Morreu na noite deste sábado (19)  Dona Militana, 85 anos, potiguar considerada a maior romanceira do Brasil. No início do mês de junho, Dona Militana chegou a ser levada ao hospital da Hapvida após dormir um dia inteiro e emendar com o outro sem comer nada. Foi constatada uma infecção urinária. A romanceira voltou para a sua casa localizada na comunidade Santa Terezinha, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, ainda com dores na perna, na cabeça e debilitada.
A morte de Dona Militana foi confirmada no início da noite deste sábado. A assessoria da Prefeitura de São Gonçalo, comunicou que a cidade está de luto com a morte da romanceira. Ainda segundo a assessoria, as últimas homenagens públicas à Dona Militana serão prestadas no Teatro Municipal de São Gonçalo a partir das 9h deste domingo (20). O sepultamento está previsto para às 14h, no Cemitério Público de São Gonçalo do Amarante.

As cantorias renderam um dia à potiguar uma comenda nacional entregue pelas mãos do presidente Lula, em Brasília, mas atualmente estavam cada vez mais restritas aos CDs já gravados com 33 raridades poéticas musicadas da Idade Média – época das Cruzadas. Dona Militana era a guardiã deste tesouro medieval repassado pelo pai Atanásio Salustino durante a colheita na roça.
Em abril de 2009, o Diário de Natal promoveu o encontro da romanceira com o folclorista Deífilo Gurgel, seu “descobridor”. Por trás das das valentias relatadas quando a peixeira acompanhava a romanceira nas idas e vindas à roça ou à cidade para fazer feira, Militana guardava doçura. Ria envergonhada com a mão na boca, como quando Deífilo contou da viagem feita a Sergipe para um seminário sobre o romanceiro.

 

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