A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, chegou no início da tarde desta quarta-feira (madrugada em Brasília) a Seul, capital da Coreia do Sul, onde participa a partir de amanhã da reunião de cúpula do G20 (o grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula deve chegar a Seul somente na quinta-feira, após passar por Maputo, em Moçambique. A ida de Dilma a Moçambique para acompanhar o presidente chegou a ser anunciada, mas foi cancelada de última hora.
A participação de Dilma na cúpula do G20, sua primeira viagem internacional após a eleição, deve servir como sua “estreia” no cenário internacional como nova líder brasileira, faltando ainda mais de um mês e meio para sua posse.
A presidente eleita, que viajou em um voo de carreira ao lado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, não quis dar declarações após a chegada ao hotel Imperial Palace, onde está hospedada, alegando cansaço após 25 horas de viagem.
A agenda da presidente eleita em Seul deve seguir a do presidente Lula, incluindo possíveis reuniões com outros líderes dos países do G20.
Apesar disso, ela não deverá ter uma participação formal na reunião, reservada apenas aos chefes de Estado ou Governo em exercício.
Em declarações após a eleição, Dilma afirmou que lutaria, ao lado de Lula, para que o G20 adote medidas para combater a chamada “guerra cambial”.
A “guerra cambial”, como ficou conhecida a disputa entre os países em relação às suas moedas, deverá ser o principal tema de discussões dos líderes durante a cúpula em Seul, que termina na sexta-feira.
Alguns países, entre eles a China e os Estados Unidos, têm sido acusados de desvalorizar ou manter artificialmente desvalorizadas suas moedas para aumentar a competitividade de seus produtos de exportação.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou que pretende propor durante a reunião de cúpula do G20 a criação de um índice do FMI (Fundo Monetário Internacional) para identificar os países que manipulam a cotação de suas moedas.
O índice poderia servir para eventuais punições contra os países identificados pelo FMI, como por exemplo sanções na OMC (Organização Mundial do Comércio).
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