O presidente Luiz Inácio da Silva desafiou a legislação eleitoral na noite desta quinta-feira, em evento festivo do PCdoB para oficializar apoio à presidenciável do PT, Dilma Rousseff.
Lula chamou sua candidata de futura presidente do Brasil – tratando-a várias vezes como já eleita – e, embora tenha dito no início do discurso que precisava controlar as palavras, afirmou que os políticos não podem mais ficar submetidos a decisões de um juiz a cada eleição.
Foi o primeiro evento em que Lula e Dilma estiveram juntos depois que ela saiu da Casa Civil.
– Quando eu estiver fora (do governo), vou ter força para evitar que se faça com a Dilma o que fizeram comigo em 2005 (aparentemente, ele falava da investigação do mensalão do PT). Vou gritar mais, vou ter mais liberdade. Não vou ser instituição. Vou arregaçar as mangas para fazer a reforma política, porque não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não fazer. Vou poder gritar mais, perturbar mais – disse Lula, em tom exaltado.
Várias vezes, ao longo do discurso de quase uma hora, Lula exaltou as qualidades de sua candidata:
.- O PT está dando uma candidata… e vocês jamais vão se envergonhar dessa companheira. Vão perceber lealdade, muita competência. Hoje não tem ninguém mais preparado do ponto de vista técnico para governar este país do que esta senhora Dilma Rousseff, futura presidenta deste país. Até a vitória!
Antes, disse que sabe que não terá uma campanha fácil e que não teme o debate:
– Porque somos mais fortes. Estamos mais preparados, temos história. Nenhum de nós tem que ter vergonha de debater nenhum assunto.
O presidente se esmerou tanto nos elogios a Dilma que exagerou:
– Vocês vão fazer campanha para uma mulher cuja história é motivo de orgulho. Se eu conhecesse ela (sic) antes de ser candidato, eu não seria (candidato), porque teria indicado ela (sic). Pela primeira vez, o PCdoB não vai trabalhar na minha campanha, mas vai ter uma candidata mais simpática e mais bonita.
Fonte: Ricardo Noblat
 

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