A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que completou 51 dias nesta quarta-feira (11), está causando cada vez mais transtornos para as pessoas que têm problemas de saúde ou sofreram um acidente de trabalho e precisam de uma avaliação médica para receber o auxílio-doença. A espera por atendimento já passa de dois meses.

Segundo informações do Ministério da Previdência Social, são realizadas, em média, 30 mil consultas diárias pelos médicos peritos. Com a greve, esse valor caiu para 24,6 mil atendimentos ou seja, quatro mil pessoas estão sendo prejudicadas. O prejuízo só não está sendo maior porque o Superior Tribunal de Justiça (STJ), apesar de considerar a greve legal, determinou a volta de 50% dos peritos ao trabalho.

Hoje, a Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social realizou assembleia para avaliar a terceira proposta para interrupção da greve apresentada pelo Ministério da Previdência Social. Desta vez, as sugestões do governo foram aceitas parcialmente. “Aceitamos a proposta com adequações”, afirmou o presidente da entidade, Luiz Carlos Argolo.

A greve iniciada no dia 22 de junho está prejudicando principalmente os trabalhadores que contribuem para a Previdência Social e precisam passar pela perícia para que o benefício comece a ser liberado. Os segurados que já recebem benefício previdenciário e precisam de um novo atendimento da perícia médica podem ficar mais tranquilos. Quem já recebe o benefício e está com a perícia agendada, se não for atendido, terá o auxílio prorrogado de forma automática.
 

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