Serra sentiu-se na companhia de sua turma, no encontro que teve com 150 artistas e intelectuais no Rio de Janeiro. Com alguns deles, como o ator Carlos Vereza e o poeta Ferreira Gullar, dois grandes amigos, trocou reminiscências sobre a véspera do golpe de 1964. Serra – que foi ator na juventude – presidia a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Gullar, o Centro Popular de Cultura (CPC).

O tema predominante da conversa, no entanto, foi o futuro. Ele acha que o principal aspecto da cultura é a diversidade e que por isso as decisões a respeito de projetos culturais poderiam ser diversificadas. Devem participar empresários, artistas, governo, organizações da sociedade, sem um centro de decisões tutelando todos.

“É preciso diversificar as fontes de financiamento (para a cultura). Não basta a Lei Rouanet. São necessários recursos maiores, que cheguem de alguma outra forma”, opinou Serra. Ele contou que na prefeitura da de São Paulo duplicou o orçamento para a Cultura e no governo, triplicou. “Aproveitamos a Lei Rouanet, mas também criamos fundos e outros incentivos”, disse aos convidados.

Serra cumprimentou cada um dos presentes, artistas e intelectuais de diversas áreas, como música, teatro, TV, cinema e literatura. Além de Vereza e Gullar, compareceram os atores Stepan Nercessian, Maitê Proença e Rosamaria Murtinho; os músicos Fausto Fawcett, Charles Gavin e Sandra de Sá; os cineastas Zelito Viana e Andrucha Waddington; o humorista Marcelo Madureira e o escritor Ivan Junqueira, entre outros.

 

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