O secretário estadual de Turismo, Múcio Sá, está sendo denunciado pelo Ministério Público Federal. Ele é acusado de desvio de verba do Ministério da Saúde.
Além de Múcio Sá são também denunciados pelo procurador Fernando Rocha de Andrade, que assina a ação, Aldanisa Ramalho de Sá, esposa do secretário, e José Nilson de Sá, pai de Múcio Sá. Eles integram a direção da Fundação Aproniano Sá. Segundo o Ministério Público Federal o grupo teria desviado R$ 1 milhão, que foi repassado pelo Ministério da Saúde através de convênio com a Fundação.
Para o procurador da República Fernando Rocha de Andrade, que assina a ação, “Múcio Sá, valendo-se da então condição de deputado federal, participou ativamente do esquema de desvio de recursos públicos federais destinados à Fundação Aproniano Sá, mediante a propositura de emenda parlamentar destinando R$ 1 milhão para execução do convênio nº 3045/2004″.
Uma investigação da Controladoria Geral da União evidenciou que, quando era deputado federal, Múcio Sá propôs emendas parlamentares relativas a área de saúde, beneficiando diversas entidades do Rio Grande do Norte, dentre elas a Fundação Aproniano Sá, pertencente à família dele. O esquema ficou conhecido como “máfia dos sanguessugas”.
No caso do convênio nº 3045/2004, os recursos repassados deveriam ter sido destinados à aquisição de medicamentos e produtos hospitalares para manutenção de unidade básica de saúde.
No entanto, como ocorreu em outros convênios semelhantes, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS detectou um esquema fraudulento protagonizado pela Fundação Aproniano Sá, que consistia em forjar termos de doação de medicamentos e produtos a entidades de municípios do interior.
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