Via Blog do Camarotti

Apesar do tom oficial de que o episódio de espiongem está superado, o detalhamento, neste sábado (4), dos grampos feitos pelo governo norte-americano no Brasil causou surpresa e contrariedade entre integrantes do núcleo da gestão Dilma Rousseff.

Ao Blog, um ministro chegou a relatar que o esquema de espionagem detalhado neste sábado mostra que o Brasil tinha se tornado alvo de interesses norte-americanos, inclusive no plano econômico. Mas, uma avaliação pragmática do Palácio do Planalto concluiu que esse não é o momento de realimentar o mal-estar diplomático que ocorreu em 2013, quando Dilma chegou a cancelar uma viagem de Estado à Casa Branca por conta das revelações de que havia sido espionada pela NSA.

Isso porque Dilma acabou de voltar de Washington e, neste momento de dificuldade financeira, o Brasil está em uma situação política e econômica que não lhe permite gerar novos atritos com aliados do quilate dos Estados Unidos.

Por isso, depois de uma conversa telefônica com Dilma, o ministro da Comunicação Social deixou claro que este é um momento de olhar para o futuro, e não para o passado.

“Os dados divulgados neste sábado são relacionados a fatos já divulgados anteriormente. O governo americano veio a público e reconheceu o erro e assumiu um compromisso de mudança de prática. A partir daí, não dá para ficar olhando o passado. Temos de olhar uma agenda de futuro e de cooperação entre os dois países”, disse Edinho Silva.

As denúncias sobre as práticas de espionagem conduzidas pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos foi um dos assuntos de maior destaque internacional em 2013. As informações divulgadas pelo ex-consultor contratado para prestar serviço à NSA, Edward Snowden, colocaram a segurança na internet e o direito à privacidade na pauta de organizações internacionais e na agenda bilateral de diversos países. A primeira denúncia que veio à tona foi relacionada ao Brasil e ao monitoramento das comunicações da presidenta Dilma Rousseff, em setembro. O governo brasileiro reagiu considerando o episódio inadmissível e cobrando explicações formais dos Estados Unidos.
Por Mauro Santayana (HD) A notícia de que o Brasil enviou para a reunião da cúpula de direitos humanos da ONU, na qual se tratou da espionagem norte-americana da NSA, uma estagiária, não é lisonjeira para o nosso país, no momento em que enfrentamos graves desafios no contexto das relações externas. O Brasil – que patrocinou a convocação da reunião junto à Alemanha e os países escandinavos – não poderia ter deixado de mandar um diplomata de primeira linha ao encontro, principalmente quando a espionagem à própria Presidente da República foi ali abordada por outros países, e estiveram presentes a alta comissária Navi Pillay e o Relator da ONU para a Liberdade de Expressão, Frank de La Rue.
10
set

E a espionagem continua

Postado às 15:50 Hs

A cada 72 horas o governo dos Estados Unidos recebe um relatório de atualização de informações sobre a Petrobras. Essa é a rotina americana na espionagem, análise e acompanhamento dos negócios de uma das maiores empresas petroleiras do mundo. Os dados fluem, basicamente, por dois canais.

Um deles é a própria Petrobras, cujo sistema de criptografia foi decodificado pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency, a NSA, na sigla em inglês) – como demonstram os documentos obtidos por Edward Snowden, ex-colaborador da agência, divulgados pelos repórteres Sônia Bridi e Glenn Greenwald, domingo no ‘Fantástico’.

Outro está centralizado na Embaixada dos EUA em Brasília, que envia a Washington cerca de 110 ‘informes’ específicos por ano (são raros os classificados como ultra-secretos). (Informações de O GLOBO – José Casado)

15
jul

Guardar dados no Brasil…

Postado às 9:28 Hs

O governo brasileiro ainda não tem uma política unificada para a internet, mas estuda uma medida para obrigar multinacionais como Facebook e Google a armazenarem seus dados no Brasil e não no exterior, disse o ministro das Comunicações Paulo Bernardo ao jornal O Estado de S. Paulo. “O ideal seria a empresa manter o registro aqui, para que os dados estejam disponíveis se a Justiça brasileira pedir”, disse.

O ministro admitiu que essa medida não fazia parte do projeto de lei para regulamentar a internet que o governo estuda há vários meses e que apresentará ao Congresso, mas que “se tornou necessária agora”, após as revelações do ex-técnico da CIA Edward Snowden. Segundo ele, tanto a CIA como a Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) vasculham e-mails e telefonemas do Brasil.

O ministro afirmou que o armazenamento dos dados no país é um assunto de soberania nacional, pois as empresas de internet estão negando o fornecimento de dados à justiça brasileira alegando que seus arquivos não estão armazenados aqui. Bernardo disse que Dilma Rousseff planeja levar essa discussão à Organização das Nações Unidas (ONU).

A presidente Dilma Rousseff acredita que a decisão dos líderes sul-americanos do Mercosul é correta e afirmou, ao desembarcar em Montevidéu para participar de reunião do bloco, que qualquer ação de espionagem contra a soberania dos países, merece repúdio. “Repudiar qualquer ação de espionagem que contrarie os direitos humanos, principalmente o direito básico, o individual, de privacidade e, ao mesmo tempo, contrariar a soberania dos países, é algo que merece o repúdio de qualquer país, qualquer país que se defina como país democrático”, disse a presidente a jornalistas na noite de quinta-feira, segundo o site da Presidência da República. Os países do bloco decidiram enviar a Washington uma mensagem dura sobre as denúncias de espionagem dos Estados Unidos na região, que vieram à tona a partir de informações divulgadas pelo ex-prestador de serviços de uma agência de inteligência norte-americana Edward Snowden.
abr 19
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