Uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciada ontem (22) tornará obrigatória a instalação de dispensadores de álcool em gel em hospitais e clínicas, públicas ou privadas, em todos os quartos, ambulatórios e prontos-socorros, para evitar a transmissão de infecções.

Os hospitais terão 60 dias para se adaptar à medida, que ocorre em meio à preocupação com os casos de infecções causados pela bactéria KPC dentro de hospitais.

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) está sendo chamada de “superbactéria” por sua resistência a antibióticos e tem afetado pacientes hospitalares – mais vulneráveis por sua saúde fragilizada e por, em muitos casos, estarem tomando antibióticos.

“O (álcool em gel) facilita o hábito de higienização, porque é mais fácil de acessar. Mas as pessoas podem continuar a lavar as mãos com água e sabão”, afirmou Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, relata a Agência Brasil.

Especialistas reunidos pela Anvisa se reuniram durante todo o dia para discutir infecções por bactérias multirresistentes e a implementação de uma norma que obrigaria as farmácias a reter receitas de antibióticos no ato da compra dos remédios.

Médicos afirmam que a retenção deve ser aplicada, porque o excesso de uso de antibióticos é justamente o que está por trás do fortalecimento das bactérias.

“Mas quem vai fiscalizar? Na prática, é difícil que uma farmácia deixe de vender antibiótico para uma mãe”, questiona o infectologista Luis Fernando Aranha, do hospital Albert Einstein, para quem os hospitais também devem ser mais cautelosos ao ministrar antibióticos.

 

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