O PT tem dois candidatos naturais em 2014. Dilma, se tudo der certo e ela for candidata à reeleição, ou Lula, se precisar voltar para apagar algum incêndio.
Na oposição também temos dois candidatos naturais. Marina Silva, que saiu cacifada por 20 milhões de votos e Aécio Neves, que se o PSDB paulista deixar, herdará o partido para a campanha presidencialista de 2014.
Aí é que está. Serra já deu um sinal que não está se aposentando, e pela mágoa que ficou de Aécio, pode ser um impecilho dentro do partido às pretensões do mineiro. FHC já mostrou que chegou a hora de Aécio.
Mas se São Paulo não entregar o destino do partido a Aécio, ele pode se sentir obrigado a mudar, e para isso várias legendas estariam à sua disposição, com exceção do próprio PT, Aécio escolhe pra onde ir, principalmente se surgir a tal da janela que libera um troca-troca partidário. Na verdade, muitos gostariam de ver um novo partido de centro-esquerda que abrigasse dissidentes de todas as alas.
Mas se Aécio continuar no PSDB todos os argumentos mostrarão que ele será mais forte que Serra. Enquanto Serra é uma imagem do passado dentro do partido, Aécio é o próprio futuro, e até os partidos aliados se reaproximariam.
Ele não viveu intensamente o governo de FHC, então esse chão não poderá ser pisunhado por Dilma ou Lula. Serra e FHC para o PT sempre representaram o passado que precisa ser esquecido.
Aécio cola sua imagem no futuro, e busca somente as boas lembranças de seu avô. Aliás, como faz muito bem Eduardo Campos  em Pernambuco. Quase ninguém lembra que ele era o braço direito no terceiro governo Arraes. Mas a imagem do ex-governador, de sua luta pela redemocratização do país se sobrepôs a do administrador, e aí, tanto Eduardo quanto Aécio tiram seus dividendos.
Aécio é inteligente e tudo que está vivendo previu há alguns anos, teve a paciência de esperar e a competência de continuar seu caminho.
Em algum momento Lula pensou em Aécio, se ele aceitasse sair do PSDB.
Fonte Ronaldo Cesar
 

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