Com apoio da base aliada, a Câmara aprovou na noite desta terça-feira um aumento de 7,7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O índice é uma grande derrota para o governo e pode levar Lula a vetá-lo em pleno ano eleitoral.  A medida provisória segue agora para votação no Senado, que já avisou que quer manter o percentual.
A MP enviada pelo Executivo concedeu o aumento de 6,14%, mas, pressionado por partidos aliados e com medo de uma derrota ainda maior, o governo cedeu e aceitou mudar o índice para 7% –o que corresponde à inflação de 2009 mais dois terços da alta do PIB de 2008.
Os deputados e as categorias de classe não ficaram satisfeitos, propondo o índice de 7,7%– correspondente à inflação do ano passado mais 80% do crescimento do PIB. O acordo deste valor já passou inclusive pelo Senado. O que dificultou para o governo foi que os deputados não quiserem ficar responsável por diminuir o índice.
A votação da medida provisória continua na Câmara. Agora, os deputados votam emenda do PPS que acaba com o fator previdenciário.
O governo já declarou por diversas vezes que não pode arcar com um índice maior do que os 7%. Há possibilidade de o presidente Lula vetar qualquer reajuste maior. Segundo o governo, os 7% resultariam em um gasto a mais para a Previdência de R$ 1,1 bilhão e os 7,7% mais R$ 600 milhões. Não há cálculos para um índice maior.
 

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