O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) atingiu 119,3 pontos no mês de agosto, de acordo com pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que havia registrado índice de 116,8 pontos no mês anterior. Foi o melhor resultado, desde que o Inec começou a ser medido, em 2001.

Segundo o economista Marcelo Azevedo, da CNI, que divulgou a pesquisa, a melhora no otimismo do consumidor foi alavancada, principalmente, pela perspectiva de crescimento contínuo da oferta de empregos e pela falta de sinalização de pressão inflacionária no horizonte de médio prazo.

A pesquisa da CNI atesta que a taxa de desemprego continua em queda enquanto o emprego, com carteira assinada, aumenta e garante melhora da renda familiar. Além disso, mais pessoas manifestaram confiança na gradativa queda da inflação, na comparação com a pesquisa de julho.

Feita entre 18 e 21 de agosto, com 2.002 pessoas, a pesquisa tem base fixa 100. Acima desse valor, a expectativa é otimista. Foi o quarto mês seguido de elevação do indicador, que havia registrado piora no começo do ano por causa da elevação de alguns preços. Mas, com o recuo da inflação, nos últimos meses, o otimismo do consumidor cresceu, segundo Azevedo.

O Inec destaca que as expectativas sobre melhora da situação financeira cresceram 0,7% no mês, e aumentaram também 0,8% as perspectivas em relação à aquisição de bens de maior valor. Esses aumentos indicam estabilidade, de acordo com o economista da CNI, e sinalizam que mais consumidores reduziram suas dívidas.

 

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