O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou na manhã de ontem, em solenidade simultânea realizada em Barra Bonita, a 290 quilômetros da capital, oito usinas termelétricas movidas a biomassa de cana-de-açúcar no estado de São Paulo.

As usinas que usam o bagaço de cana para produzir energia – nos municípios de Narandiba, Mirante do Paranapanema, Queiroz, Iacanga, Pitangueiras, Sebastianópolis do Sul, Cosmópolis e Barra Bonita – receberam investimentos de R$ 853,61 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terão, juntas, 543 MW de potência instalada e 194,6 MW médios de energia assegurada ao sistema elétrico.

“Estamos produzindo energia de uma coisa que era jogada fora, depois de produzir o álcool, o açúcar”, enalteceu Lula.

No discurso, de pouco mais de 20 minutos, o presidente não falou sobre política ou fez qualquer referência à imprensa. Ele falou, para convidados e um público formado por trabalhadores da Usina Termelétrica Barra Bionergia, sobre a política nacional de produção de energia do país e lembrou que, vencidas as barreiras tarifárias, hoje impostas pelo mercado internacional à exportação do etanol brasileiro, os Estados Unidos vão ter de se abrir para a importação do produto.

“Vamos ter mais emprego para vocês”, prometeu Lula.

Falando diretamente sobre a relação de outros países, entre eles os Estados Unidos, com o Brasil, maior produtor mundial de etanol, combustível limpo que, segundo ele, o mundo precisa para evitar os gases que provocam o efeito estufa, Lula foi aplaudido pelos trabalhadores e convidados.

“Ninguém pode empinar o nariz para falar com o Brasil. Antes de falar, vai ter de olhar o mapa”, discursou.

 

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