O levantamento, divulgado ontem (29), em São Paulo, aponta que a falta de informação ainda é um dos grandes problemas no combate à doença, que causa a morte de 11 mil mulheres por ano.
De acordo com o levantamento, apesar de o câncer ser a doença que mais mata mulheres no país, 39% das brasileiras acreditam estar imunes a ela. Das mil entrevistadas em 70 cidades, 22% acham ainda estar imunes, pois não têm casos de câncer na família. Entretanto, 90% dos casos de câncer não têm relação alguma com a hereditariedade.
“Isso é preocupante”, disse o diretor da Ipsos, Paulo Cidade, referindo-se ao fato de que a mulher, segundo o levantamento, não se preocupa, não busca informações, não vai ao médico e não faz os exames para detectar a doença.
A pesquisa constatou que só 35% das mulheres fazem o autoexame da mama pelo menos uma vez por mês. Já as mulheres com mais de 40 anos, que têm mais chances de ter a doença, são as que menos vão aos ginecologistas para fazer exames de rotina. “São essas mulheres que mais deveriam ir”, afirmou Cidade.
Para ele, as conclusões da pesquisa mostram que as campanhas de conscientização precisam mudar. Para Cidade, mais que simplesmente falar de riscos e da importância de exames, as propagandas precisam se adaptar ao universo feminino para serem mais efetivas.
“As mulheres são vaidosas, temem o câncer. Isso tudo precisa ser levado em conta”, disse Cidade. “Não basta mostrar quem está no grupo de risco e incentivar o autoexame
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