Na campanha política de 1989, quando Collor derrotou Lula, Ulisses Guimarães, do PMDB, teve uma votação insignificante para sua importância política. Do pleito ainda participaram Mário Covas e Leonel Brizola, o primeiro um tucano que deixou saudades e o segundo um defensor das causas populares. Já no fim da caminhada, as pesquisas apontando a vitória do aventureiro de Alagoas, os peemedebistas começaram a cantar no programa do rádio e televisão: “Bote fé no velhinho, o velhinho é demais…”. Pobre Ulisses. Foi humilhado nas urnas.
Na eleição deste ano, temos outra vez um velhinho que é demais. O Plínio de Arruda Sampaio. Nesta segunda, no debate promovido pelo SBT Nordeste, foi considerado outra vez o melhor. Um dos bons momentos do confronto foi quando Serra tentou desqualificar o candidato do PSOL, lembrando sua passagem pela direita, na juventude, e o socialista respondeu na bucha: “Eu fiz o caminho da direita pra esquerda e você fez o contrário. Parece que não te ensinei direito, quando te elegi presidente da UNE, pois você virou isso”. Dilma não estava presente, brilhou a estrela do ex-petista. Superou Serra, mostrou as contradições de Marina, parecia um jovem começando na vida pública. Ganhou mais um debate. Independente dos votos que terá, Plínio não será um novo Ulisses, traído pelo seu partido e tratado com ingratidão pelo povo. O socialista sairá desta campanha maior do que entrou.Não voto nele mais pense num cabra inteligente e valente.

 

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