Haja maturidade para aguentar tanta baixaria, demagogia e ofensa à liberdade de imprensa! Estou pasmo com a capacidade da dita “elite” brasileira – prefiro chamá-la de o “grupo dos ultrapassados” – de não ter limites éticos quaisquer em seu objetivo de frustrar a vontade popular.
Em primeiro lugar tentaram a todo o custo constranger o presidente Lula de fazer a campanha de sua candidata. Esquecendo que foi FHC quem forçou o Congresso a mudar as regras da Constituição para poder se reeleger, criaram o mito de que presidente da República não pode defender candidatos. Ora, qual o significado de uma eleição? É o de ser o momento, entre outros aspectos, em que governantes e parlamentares VÊM A PÚBLICO prestar contas de suas ações e assim, poderem ser julgados pela opinião pública. Pois até hoje insistem que Lula ofende a legislação eleitoral ao defender a candidata Dilma. Queriam que ele se escondesse. Quem teve de se esconder foi FHC por conveniência deles mesmos…
Depois, parte da mídia, ainda bem que hoje apenas parte, a chamada “grande imprensa” que sempre foi ultraconservadora, resolveu de vez assumir o papel de cabo eleitoral do Serra e ajudá-lo a compor seu programa eleitoral com matérias sensacionalistas, montando reportagens de forma parcial e pré-condenando pessoas o que, por sua proximidade com o governo, poderiam prejudicar a candidatura de Dilma. Estamos vivendo um momento importante na luta em defesa da liberdade de imprensa. Pois uma das maiores ameaças a ela é a atuação de veículos que a usam para mentir e ofender a quem desejam, com objetivos políticos ou econômicos inconfessáveis. Mas a baixaria não está funcionando. Mesmo tendo o programa eleitoral do Serra usado dessa munição da forma a mais rasteira possível. Na internet então, é um verdadeiro horror a baixaria reinante. Como resultado não há como evitar que a questão da liberdade de imprensa seja mais discutida na sociedade e os que a ofendem com a maior cara de pau sejam tratados pela lei como o que são: ofensores da democracia e das liberdades públicas.
E tem, por fim, o festival de irresponsabilidades demagógicas da turma da “banda da UDN”, seguidores saudosistas do mais puro lacerdismo (quem diria estares ainda tão vivo nas mentes desta turma, oh Lacerda!). Lembro-me de que fui, em 1999, na Comissão de Trabalho na Câmara dos Deputados relator do projeto de Lei do senador Paulo Paim que aumentava o salário mínimo para 100 dólares. FHC botou a base de seu governo para derrotar o projeto, substituiu titulares por suplentes na Comissão (pois alguns da base iam votam a favor de meu relatório) e o derrotou. O salário mínimo para o ano de 2000 ficou mesmo equivalente a 80 dólares. Pois hoje, quando o salário mínimo está perto de trezentos dólares vem o amigão de FHC dizer que vai aumentá-lo ainda mais! Dá para acreditar? E promete dar décimo terceiro para o bolsa família, o que geraria uma despesa enorme e não fala de onde viriam os recursos. Logo ele, cuja turma sempre diz que bolsa família “vicia o povo”.
Bem, a conclusão disso tudo é que a oposição não tem limites éticos nenhum. Joga contra a democracia em defesa de seus interesses eleitorais e políticos. E, a mais importante conclusão, o povo brasileiro está vacinado por 500 anos de manipulação e não aceita mais a mentira como forma de prática política.
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