Dois sucessos recentes do cinema nacional – Chico Xavier e O Bem Amado – vão ser exibidos na TV Globo, a partir de janeiro, divididos em quatro capítulos cada  um. As duas produções foram realizadas com dinheiro das empresas da família Marinho, que espertamente vai continuar explorando o filão, agora na telinha. Embora sejam obras de boa qualidade, usam técnicas e linguagem de televisão, quando se sabe que no set se permite ir muito mais além. Embora sejam filmes que têm o seu valor, perdem em diversos aspectos para “Lula, O Filho do Brasil”, que conta uma boa história e tem direção eficiente de Fábio Barreto, e principalmente de “Tropa de Elite 2”, um dos melhores trabalhos feitos no país nas últimas décadas.

Em tempo: Daniel Filho e Guel Arraes, diretores dos primeiros dois filmes citados, são homens de televisão. Barreto e José Padilha, autores de “Lula” e “Tropa”, fazem cinema sem concessões à TV. Poderíamos também avaliar que a primeira dupla tem como opção um trabalho mais comercial e voltado em primeiro lugar para a diversão. A segunda, mais pretensiosa, talvez queira registrar a realidade e a história através da arte.

 

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