A desorganização do clima atingiu Alagoas em cheio, deixando várias cidades em estado de calamidade. Enquanto o jogo Brasil x Costa do Marfim era comemorado, helicópteros, jipes, botes e canoas ainda resgatavam pessoas dos municípios mais atingidos (Atalaia, Capela, Cajueiro, Viçosa, Paulo Jacinto, Murici, Branquinha, União dos Palmares, Matriz de Camaragibe, Quebrangulo, Santana do Mundaú, entre outros). Rios transbordaram, pontes desabaram ou ficaram completamente submersas, transformando algumas regiões em “pontos críticos” pelo total isolamento. Os Municípios de Jundiá e Jacuípe ficaram sem água potável e energia elétrica. A cena é de Caos absoluto, e o resultado é devastador: 30 mil desabrigados, 20 mil entre feridos e doentes, centenas de desaparecidos e 25 mortos. Incluindo os milhares de desalojados, são mais de 80 mil pessoas afetadas pelos estragos.
Vários bairros da capital também foram atingidos, principalmente os que margeiam a lagoa, que tem atingido níveis altíssimos, invadindo casas, hospitais, derrubando barreiras e deixando um rastro de destruição e de necessitados. Os bairros da Cambona e Bebedouro ficaram intransitáveis no fim de semana, e vários comerciantes tiveram avarias. O bairro do pontal teve várias marinas inundadas, e os prejuízos já são arrasadores. A região de Rio Largo, há 27 km de Maceió, teve dezenas de casas arrastadas pela correnteza e bairros inteiros submersos, deixando mais de 300 famílias desabrigadas. O cenário é comovente, postes e árvores tombaram sobre casas, carros e casas ficaram entulhados, bairros desaparecidos sob a água e pessoas em desespero.
As prefeituras ainda estão enviando os relatórios ao governo federal e tomando as providências cabíveis, mas a necessidade é tamanha, que a população não atingida terá papel crucial num momento como este. Campanhas estão sendo organizadas, mas os donativos ainda estão longe de amenizar a carência. Alimentos não perecíveis, roupas, calçados, cobertores, colchões e outros itens estão sendo coletados.

 

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