O ministro da Educação, Fernando Hadad, comentou ontem (23) as notícias divulgadas na imprensa sobre os resultados da auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito das falhas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009. Segundo Hadad, não foi apurada “falha ética” dos servidores e sim “falha administrativa”. “Eles agora terão a oportunidade de se explicar, de se defender. São dois servidores que não estão mais em cargos comissionados. Um deles, inclusive, nem é originalmente do Inep [Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa], é de uma universidade federal”, afirmou.

Os dois servidores aos quais Hadad se refere são Heliton Ribeiro Tavares, então diretor de Avaliação da Educação Básica e Dorivan Ferreira Gomes, que foi o executor técnico do contrato de aplicação do Enem e coordenador-geral de Exames para Certificação. Os dois foram citados em matéria do jornal O Globo edição de segunda (22). A reportagem traz informações do relatório do TCU que aponta os servidores como responsáveis pelo pagamento a mais de R$ 4,5 milhões pela impressão do exame no ano passado. O tribunal não confirma a informação, mas o ministro já admite que o assunto deverá “terminar no pleito do TCU”.

Após a confirmação do vazamento do tema da redação do Enem, o Ministério da Educação emitiu nota oficial na madrugada de hoje (24), informando que não cancelará o exame deste ano. O argumento é que a prova em si não foi comprometida, somente o texto motivador da redação. O estudante envolvido na fraude será eliminado.

A Polícia Federal informou nesta terça-feira (23) que houve vazamento do tema de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no dia 7 de novembro. Após investigações em Juazeiro (BA), a PF concluiu que uma professora de Remanso (BA), que aplicou a prova no Colégio Ruy Barbosa, na mesma cidade, teve acesso ao texto que baseou a prova de redação. Ela abriu um caderno de questões destinado a deficientes visuais duas horas antes do início das provas.

Fonte: Uol/Agência Brasil

 

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