Se a alimentação é imprescindível para a prevenção das doenças mais letais, parece pouco somente 16% da população seguir uma dieta especial. A prática de esportes por apenas 31% dos brasileiros também não condiz com os ótimos índices na autoavaliação de saúde. A aderência a bons hábitos, defende Márcia Fidelix, está relacionada ao comportamento. “Uma coisa é ouvir dizer; outra coisa é a pessoa ser de fato tocada. Tem gente que pensa que saúde é ir ao médico. O autocuidado não é uma prática no Brasil. Isso tem a ver com cultura, com informação”, defende.
Pior que isso é constatar que menos da metade dos brasileiros faz um check-up anual e que mais de um terço da população raramente ou nunca se submeteu a uma bateria de exames básicos. Os brasileiros estão preocupados com sua saúde e aparência, mas, mesmo assim, acreditam que não vão ao médico tanto quanto deveriam e não se exercitam regularmente. Não será novidade dizer que as mulheres são mais propensas do que homens a fazer os exames médicos necessários e cuidar da saúde. Mas eles acreditam que vão viver mais que elas.
Espaço para relaxar O brasileiro de classe média subiu na pirâmide social nos últimos anos, com um consequente ganho em qualidade de vida. De modo geral, a população se sente melhor ou tão bem quanto se sentia há cinco anos. Relaxar em casa e passar tempo com amigos e com a família são maneiras encontradas pelos brasileiros para melhorar sua sensação de bem-estar. Os hobbies, práticas de esportes e idas à academia também são formas populares de aumentar essa sensação, principalmente entre os homens. Já as mulheres, segundo a pesquisa, preferem passar mais tempo em casa, com amigos e a família, e ir a um especialista em saúde mental ou terapeuta.
Se é em casa onde o brasileiro se sente melhor, a qualidade das habitações é determinante para sua sensação de bem-estar. Mas segundo o engenheiro civil Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Deliberativo do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), nem sempre as moradias são adequadas à habitação. “Muitas não são feitas de acordo com as condições climáticas, por exemplo. O cara não aguenta ficar lá dentro, vai para a rua, para o bar, a ponto de aumentar os índices de alcoolismo de determinadas regiões, como apontam algumas pesquisas”, alerta.Alguns resultados O Philips Index está sendo realizado em outros 22 países e já é possível comparar alguns resultados. Entre Estados Unidos, Brasil e China, os norte-americanos, quem diria, são os que se sentem melhor com relação à sua saúde, bem-estar e peso, seguidos pelos brasileiros. Somos os mais satisfeitos com a saúde física e os menos estressados, mas também os que se sentem menos responsáveis pela própria saúde e os que menos fazem check-ups anuais.
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