– Pedro Simon foi um dos mais corretos e talentosos políticos de sua geração. A despedida do mandato aconteceu em dezembro de 2014 no plenário do Senado Federal, onde representou o Rio Grande do Sul durante 32 anos. Ele também foi deputado estadual, ministro da Agricultura e governador. Mesmo aposentado, ainda é uma referência dentro de seu partido, o MDB. Em entrevista a VEJA, ele mostra que, aos 92 anos, continua afiado. Elogia a candidatura à presidência da República da senadora Simone Tebet, ao mesmo tempo em que dirige pesadas críticas a Lula, Bolsonaro e a correligionários, como Renan Calheiros, que preferem apoiar um dos dois, ao invés da candidata do partido. O ex-senador também diz que não vê ameaças à democracia, defende o processo eletrônico de votação e elogia a Operação Lava-Jato.

Não se pode dizer que são caras novas na política. Na verdade os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE,) e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) estão no cenário político há décadas. Mas foram alçados agora pela dupla Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) à condição de símbolos da resistência à velha política do toma lá dá cá, da corrupção, do descalabro administrativo e da barganha política em troca de poder.

Integrados à nova coligação que está revirando o quadro eleitoral de 2014, os três estão a todo vapor participando de articulações políticas e serão peças importantes na vitrine da coligação que tem como mote o fim da velha política.

UMA GERAÇÃO

”Erundina, Jarbas e Simon representam uma geração de políticos que souberam resistir aos encantos da política tradicional. Têm mandatos reconhecidos por servirem à sociedade. Servem também para que a sociedade não perca a crença nas instituições”, disse Eduardo Campos ao GLOBO.

Erundina e a ex-ministra Marina Silva têm uma história muito parecida: as duas ajudaram na criação do PT no início dos anos 80, tiveram atuação expressiva no partido e, depois de dificuldades internas, foram obrigadas a deixar a legenda. Com quatro eleições consecutivas para a Câmara Federal desde 1998, pelo PSB, agora, com a reaproximação da ex-companheira Marina Silva, Erundina diz estar vivendo um novo recomeço.

 NOVO CENÁRIO

”O jogo começa agora, o quadro está mudando, e se respira isso por onde se caminha. Há um novo cenário de não se aceitar o que já estava dado como decidido (a reeleição da presidente Dilma). Eu nunca perdi o ânimo. Em muitos momentos me senti como se estivesse numa luta de resistência. Como Marina, eu tinha duas alternativas: sair da política e continuar filiada ao PT, ou sair do PT e continuar na política. Optei por continuar fazendo política, sempre”, disse uma entusiasmada Erundina na sexta-feira. (De O GLOBO – Maria Lima)

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