Representantes de centrais sindicais sugeriram ontem (4) ao relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF) que o mínimo seja elevado para R$ 580 no ano que vem. A proposta faz parte das negociações com o governo federal e a presidenta eleita, Dilma Rousseff, para um aumento maior que os R$ 540 previstos no relatório da proposta orçamentária.
Segundo Lupi, a definição do valor do reajuste depende de estudos técnicos para avaliação de sua viabilidade. “Nós vamos ver agora com as contas da Fazenda e da Previdência o limite máximo que podemos dar”, disse.
Na opinião do ministro, a presidente eleita tenderá pelo maior valor possível, mas levará em conta o equilíbrio das contas públicas. “Ela [Dilma Rousseff] vai ficar mais próximo daquilo que for o máximo que for possível dar sem comprometer as contas do governo federal”, afirmou.
No entanto, os efeitos positivos de um aumento no salário mínimo tendem, de acordo com Lupi, a compensar o crescimento dos gastos. “Quando você aumenta o salário-mínimo aumentam os impostos, porque tudo é decorrente do salário-mínimo”, explicou.
O ministro ironizou a proposta da oposição de elevar o mínimo para R$ 600, como defendido durante a campanha pelo então candidato José Serra (PSDB). “Pena que eles só tiveram essa visão mais social agora”, disse.
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