O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse nesta sexta-feira que, embora descarte a ideia de participar do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, não considera que sua participação nas discussões da cúpula do PT cause qualquer constrangimento ao partido. Apontado como chefe da quadrilha do mensalão, Dirceu foi demitido do cargo de ministro por Lula pouco após o estouro escândalo, em 2005. Mais tarde, viria a ter cassado seu mandato de deputado estadual e suspensos seus direitos políticos.
Dirceu compareceu à reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília. Aparentando estar à vontade, o ex-ministro não se recusou a falar com a imprensa e respondeu pacientemente às perguntas. Questionado sobre sua possível participação no futuro governo, Dirceu foi bem claro: “Não devo, não quero e não posso”. Ele negou, porém, que seua presença ativa nas discussões petistas seja um problema para a legenda. “Eu tenho apoio irrestrito do meu partido”, afirmou.
O ex-ministro afirma ter conversado com Dilma apenas para parabenizá-la pela vitória. Sobre a possibilidade de uma disputa entre petistas e peemedebistas por cargos de importância, ele sentenciou: “PT e PMDB estão condenados a se entender e governar juntos. Seria uma irresponsabilidade nós nos desentendermos”. Ele ressaltou, porém, que os interesses dos aliados não podem se sobrepor à palavra final da presidente: “Não queremos ‘hegemonismo’, mas quem decide os ministérios é a presidente”, declarou.
Reunião – O Diretório Nacional do PT se reúne em Brasília para discutir uma resolução a respeito do pleito de outubro. O documento, que não trará novidades, será uma espécie de celebração da vitória nas últimas eleições. Dilma Rousseff deve fazer o discurso de abertura do encontro.
Fonte: VEJA
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