A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, citou nesta segunda-feira o caso Paulo Preto para atacar o adversário José Serra (PSDB) ao ser questionada sobre a ex-ministra Erenice Guerra em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo.
Segundo a petista, Serra, quando governador de São Paulo, não puniu ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, por ser investigado pela Polícia Federal, na operação Castelo de Areia. O tal de Paulo Preto .
“O que diferencia é atitude desse governo em relação ao erro”, afirmou a candidata.
Dilma voltou a dizer que sempre foi contra ao nepotismo e afirmou que 16 pessoas já deram depoimento no caso de Erenice Guerra, acusada de tráfico de influência na Casa Civil.
“Ninguém controla o governo inteiro. Havendo o malfeito você investiga.”
A candidata também foi questionada pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes sobre o aborto.
De acordo com ela, não há contradição entre o que ela disse em sabatina na Folha em 2007 e o que tem defendido durante a campanha. Segundo Dilma, houve muita confusão sobre a questão.
Ela afirmou que existe uma diferença entre a sua opinião pessoal –“não acredito que mulher algum seja a favor do aborto”– e a política do cargo que pretende exercer –“presidente não pode fingir que essas mulheres não existem”.
Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática. Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.
“São duas posições diferentes: quando o aborto é um caso de saúde pública”, disse.
Ela voltou a dizer que é contra um plebiscito sobre o aborto porque isso dividiria o país.
“Não vejo a contradição porque ninguém em sã consciência vai prender 3,5 milhões de mulheres.”
A petista foi questionada sobre o fato do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ser sido escolhido coordenador de sua campanha, depois que ele saiu da disputa presidencial por pressão do governo.
Dilma afirmou que entendeu porque ele ficou magoado no primeiro turno e lembrou que ele trabalhou na reeleição do irmão, Cid Gomes, no governo do Ceará.
“Ele nos procurou e nós aceitamos prontamente”, disse a candidata.
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