A desigualdade social caiu, mas continua avassaladora entre brancos e negros no Brasil. Nem as cotas raciais nas universidades fizeram crescer significativamente o acesso de negros e pardos ao ensino superior, e as mulheres brasileiras continuam perdendo o dobro de tempo que os homens com os afazeres domésticos.

Estes são alguns dos destaques da Síntese de Indicadores Sociais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A comparação entre negros e brancos foi ainda mais intensa do que nas pesquisas anteriores, já que aumentou a proporção da população que se declarou como afro-descendente.

Em 1999, 5,4% dos entrevistados se declararam negros e 40% pardos. Em 2008, foram 6,9% como negros e 44,2% como pardos. No 1% da população mais rica do País, em 1999, estavam 1,1% de negros e 8% de pardos. Em 2009, as taxas subiram para 1,8% e 14,2%, respectivamente.

Porém, ainda é assustadora a diferença entre brancos e pardos nas famílias que representam os 10% mais pobres do País. Em 1999 eram 62,9% de pardos, 8% de negros e 28,7% de brancos que compunham a classe. Em 2009, as taxas foram de 64,8%, 9,4% e 25,4%, respectivamente.

 

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