O aborto é um dos procedimentos que mais ocupa leitos dos serviços públicos e privados na área de saúde da mulher.
Nos seis meses primeiros meses de 2010 foram 54.339 internações por este tipo de ocorrência, uma média de 12 casos por hora.
Os números registrados entre janeiro e julho são 41% superiores à soma de internações por câncer de mama e câncer de colo do útero (38.532), duas doenças consideradas pelos governos federais, estaduais e municipais como grandes desafios de assistência ao sexo feminino.
Como se observa no texto acima, publicado pela Associação Paulista de Medicina, o aborto é um fato. Uma realidade dura e cruel que não foi inventada pelo PT ou PSDB. A clandestinidade serve apenas para que pessoas inescrupulosas ganhem muito dinheiro e milhões de mulheres no Brasil morram todos os anos, vítimas de “serviços” mal feitos. A maior parte das vítimas são pobres.
Uma Webleitora escreveu para lembrar que o aborto é crime. Está certa. No Brasil é. Mas não é em vários estados americanos e na maioria dos países europeus. Um dia também não será por aqui. O divórcio já foi uma heresia, mas há quase 40 anos é tão legal entre nós quanto o casamento. Acredito em Deus e nas religiões, nem por isso concordo com o pensamento retrógrado da Igreja que ainda hoje condena a camisinha, um mecanismo seguro contra a AIDs e outras doenças.
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