A coordenação de campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que ela não sabia da existência de um esquema para facilitar interesses de empresas privadas na Casa Civil, pasta que ela comandou até março.Em entrevista coletiva em Campinas (SP), a própria petista disse que não tomou conhecimento da denúncia que o consultor Rubnei Quícoli afirma ter enviado por e-mail à Casa Civil, apontando a existência desse esquema.

Quícoli afirmou que Israel Guerra, um dos filhos da ex-ministra Erenice Guerra, cobrou dinheiro da EDRB, empresa que representava, para liberar empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) –o que não ocorreu.

”Se Dilma sabia, é crime”, afirma Serra

Ao comentar mais uma denúncia sobre um suposto esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez uma referência ao período em que sua adversária Dilma Rousseff, do PT, foi titular da pasta.”Se (Dilma) sabia, é crime. Se não sabia, não é boa administradora, porque anos e anos com um esquema feito ao lado do gabinete, com distribuição de propinas até para a compra de remédios, o que é especialmente mórbido, não dá”, afirmou.

Marina diz que no Brasil tudo é “politizado” e defende fim da reeleição

Ao comentar a denúncia da edição da revista “Veja” desta semana, segundo a qual Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil, recebeu propina para intermediar a negociação para a compra do medicamento Tamiflu, a senadora Marina Silva, candidata do PV à Presidência da República, afirmou que o problema do Brasil é que tudo é “politizado” e nada encarado “institucionalmente.”

“É politização de assuntos que devem ser tratados pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas e pela Justiça Federal. Por isso, sou contra a reeleição. Sou favorável a um único mandato porque na reeleição faz-se tudo, vale tudo para se reeleger”, afirmou a candidata.

 

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