O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes está travando uma guerra para cassar a candidatura de candidato a deputado federal pelo PR paulista com o lema famoso “pior que está não fica” e, segundo oTiririca, Ibope, batendo perto de 1 milhão de eleitores. Lopes enfrentou, esta semana, a burocracia e também a precária investigação sobre as duas supostas irregularidades na campanha do palhaço.

A primeira, em relação à propaganda, digamos, excessivamente bem humorada, Lopes acredita ter contornado com um amplo material reunido por sua equipe. Ele enviou, de novo, para a Procuradoria  Regional Eleitoral (PRE) a denúncia, desta vez, com fitas, propaganda impressa e uma firme defesa da tese de que o slogan da campanha de Tiririca é um prejuízo para a democracia e para o processo eleitoral. Esta é a segunda tentativa de Lopes, já que a primeira foi negada pela PRE.

Quanto à outra suposta irregularidade, Lopes protocolou na Justiça, na tarde de quinta-feira, denúncia com base em nota publicada pela coluna Radar, da revista Veja, dando conta de que Tiririca declarou à Justiça Eleitoral não possuir nenhum bem e que seu patrimônio está em nome de terceiros. Logo, se eleito, será impossível comprovar, no futuro, qualquer variação de patrimônio.

Lopes, no entanto, recebeu da PRE apenas uma ficha de registro da candidatura de Tiririca, sua declaração de bens (ou não-declaração) e uma cópia da revista.Depois de uma conversa com o juiz, Lopes desconfia da aceitação da denúncia. Seria preciso uma investigação que cruzasse dados do Banco Central, da movimentação bancária do cidadão Francisco Everardo Oliveira Silva, para comprovar a falsidade da declaração.

“Se o juiz aceitar, cabe recurso, se não aceitar ou pedir investigações, há grande chance de o caso cair para as calendas”,  decepciona-se Lopes

 

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