O Brasil tem o desafio de, nos próximos anos, consolidar o biocombustível como alternativa de energia limpa e auxiliar os outros países a adotarem essa tecnologia. A análise foi feita ontem pelo diretor da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Francisco Paletta, ao participar da Conferência Internacional de Biocombustíveis. O evento foi realizado pelo Centro de Estudos em Energia e Sustentabilidade (Cees), da Faap.
Outro desafio, de acordo com Paletta, é avaliar o papel dos biocombustíveis na matriz energética global, já que há uma série de debates em torno da capacidade do mundo de produzir biocombustível e, ao mesmo tempo, atender à agricultura e à pecuária. O mais difícil, na avaliação do pesquisador, é mostrar que o biocombustível é economicamente viável. “Para isso, o Brasil precisa adotar uma postura estratégica na demonstração de um modelo econômico que justifique a matriz energética como alternativa [para produção] do biocombustível, com a equação da agricultura e pecuária”.
Ele observou que embora haja a possibilidade do Brasil usar até 30% de óleo vegetal no diesel, isso ocorreria à custa de não exportar óleo e, assim, reduziria a sua oferta como alimento. “Isso seria muito complicado e até antiético. O biodiesel deveria ficar em 5% no diesel e nunca chegaria às proporções a que chegou o etanol, que hoje são 52% da gasolina e, em 2019, serão 85%”, disse Moreira. Ele destacou que o biodiesel ainda não tem um papel comercial porque, como sua produção é menor, o custo é alto e, por consequência, seu preço também.


Fonte : Agencia Estado

 

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