José Sarney, homem forte do senado, do PMDB, do blocão fisiológico que tentaram e estão tentando formar para extorquir – não achei melhor termo – o governo de Dilma Rousseff, escreveu hoje (19/11) na Folha de São Paulo, como o faz com freqüência.

Na sua pauta não está o senado, nem o blocão fisiológico do seu partido na Câmara, nem a crise cambial internacional ou a reunião do G20, nada disso. Sarney escreve sobre qual seria a melhor forma de se tratar Dilma Rousseff após sua posse na presidência da República. Presidente ou presidenta? Realmente, um grande dilema.

Enquanto conta estórias da carochinha para brasileiro ver, a turma de Sarney trabalha duro em suas oficinas, amolando suas ferramentas para a colheita que se avizinha. O apetite é voraz. O blocão que tentaram formar é só a entrada do banquete raso e anti-republicano que preparam. Escrevam aí!

Longe de mim acusar estes peemedebistas de ajuntamento de ladrões, como o fez Ciro Gomes em passado não muito recente. Mas, digamos que o político cearense passou por dentro da questão. Se com crise econômica sob controle, o país crescendo e o governo enrolando a grande maioria da população o PMDB já se engraça desse jeito, imaginem com uma economia apresentando problemas?

O jogo rasteiro do PMDB, que o PT conhece melhor que ninguém, portanto não pode reclamar, é um sintoma de que a deslealdade não se funda somente no pragmatismo. As forças políticas hegemônicas no Brasil estão podres.

Este quadro demonstra que o regime político e a própria República que nos resta estão pendurados no pincel da economia. É o que restou. A torre é de Babel, e a linguagem e a retórica possíveis são cargos e verbas. Tire-se isto e a torre pega fogo. Portanto, presidente ou presidenta Dilma Rousseff, torça para a economia continuar sob controle.

Não tem sido nada fácil para a presidente eleita Dilma,está mesmo entre a cruz e a espada.

 

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