Símbolo do poder do Presidente da República, a faixa presidencial completará 100 anos quando Luiz Inácio Lula da Silva a entregar a seu sucessor. Instituída em 21 de dezembro 1910 por um decreto do presidente Hermes da Fonseca – que foi o primeiro a usá-la – a faixa recebeu ajustes e reformas ao longo dos anos.
A peça que Lula vai repassar ao próximo presidente eleito está novinha. Passou por um longo e polêmico processo de renovação. Como é confeccionada em seda, o desgaste pelo uso é natural. Desde a época de Collor, a faixa era a mesma. Para completar, não estava adequada aos moldes definidos no decreto que a criou.
Ao longo dos anos, a faixa presidencial ficou mais estreita do que o previsto. Dos 15 cm de largura definidos por decreto, ela possuía 12,5 cm. O brasão, inicialmente rico em detalhes e bordado a ouro, ficou simples. Então, o cerimonial sugeriu a confecção de outra peça. Exatamente como idealizada por Hermes da Fonseca.
O sucessor de Lula receberá uma faixa confeccionada por empresa contratada em licitação por R$ 38 mil que ainda ganhou toques de uma restauradora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ela costurou com fios de ouro o brasão da República na faixa, que é feita em chamalote de seda. As franjas da faixa também possuem pequenas correntes banhadas a ouro.
Um último detalhe da faixa, no entanto, não tem sua trajetória conhecida pelos historiadores que trabalham no Palácio do Planalto. No encontro das extremidades da faixa, usa-se um imponente e broche de ouro 18k, maciço, cravejado com 21 brilhantes. No centro, a face da mulher que simboliza a liberdade na pintura de Delacroix “A liberdade guiando o povo”.
Fonte: Robson Pires
Poste seu comentário