Outra enfermidade, a varicela, mais conhecida como catapora, vem apresentando um aumento de casos registrados em escolas e hospitais públicos aqui no estado. É nessa época que sua prevalência aumenta, o que deve durar até fevereiro de 2011. Mas não há motivo para alarme, por enquanto. Até o momento, a possibilidade de um surto epidêmico foi descartada, em ambos os casos, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
A médica pediatra do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Analíria Pimentel, disse que as duas enfermarias do setor de Doenças Infecto-Contagiosas e Parasitárias (DIP), referências da doença em todo o estado, estão “cheias” de crianças por complicações da catapora. O dado chama atenção já que a doença é conhecida por ser de fácil cura, sendo tratada geralmente em casa. Sem informar o número atualizado de pacientes, a especialista declarou ter atendido pacientes com pneumonia, meningite e abcessos na pele em decorrência da varicela. “A catapora é uma doença cíclica em todo o Brasil. O problema é que o impacto dela não é quantificado”, criticou.
Já dados da Secretaria de Saúde do Recife apontam uma queda nos números, de 478 casos notificados entre janeiro e agosto do ano passado, para 390 casos em relação ao mesmo período. Segundo a pediatra Matilde Ishigami, há casos mais frequentes na Maternidade de Abreu e Lima e no Hospital Barão de Lucena, na Iputinga (Zona Oeste do Recife), onde trabalha. “Isso é comum. Com o calor e a umidade, o vírus se prolifera e o maior contato entre as pessoas aumenta as chances de contaminação. Mas a doença geralmente não agrava”, disse a médica.
Ações – Quanto ao sarampo, a diretora-geral de Controle de Doenças e Agravos da SES-PE, Jacyra Ferreira, informou que foram feitas reuniões com os municípios de vocação turística (Olinda, Ipojuca, Itamaracá, Igarassu, entre outros) além da Ilha de Fernando de Noronha para definir ações estratégicas de vacinação seletiva e vigilância epidemiológica. Ainda segundo Jacyra, alguns pernambucanos, em número não informado, tiveram contato com paraibanos infectados pelo sarampo, mas não desenvolveram a doença. A enfermeira Patrícia da Silva, 32 anos, está tranquila com o seu pequeno Kevin, de um ano de idade, que já tomou vacina tríplice contra sarampo. “Ele tomou a vacina no posto de saúde e está livre”, disse.
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