A senadora Simone Tebet foi oficializada como candidata à Presidência pelo MDB para as eleições deste ano. A votação para formalizar a senadora como candidata ocorreu em uma convenção virtual do partido hoje (27).

A formalização do nome de Tebet ocorre em meio a uma divisão dentro do MDB. Ontem, o ministro Edson Fachin, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), negou ação apresentada por uma ala do partido ligada ao senador Renan Calheiros (AL) contra a realização da convenção.

Segundo essa ala do MDB, a votação virtual do partido “coloca em risco a legitimidade das escolhas” e “representa grave risco de escolha antidemocrática entre filiados, haja vista a possibilidade de culminar no afastamento de pré-candidatos que desejariam disputar o pleito, no direcionamento dos votos e opiniões de filiados e, ainda, no receio quanto a possíveis represálias da cúpula partidária”.

Também ontem, o senador Tasso Jereissati (PSDB) desistiu de servir como vice na chapa com Tebet. O senador é um grande defensor do nome dela para a Presidência, mas estaria indisposto a concorrer no pleito, abrindo mão também de uma eventual reeleição no Senado.

UOL

Por Ingrid Soares/ Correio Braziliense

Primeira mulher a exercer a presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) concorre com outros três colegas do partido (Eduardo Gomes, Fernando Bezerra Coelho e Eduardo Braga) ao cargo de presidente da Casa. Se eleita, Tebet será também a primeira mulher a comandar as sessões do Senado e do Congresso.

A parlamentar herdou a veia política de seu pai, Ramez Tebet, ex-presidente do Senado e ex-governador do Mato Grosso do Sul. De perfil conciliador, a candidata lamenta que as mulheres, embora sejam maioria na sociedade brasileira, ainda estejam ausentes nos espaços de principais trechos da entrevista de Simone Tebet ao Correio.

Por que concorrer à Presidência do Senado?
Trata-se de um entendimento, que acredito ser da maioria de senadores, de que o Senado exerça, com independência, sem perder a harmonia, de fato, o seu papel institucional e político, bem a propósito de sua própria história, quando chamado a atuar nas nossas maiores crises. A pandemia do novo coronavírus traz como reflexo uma das maiores crises econômicas dos últimos tempos. O Senado precisa estar cada vez mais próximo dos grandes interesses e necessidades da população brasileira. Nossa agenda deve ser a do desenvolvimento, geração de emprego, reformas estruturantes, recursos voltados a políticas públicas de habitação, saúde, educação. Essas pautas precisam estar na mesa (em 2021). A população brasileira exige respostas urgentes.

A que a senhora atribui a demora do MDB em decidir por um candidato?
O MDB não poderia pregar a democracia externa se, internamente, não a exercesse. O MDB tem uma história de aglutinar diferentes pensamentos. Mas ele também construiu essa mesma história por meio da construção de consensos. Sei que a razão do tempo muitas vezes conspira, e o processo foi antecipado pelo lançamento da candidatura do Pacheco (Rodrigo Pacheco, DEM-MG) pelo presidente da Casa, mas o Senado sempre teve o seu tempo e, diferentemente da Câmara dos Deputados, o processo está apenas começando.

Os líderes do governo no Senado e no Congresso são emedebistas. Mas Alcolumbre também é próximo de Bolsonaro. Como o Planalto deveria se posicionar na disputa?
Com neutralidade. Existem duas palavras que não precisam ser mágicas, porque elas não saem de cartolas; estão gravadas na Constituição: harmonia e independência. O presidente do Senado é, também e ao mesmo tempo, presidente do Congresso Nacional. Cabe a ele fazer valer e exercitar esses dois postulados constitucionais. O mesmo deve ocorrer com os chefes dos outros Poderes. Quanto à fidelidade do MDB, ela sempre se direcionou às propostas do governo que se mostraram, ou que se mostrem, necessárias ao país, independente de que governo.

Como ficaria a relação entre o MDB e o governo em caso de apoio do Executivo ao candidato de Alcolumbre?
Não sei se esse alegado apoio é baseado em fatos. O MDB, a meu ver e a meu sentir, vai continuar defendendo o melhor para o Brasil, em clima de harmonia e de independência, repito.

E quanto à sua relação com o governo Bolsonaro? A senhora tem feito críticas, mas também apoia medidas econômicas do Planalto.
Permita-me dizer que a minha atuação política é um exemplo de como é possível pautar-se pela harmonia e pela independência. Eu nunca disse “isso é bom (ou mau) para o governo”. Defendi todas as teses e votei favorável a tudo o que, no meu julgamento e segundo a minha consciência, é bom para o país. Estão errados os que julgam que a independência fere a harmonia. Ao contrário, porque a dependência é que fere a democracia. Os três poderes saem fortalecidos, se obedecidos esses dois postulados.

Há pressão de senadores pela volta do auxílio emergencial. Como avalia essa questão?
Essa pressão não se origina nos senadores, mas na realidade brasileira, que se desnudou ainda mais, nesses tempos de pandemia. Uma realidade com as maiores disparidades sociais de todo o planeta. Com o desemprego que já ultrapassou o teto das nossas preocupações. Com a fome que ronda, cada vez mais, as famílias brasileiras, temos de fazer algo, e esse algo tem de ser urgente, porque a fome não espera. A vida é agora. O Senado nunca faltou a esse chamado, vindo na forma de lamentos de dor. Não será diferente agora, independente de quem postula, e de quem assumirá, a presidência da Casa.

A invasão do Capitólio nos EUA pode se repetir no Brasil?
Não há como negar que a democracia foi atacada lá. Mas a própria democracia demonstrou possuir condições plenas de autodefesa. Também não será diferente aqui. A nossa democracia é mais jovem que a de lá, e sofreu muito mais solavancos ao longo da nossa história, mas ela também se mostra fortalecida. A qualquer movimento de invasão às nossas instituições democráticas, nós estaremos de prontidão com saídas constitucionais.

Se eleita, a senhora será a primeira mulher a ocupar a presidência da Casa. Como se sente a respeito?
Agora, em um degrau superior, sinto o mesmo que quando assumi, como a primeira mulher, a presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado: um misto de orgulho pelo fato e de indignação com a história. Afinal, não deixa de ser mais um exemplo de como a mulher brasileira demorou tanto a ocupar espaços de poder no nosso país. Somos a maioria da população, dos eleitores, dos estudantes universitários, e o timbre de voz da direção maior do Legislativo brasileiro continua sendo masculino. A galeria de fotos dos ex-presidentes do Senado é devedora com as mulheres brasileiras.

30
jan

* * * Quentinhas … * * *

Postado às 11:30 Hs

* * *  diz que não aceitará a Comissão de Constituição e Justiça, caso seja preterida pela bancada do MDB para concorrer à Presidência do Senado. “Ficaria parecendo conchavo.” Enquanto nos bastidores a bancada do MDB está dividida entre Renan e Simone, o perfil oficial da sigla no Twitter fala em unidade.(Estadão) * * *

* * *Dez dos 11 integrantes da bancada federal do Rio Grande do Norte se reuniram hoje pela manhã em Brasília para discutir uma pauta conjunta de atuação. Reuniram-se os senadores Jean Paul Prates (PT) e Zenaide Maia (PHS) e os deputados federais Natália Bonavides (PT), Walter Alves (MDB), Benes Leocádio (PTC), Eliezer Girão (PSL), Fábio Faria (PSD), Rafael Motta (PSB), Beto Rosado (PP) e João Maia (PR). Apenas o senador eleito capitão Styvenson Valentim (REDE) não esteve presente. Ele ainda se encontra em Natal. * * *

* * * A prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), têm audiência na tarde desta quarta-feira (30) com a governadora Fátima Bezerra (PT), na Governadoria. Será a primeira vez que a recém-empossada governadora receberá a prefeita mossoroense. Na audiência, Rosalba vai tratar da retomada das cirurgias eletivas (que são definidas previamente) na cidade. A prefeita vai acompanhada da secretária municipal de Saúde, Saudade Azevedo. * *  *

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