Via Veja

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em acordo de delação premiada que a presidente afastada Dilma Rousseff mentiu ao afirmar que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, foi consolidada pela Petrobras apenas porque o Conselho de Administração da estatal não tinha conhecimento de duas cláusulas de preferência que tornaram a transação desfavorável à petroleira brasileira.

A cláusula Marlim previa à empresa belga Astra Oil, parceira inicial da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano, independentemente das condições de mercado, enquanto a cláusula de Put Option obrigava a empresa brasileira a comprar a outra metade da refinaria caso houvesse desentendimento com a parceira da Bélgica. Na tentativa de se eximir de responsabilidade sobre a transação, que gerou prejuízo de 792 milhões de dólares à Petrobras, Dilma sempre alegou que a compra da unidade de refino foi feita com base em um “parecer falho” elaborado por Cerveró.

Via O Globo

A denúncia apresentada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal incluiu dados de quebra de sigilo bancário que reforçam as acusações contra o petista. O texto da denúncia, enviado ao STF no início deste mês e mantido em sigilo até agora, foi revelado pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo, nesta quarta-feira A denúncia cita registros de ligações telefônicas entre o empresário José Carlos Bumlai e Lula, além de mensagens trocadas por Lula com o senador cassado Delcídio Amaral. Para a Procuradoria-Geral da República, esses registros são indícios do pagamento de propina à família do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Em delação, Delcídio disse que Lula e Bumlai estavam envolvidos na operação de compra do silêncio de Cerveró, para tentar impedir que ele contasse aos investigadores irregularidades cometidas pelo empresário e por Lula.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, acolheu pedido da Procuradoria para fazer o rastreamento de um cheque e dois saques em espécie que Maurício Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, teria feito para subornar a família de Cerveró.

Contaminando

A depressão do ex-presidente Lula parece haver contaminado a militância do PT e Dilma Rousseff. Nas rodas petistas, a avaliação é que a situação de Lula demonstra que eles consideram irreversível o afastamento da presidente. Além disso, há cada vez mais petistas acreditando que o partido deve passar por um processo de refundação, incluindo até mudança de nome, assim como o PFL mudou para DEM. A informação é do colunsta Cláudio Humbeeto, do Diário do Poder.Como a saúde de Lula, a mudança de nome, defendida por petistas envergonhados como Tarso Genro, é tratada sob “sete chaves” no PT. O drama do PT é que não há tempo para mudar muito a eleição municipal de 2016, quando se prevê um desempenho pífio do partido. Os petistas dizem que Lula anda preocupado apenas com a Lava Jato. Ele acredita que tem passaporte garantido para a cadeia.

12
jan

Saiba Também…

Postado às 8:20 Hs

#   53 mil candidatos tiveram nota zero na redação do Enem

Dos mais de 5,8 milhões de candidatos que prestaram a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2015, apenas 104 candidatos obtiveram nota máxima — 1.000 — na redação, enquanto 53 mil receberam zero. Neste dado, não estão incluídos os que não compareceram ao segundo dia de provas ou não elaboraram a redação.

Houve uma maior concentração de candidatos na faixa de nota entre 501 e 600 pontos, um desempenho considerado “satisfatório”. Nesta edição da prova, o tema do texto foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. O balanço do exame foi divulgado na tarde desta segunda-feira (11) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

# Cerveró detonando

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse em depoimento de delação premiada que foi alçado ao cargo de diretor da BR Distribuidora – subsidiária da estatal – devido a um ato de gratidão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do G1. Segundo o ex-executivo, a troca foi feita pelo fato de ele ter ajudado o Grupo Schain a vencer uma licitação para o aluguel de um navio sonda para a Petrobras. O negócio é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma forma de pagamento por parte do Partido dos Trabalhadores a um empréstimo de R$ 12 milhões feito para o pecuarista José Carlos Bumlai.

Mas os depoimentos de Nestor Cerveró sobre o esquema de propinas da BR Distribuidora são mais importantes do que os outros, porque incriminam diretamente Lula e Dilma Rousseff. – Em 2008, Lula “decidiu indicar” o nome de Nestor Cerveró para uma diretoria da BR Distribuidora “como reconhecimento” pela propina que quitou as dívidas da campanha presidencial. – Em 2010, depois da vitória de Dilma Rousseff, o PT fez um “acerto geral” da propina na estatal. – Em 2013, para comprar seu apoio, Dilma Rousseff entregou toda a BR Distribuidora ao esquema de Fernando Collor de Mello.

# Na rua…

Crise econômica, Impeachment, Lava Jato e eleições. A relativa calmaria nesse início de 2016 tem prazo para acabar: dia 10 de fevereiro, a quarta feira de cinzas, fim do carnaval. Depois disso serão confrontos no legislativo, no judiciário, nas cortes de contas e nas ruas. Já tem manifestação nacional marcada para o dia 13 de março, contra a presidente Dilma Rousseff. As turbulências não ficarão restritas a Brasília (DF).

Nestor Cerveró, preso pela Operação Lava Jato, foi transferido nesta quarta-feira (25) de um presídio na Região Metropolitana de Curitiba para a carceragem da Polícia Federal, na capital paranaense. De acordo com a Polícia Federal, a transferência foi um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por questões de segurança.

Cerveró estava detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, por envolvimento no esquema criminoso descoberto na Petrobras. Ele foi condenado em duas ações penais no âmbito da Lava Jato por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-diretor foi peça-chave para a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e do sócio do banco BTG Pactual André Esteves. Ambos são suspeitos, de acordo com a PGR, de tentar obstruir as investigações da Lava Jato e de planejar uma eventual fuga de Cerveró, caso ele conseguisse a revogação da prisão. (Estadão)

Via O Globo

O áudio que embasou a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), sugere que o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró fez acusações à presidente Dilma Rousseff em sua delação premiada. Na reunião gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor, Delcídio afirma ter visto uma versão da proposta de acordo de Cerveró em uma conversa que teve com o dono do BTG Pactual, André Esteves, na qual em anotações manuscritas haviam acusações à presidente.

– Por exemplo, no tópico da Dilma, ele complementa, então ele bota assim: a Dilma sabia de todos os movimentos de Pasadena – diz o senador, no áudio.

Delcídio fala para Bernardo e o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, que acredita que a letra era do ex-diretor. O senador repete em outras duas oportunidades o que constaria nessas anotações.

– No caso da Dilma, ele (Cerveró) diz: a Dilma sabia de tudo de Pasadena, ela me cobrava diretamente, fiz várias reuniões – afirma Delcídio.

– Ele fala da Dilma dizendo que a Dilma acompanhou tudo de perto – reitera o senador, em outro momento.

Cerveró foi diretor da área internacional da Petrobras até 2008, seguindo depois para a diretoria financeira da BR Distribuidora. Seu nome ganhou destaque depois que em março do ano passado a presidente Dilma o acusou de ter feito um parecer “técnico e juridicamente falho” para embasar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

As menções a Dilma no áudio são feitas enquanto o senador e as demais pessoas reunidas tentam descobrir de quem seriam as anotações no rascunho da delação que Esteves possuía. Eles chegam a conclusão que a letra pode ser de Cerveró e que o papel possa ter sido “roubado” na carceragem da Polícia Federal, onde o ex-diretor estava preso.

 

 

 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki informou nesta quarta-feira (25) que a Procuradoria-Geral da República relatou, em documento enviado à corte, que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada ou, se o fizesse, não citar o parlamentar.

Delcídio foi preso na manhã desta quartaem Brasília pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, segundo os investigadores, por estar atrapalhando apurações. Além dele, também foram presos pela PF o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, e o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira. Há também mandado de prisão do advogado Édson Ribeiro, que defendeu Cerveró. Como ele está nos Estado Unidos, a PF pediu ao STF a inclusão.

Após a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), o Palácio do Planalto e o PT já começam a discutir um nome para substituí-lo na liderança do governo no Senado. Ainda atônitos com o que ocorreu, os senadores do PT se reúnem nesta quarta-feira para avaliar a situação do correligionário. O senador José Pimentel (PT-CE), atual líder do governo no Congresso, deve acumular as duas funções temporariamente. Ele já teria sido chamado para conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre o assunto. A prisão de Delcídio acontece num dia importante para o governo, que esperava votar nesta quarta-feira, o projeto de alteração da meta fiscal. O mais provável, diante do clima de instabilidade, é que a sessão do Congresso seja adiada. do nome dele no alerta vermelho da Interpol.

Zavascki leu em sessão do tribunal o relatório da PGR que serviu de base aos pedidos de prisão.Segundo Zavascki, o relatório da PGR afirma que os valores prometidos a Cerveró seriam repassados à família do ex-diretor da Petrobras por meio de um contrato fictício entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves. (Veja/Estadão)

 

Por Robson Bonin / Veja

No início de 2007, a Petrobras experimentava uma inédita onda de prosperidade estimulada pelas reservas recém-descobertas do pré-sal. O segundo mandato de Lula estava no começo. Com a economia aquecida e o consumo em alta, a ordem era investir. A área internacional da companhia, sob o comando do diretor Nestor Cerveró, aportou bilhões de dólares na compra de navios-sonda que preparariam a Petrobras para a busca do ouro negro em águas profundas. Em março daquele ano, uma operação chamou atenção pela ousadia. Sem discussão prévia com os técnicos e sem licitação, a estatal comprou uma sonda sul-coreana por 616 milhões de dólares. E, ainda mais suspeito, escolheu a desconhecida construtora Schahin para operá-la, pagando mais 1,6 bilhão de dólares pelo serviço. Um negócio espetacular – apenas para a empresa que vendeu a sonda e para a construtora, que tinha escassa expertise no ramo. A Lava Jato descobriu que, como todos os contratos, esse também não ficou imune ao pagamento de propina a diretores e políticos. O escândalo, entretanto, vai muito mais além.

Em delação premiada, o operador Julio Camargo, que representava a Samsung na transação do navio-sonda Vitória 10 000, confessou ter pago 25 milhões de dólares em propinas a diretores e intermediários, incluindo aí o próprio Cerveró. Com o esquema em torno da sonda revelado, faltava descobrir o papel da Schahin na operação. E é exatamente Nestor Cerveró, preso em Curitiba e agora negociando a sua delação premiada, quem revela a parte até aqui desconhecida da história.

Em um dos capítulos do acordo que está prestes a assinar com o Ministério Público, o ex-diretor da área internacional conta que os contratos de compra e operação da sonda Vitória 10 000 foram direcionados à construtora Schahin com o propósito de saldar dívidas da campanha presidencial de Lula, em 2006. E, por envolver o caixa direto da reeleição do petista, a jogada foi coordenada diretamente pela alta cúpula da Petrobras.

DÍVIDA DO PT

Nos primeiros relatos em busca do acordo, Cerveró contou que o PT terminou 2006 com uma dívida de campanha de 60 milhões de reais com o Banco Schahin, pertencente ao mesmo grupo que administrava a construtora. Sem condições de quitar o débito pelas vias tradicionais, o partido usou os contratos da diretoria internacional para pagar a dívida da campanha. Então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli incumbiu pessoalmente Cerveró do caso. O ex-diretor recebeu ordens claras para direcionar o contrato bilionário da sonda à Schahin. Uma vez contratada pela Petrobras, a empreiteira descontou a dívida do PT da propina devida aos corruptos do petrolão.

Para garantir o silêncio sobre o arranjo, a Schahin também pagou propina aos dirigentes da Petrobras envolvidos na transação. Os repasses foram acertados pelo executivo Fernando Schahin, filho do fundador do grupo, Milton Schahin, e um dos dirigentes da Schahin Petróleo e Gás. Fernando usou uma conta no banco suíço Julius Baer para transferir a propina destinada aos dirigentes da estatal para o banco Cramer, também na Suíça. O dinheiro chegou a Cerveró e aos gerentes da área Internacional Eduardo Musa e Carlos Roberto Martins, igualmente citados como beneficiários dos subornos.

CASO CELSO DANIEL

Além de amortizar as dívidas da campanha de 2006, o contrato da sonda Vitória 10 000 serviu para encerrar outro assunto nebuloso envolvendo empréstimos do Banco Schahin e o PT. A história remonta ao assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em Santo André, em 2002. Durante o julgamento do mensalão, ao pressentir que seria condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, Marcos Valério, o operador do esquema, tentou fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Em depoimento na Procuradoria-Geral da República, ele narrou a história que agora pode se confirmar no petrolão. Segundo Valério, o PT usou a Petrobras para pagar suborno a um empresário que ameaçava envolver Lula, Gilberto Carvalho e o mensaleiro preso José Dirceu na trama que resultou no assassinato de Celso Daniel.

Valério contou aos procuradores que se recusou a fazer a operação e que coube ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, socorrer a cúpula petista. Segundo ele, Bumlai contraiu um empréstimo de 6 milhões de reais no Banco Schahin para comprar o silêncio do chantagista. Depois, usou sua influência na Petrobras para conseguir os contratos da sonda para a construtora. O próprio Milton Schahin admitiu ter emprestado 12 milhões de reais ao amigo de Lula. “O Bumlai pegou, sim, um empréstimo, como tantas outras pessoas. Mas eu não sou obrigado a saber para que o dinheiro foi usado”, disse recentemente à revista Piauí.

AUDITORIA INTERNA

Eivada de irregularidades, a contratação da Schahin tornou-se alvo de investigação da própria Petrobras. A auditoria da estatal concluiu que a escolha da Schahin se deu sem “processo competitivo” e ocorreu a partir de índices operacionais de desempenho artificialmente inflados para justificar a contratação. Os prejuízos causados pela transação em torno da Vitória 10 000 foram classificados pelos técnicos como “problemas políticos”, que deveriam ser resolvidos pela cúpula da estatal.

Não fosse pela Lava-Jato, a trama que envolve a campanha de Lula e os contratos na Petrobras permaneceria oculta nos orçamentos cifrados da estatal. A Schahin, que vira seu faturamento saltar de 133 milhões de dólares para 395 milhões de dólares durante os oito anos de governo Lula, seguiria faturando sem ser importunada.

O cerco, porém, está se fechando. Os números das contas usadas no pagamento de propinas no exterior e até detalhes das viagens de Fernando Schahin à Suíça já foram entregues pelos ex-dirigentes da Petrobras aos procuradores. Apesar dos claros sinais de fraude no processo, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli defendeu a compra da sonda ao depor como testemunha de defesa de Cerveró na Justiça. Procurados, os advogados de Cerveró disseram que não poderiam se pronunciar sobre o andamento do acordo de delação com o Ministério Público. Os demais citados negaram envolvimento no caso. Ao falar da ordem para beneficiar a Schahin, Cerveró reproduziu a frase que teria ouvido de Gabrielli: “Veio um pedido do homem lá de cima. A sonda tem de ficar com a Schahin”. E assim foi feito. Cerveró ainda não revelou quem era o tal “homem”.

Via Agência Estado:

Cerveró diz não ter enganado Dilma em compra de Pasadena

O ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró afirmou em depoimento à Câmara dos deputados nesta quarta-feira, 16, que não enganou a presidente Dilma Rousseff,então presidente do Conselho de Administração da estatal, na compra de parte da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). “De forma nenhuma”, respondeu ele ao deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), durante a audiência pública.

Segundo o ex-diretor, todo o processo de compra foi desenvolvido ao longo de um ano. “Não houve nenhuma intenção de enganar ninguém. Quer dizer, mão há nenhum sentido de se enganar ninguém”, afirmou.

Cerveró fez questão de deixar “bem claro” de que tal posição em favor da compra da refinaria não era individual, mas da diretoria. “Não existem decisões individuais”, afirmou, ao destacar que tanto a diretoria que compunha, a da área internacional, e a do conselho de administração estavam de acordo com a operação.

abr 25
quinta-feira
02 31
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
78 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.953.773 VISITAS