O crescimento de Dilma Rousseff nas pesquisas tende a esfriar a cobertura política da grande mídia. Parece já haver uma certa falta de interesse. A confirmação da vitória de Dilma configurará a maior derrota política dos grupos de mídia do Brasil nos últimos 100 anos.
Uma mídia acostumada a eleger candidatos, antes e depois da redemocratização. Fernando Collor de Melo foi seu grande troféu, ao fazer um candidato vitorioso do nada.
Nenhuma das perseguições impetradas durante esta campanha foi suficiente para barrar o crescimento da candidata do presidente Lula. Chamaram-na de terrorista, despreparada, narcotraficante, de tudo, e nada causou o efeito na esfera política.
Esperamos que a última tentativa de jornalismo marrom e partidário tenha sido a da revista Época, que questionava o passado de Dilma, a guerrilheira.
A sensação dentro desses meios de comunicação deve ser a mesma de um cientista que durante anos aplicou o mesmo veneno com eficácia, mas agora aumentou a dose e não surtiu efeito.
É verdade que existe agora uma blogosfera, que se reuniu, mostrando força, no último final de semana em São Paulo. É outra face da comunicação contemporânea que funciona como antídoto ao veneno da mídia.
Mas a grande derrota da velha mídia foi para a política. Um governo com o mínimo de seriedade e distribuição de renda é capaz de impedir o desgaste provocado por matérias que buscam destruir a governabilidade.
Basta governar.
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