos possui. Outra vez, não vai dar certo. (Carlos Chagas)

03
ago

@ @ É NOTÍCIA … @ @

Postado às 17:03 Hs

  • O ex-governador José Serra tem muita vontade de entrar no PPS para concorrer à Presidência. Mas — avalia Ilimar Franco, no Globo de hoje — esta alternativa está a cada dia mais distante de se concretizar. Seus aliados não querem que ele saia do PSDB. E para que ele fique, o alertaram que ninguém no PSDB vai acompanhá-lo. Mostraram que não há possibilidade, por hora, de aliança do PPS com qualquer outro partido. E citaram pesquisas que mostrariam que, entre os eleitores que votam nos tucanos, há uma preferência por ele em detrimento do senador Aécio Neves. Por causa disso, alguns conselheiros lhe sugeriram permanecer no partido, porque a eleição será no ano que vem e até lá tudo pode acontecer.
  • A governadora Rosalba Ciarlini aproveitou a inauguração do serviço de radioterapia em Mossoró para anunciar que o governo do Estado autorizou a construção de passarelas e iluminação para o Complexo da Abolição. Rosalba antecipou o anúncio que seria feito no final do discurso, em resposta a um cadeirante que conduzia cartaz perguntando sobre a travessia de pedestres, obra que tem 17 Km de extensão. “Rosalba, como vou atravessar a BR 304?”, questionava o cidadão que obteve da governadora a informação de que o projeto para a construção de 10 passarelas já foi encaminhado e aprovado pelo Departamento Nacional de Transportes (Dnit). “Fico feliz que você tenha feito essa pergunta. Mossoró me conhece. Todas as obras do meu governo foram feitas com acessibilidade e essa não será diferente. E tem mais: o Complexo vai ganhar também iluminação para garantir segurança aos motoristas e pedestres”, completou a governadora. A obra estava parada quando Rosalba assumiu o governo. O Complexo da Abolição será inaugurado até o fim do ano. Assim, o tráfego na BR-304 será desafogado e humanizado. O projeto conta com cinco viadutos.
  • Carandiru: 624 anos de prisão a PMs pelo massacre: Os sete jurados que compõem o conselho de sentença decidiram, na madrugada de hoje, condenar os 25 policiais militares pela ação que resultou na morte de 52 detentos no terceiro pavimento do Pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção. O juiz RodrigoTellini de Aguirre Camargo também determinou a perda do cargo público para os policiais que continuam na ativa. Os réus poderão recorrer em liberdade (Do Portal BR247)
  • A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar, enfrenta dificuldades para certificar nos cartórios as assinaturas necessárias para formalizar a sua existência na Justiça Eleitoral. Chama a atenção dos dirigentes do partido em formação o elevado índice de rejeição das assinaturas em cartórios da grande São Paulo. Em Mauá, por exemplo, esse índice chega a 74%. Em São Bernardo do Campo, a rejeição de assinaturas é de 57%. Em Santo André, 47%. Até mesmo assinaturas de fundadores do partido foram recusadas. A Rede Sustentabilidade já coletou 830 mil assinaturas em todo o país. Desse total, 553 mil foram enviadas aos cartórios eleitorais, 120 mil somente no estado de São Paulo. (Época – Leonel Rocha)
  • Foram presos agora pela manhã o dono da Priples, Henrique Maciel, e sua esposa, por prática de piramide financeira. Pelo que me contou um delegado, foi apreedida substancial quantia de dolares. A Priples era surreal em termos de piramide. Mais de 200 mil pessoas entraram no esquema, que remunerava 60% ao mês. Assim como a Telexfree, a Priples também foi denunciada no Acerto de Contas. Nem mesmo o trafico de drogas seria tão rentável. Vale salientar que a Priples é uma pirâmide genuinamente pernambucana. Aliás, o dono da Priples estava ontem dando uma palestra no Teatro da UFPE, entregando um carro de prêmio, à exemplo da BBOM e outras pirâmides.
  • Às vésperas do retorno ao trabalho, parlamentares da base aliada e de oposição repetem incansavelmente um mantra, avalia Lauro Jardim, no site de VEJA: derrubar vetos, derrubar vetos e derrubar vetos. Isso significa enxaqueca para o governo e pedrada na direção de Eduardo Braga e Arlindo Chinaglia. Braga, porém, não tem lá tanta certeza de que a sede de guerra seja tão grave quanto seus colegas vêm anunciando. Braga explica: – O segundo semestre será intenso e animado, não há dúvida. Teremos dificuldade de segurar alguns vetos, mas uma coisa é ameaçar, dizer que derrubará tudo, outra é dar quórum e, na hora da sessão, votar pela derrubada de fato.
  • O senador José Sarney (PMDB-AP) apresentou melhora nas últimas 24 horas, segundo boletim médico divulgado neste sábado (3), às 11h30, pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O parlamentar continua internado na unidade de terapia intensiva (UTI). De acordo com o comunicado, o paciente “continua recebendo antimicrobianos e medidas de suporte clínico”. Mesmo com a melhora no quadro clínico, a nota destaca que ainda “não há previsão de alta”. Sarney está sendo atendido pela equipe médica formada pelos doutores David Uip, Roberto Kalil e Carlos Gama.
abr 19
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