A transição de fato entre os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff começa a partir de hoje (16). Até a semana passada, os coordenadores do processo trabalhavam para levantar dados técnicos e as reivindicações de aliados para a composição dos futuros ministérios. A partir desta terça-feira, a presidente eleita receberá representantes de entidades civis, que levarão sugestões para setores como meio ambiente e direitos humanos para os próximos quatro anos. Ela ainda analisará os pedidos de partidos e de aliados por pastas na Esplanada dos Ministérios.
Um dos coordenadores da transição, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, entregou a Dilma, no início da noite de ontem, a lista com os pleitos de todos os presidentes das legendas alinhadas ao Palácio do Planalto. Pouco depois foi a vez de o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) chegar à Granja do Torto. Segundo o parlamentar que também integra a equipe de transição, ele foi´apenas visitar` Dilma, e não tratar de assuntos oficiais.
A presidente eleita chegou a Brasília na tarde de ontem, depois de viajar à Coreia do Sul para a reunião do G-20; para São Paulo, onde visitou o vice-presidente José Alencar; e para Porto Alegre, para encontrar familiares. De carro, foi pela primeira vez à residência oficial da Granja do Torto e não falou com a imprensa. Ela morava em uma casa no Lago Sul e a nova residência dividirá com o Centro Cultural Banco do Brasil o posto de quartel general de Dilma até a posse, em 1° de janeiro. Além dos assessores que a acompanhavam desde o aeroporto, a presidente eleita recebeu somente a visita de Dutra, perto das 19h30, que veio entregar o relatório sobre os postos disputados por aliados.
Dilma deve se reunir hoje com o presidente do PT, além de outros coordenadores da transição, como o vice eleito, Michel Temer, e os deputados federais José Eduardo Cardozo e Antonio Palocci (PT-SP). Os dois últimos já estiveram reunidos com Dilma desde que ela voltou da reunião do G-20, no sábado, e atualizaram a petista sobre questões técnicas e as negociações em torno do Orçamento de 2011. O relatório da proposta orçamentária deve ser votado pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional durante a semana.
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