O Registro de Identidade Civil (RIC), que unificará nacionalmente o número da carteira de identificação, deve entrar em vigor no mês que vem sem que haja definição sobre o prazo de validade do documento. O assunto está em discussão no Congresso, uma vez que a lei atual não prevê prazo para revalidar a carteira.

A implantação do sistema começa com a expedição, por três estados e quatro municípios, dos 100 mil primeiros cartões magnéticos de identidade com chip. Por agregar função de outros documentos (como título de eleitor, CPF e PIS-Pasep), o cartão gradualmente substituirá a cédula de RG. A meta do governo é cadastrar, em nove anos, 150 milhões de brasileiros.

Porém, o projeto de lei que estabelece para o documento validade máxima de 20 anos, no caso de maiores de 18 anos, e de 10 anos, para menores, só deve ser apreciado pelo Senado em 2011. Aprovado semana passada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, ele teve sua tramitação comprometida pelo cronograma apertado de fim do ano do Congresso.

Mas, mesmo que passe pelos parlamentares, a proposta encontra resistência no Executivo, principalmente do Ministério da Justiça, encarregado de tirar o RIC – editado por lei em 1997 – do papel. Ao iG, o diretor do Instituto Nacional de Identificação, Marcos Elias, afirma que o ministério encaminhará à Presidência da República parecer contrário à sanção do projeto.

Além do prazo de validade, o substitutivo estabelece categorias para os documentos de identificação, condiciona a obtenção de segunda via à nova tomada de digitais e torna obrigatório o registro a partir dos 18 anos. Pelo projeto, a primeira via e as decorrentes de vencimento são gratuitas. Já as carteiras atuais continuam valendo.

Com exceção de Rio Grande do Sul, São Paulo e Amazonas, todos os estados, além do Distrito Federal, já concordaram em adotar os novos cartões. De acordo com o Ministério da Justiça, são confeccionadas atualmente média de 1 milhão de carteiras de identidade por mês.

Mesmo durante a implantação do RIC, as secretarias de segurança dos estados e postos como o Poupatempo continuarão a realizar o registro de identificação. A diferença é que, a partir de 2012, as secretarias passarão a confeccionar os cartões, por enquanto a cargo do Ministério da Justiça.

 

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