A despeito do crescimento mais forte da economia brasileira nos anos recentes, o País perdeu participação no Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Em 2002, a fatia era de 2,92%. No fim deste ano, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), deve ser de 2,90%. É uma diferença pequena, mas, segundo analistas, nada desprezível, levando-se em conta que o Brasil ainda é uma nação emergente. Se não precisa – e não consegue – crescer como China e Índia, tampouco deveria “se contentar” com um ritmo de país desenvolvido.
Em 2000, a China tinha 7%, a Índia, 4% e o Brasil, 2,95% do PIB global. Os chineses devem encerrar 2010, segundo o FMI, com 13% e os indianos, com 5%. “O Brasil não é um país pobre, mas um país de pobres”, define o economista Simão Davi Silber, professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). “Um quarto da nossa população economicamente ativa ganha meio salário mínimo ou menos.”
Silber estima que a expansão média anual deveria ser de 7% para o Brasil alcançar relativamente rápido uma nova condição de desenvolvimento. “Sete por cento de crescimento ao ano significa dobrar o PIB em uma década. Isso, mais um pesado investimento em educação, mudaria o País.”
O PIB nacional avançou, em média, 3,6% ao ano desde o início do governo do presidente Lula, em 2003. É mais do que a média das décadas de 1980 (1,7%) e 1990 (2,6%), mas menos que o mundo, que se expandiu 3,7% em média entre 2003 e 2009. Para este ano, a expectativa do FMI é de que o Brasil cresça 7,1%, ante 4,6% do planeta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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