John Lennon estaria completando 70 anos neste sábado e de Liverpool a Nova York, passando por Reykjavik, as iniciativas se multiplicam para festejar o ex-Beatle, para quem foram dedicadas exposições, shows e cerimônias em sua homenagem. Berço da Beatlemania e terra natal do “working class hero”, Liverpool fará a maior homenagem, que vai durar dois meses, com mais de vinte eventos programados.

De hoje a 9 de dezembro, dia seguinte ao 30º aniversário de sua morte, o artista britânico terá apresentações musicais, entre elas uma organizada pela orquestra filarmônica real da cidade, um tour pela Liverpool de John Lennon, sessões de leituras, espetáculos no Cavern Club, onde os Beatles foram descobertos…

Um monumento pela paz deve também ser inaugurado no local neste sábado por um de seus filhos, Julian, e por sua primeira esposa Cynthia. A cidade do norte da Inglaterra não é a única a festejar o homem que compôs canções como “Imagine”, em solo, ou “Yesterday”, “Michelle” e “She Loves You” com os “quatro rapazes”.

Na Islândia, sua última companheira, Yoko Ono, acenderá hoje perto de Reykjavik a torre “Imagine Peace”, memorial que ela dedicou a ele, e a Yono Ono Plastic Band, que foi trazida de volta no ano passado com seu filho Sean Ono Lennon, fará uma apresentação.

Em Nova York, onde Lennon foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980 depois de ter vivido nela por quase dez anos, uma “festa de aniversário de 70 anos de John Lennon” será realizada hoje em City Winery com as apresentações de várias de suas músicas, antes de um grande show no dia 12 de novembro, no qual se apresentarão, por exemplo, Patti Smith e Cyndi Lauper.

Ainda nos Estados Unidos, o Hall da Fama do Rock and Roll, em Cleveland, também celebra este aniversário com várias manifestações, entre elas a exibição de imagens da cerimônia de inclusão de Lennon, como Beatle, em 1988, e depois como artista solo, em 1994. Na França, o livro de fotografias dos anos nova-iorquinos do artista, captadas por seu antigo vizinho Bob Gruen, foi inaugurada, com o título “John Lennon, Nova York 1971-1980”.

“Esta obra é uma oportunidade para mostrar o seu período americano. Era um vizinho discreto. Ele gostava de poder ir à rua tranquilamente, longe da multidão”, contou Bob Gruen à AFP, que foi amigo de John Lennon. A gravadora EMI lançou um box de onze discos com seus álbuns solo remasterizados e demos em estúdio inéditas. Há algumas semanas, o assassino de John Lennon, Mark David Chapman, teve recusado pela sexta vez um pedido de liberdade condicional. Ele tinha sido condenado em 1981 à prisão perpétua.

 

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