O presidente da Telebras, Rogério Santanna, disse ontem (12) que a volta da Telebras ao mercado de telecomunicações vem reduzindo os preços do serviço de banda larga praticados no país. “Só o fato de a Telebras ter sido revitalizada e começar a contratar tem gerado redução de preços nas cidades aonde vamos nos instalar. É isso que o governo quer, que o preço baixe, que a qualidade melhore, que haja mais serviços oferecidos à população, independentemente de quem forneça”
Santanna considerou inaceitável o comportamento das concessionárias de telefonia ao questionar judicialmente a participação da estatal no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “Achamos muito estranho e até surreal que uma associação de concessionárias de serviço público resolva acionar quem lhe concede o direito porque está construindo algo que tem direito de construir”.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), que representa 29 empresas de telefonia fixa e móvel, entrou com ação na Justiça Federal no Rio de Janeiro para que a Telebras não seja a única operadora do PNBL. Segundo a entidade, a escolha da Telebras como operadora única é anticompetitiva e fere o princípio da igualdade de tratamento aos agentes do mercado.
Santanna disse que a Telebras ainda não foi notificada sobre a ação judicial, mas, como não há pedido de liminar, a União terá 60 dias para se manifestar. Segundo ele, a ação não afeta os trabalhos da estatal na implantação do PNBL.
O presidente da Telebras assinou hoje o primeiro contrato para aquisição de equipamentos necessários à implantação do plano. A empresa brasileira Padtec, que venceu o leilão para iluminar a rede de fibras óticas já existentes, com uma oferta de R$ 63 milhões, começa a entregar os equipamentos em três semanas. Segundo informou o presidente da Padtec, Jorge Salomão, cerca de 65 pessoas foram contratadas pela empresa para atender à demanda da Telebras.
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