A mortalidade infantil recuou de 69,12 para 22,47 óbitos em cada mil nascidos vivos entre os anos de 1980 e 2009, conforme aponta a Tábua da Mortalidade, divulgada hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o gerente de estudos e análises demográficas do IBGE, Juarez de Castro Oliveira, avanços em campanhas de vacinação e outros programas de saúde ajudaram a garantir o recuo da taxa.

“Os programas de vacinação em massa, o incentivo ao aleitamento materno, o acompanhamento de gestantes e recém-nascidos, além da relativa expansão do saneamento básico, contribuíram para isso”, afirmou Oliveira.

Ele destacou ainda que, embora a projeção do instituto para 2015 seja de alcançar o nível de 18 mortes em cada mil nascidos vivos, o país deve cumprir a meta do milênio para a mortalidade infantil da Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 15 óbitos em cada mil nascidos vivos. “Essa é uma projeção inicial, mas com a inclusão dos dados do Censo Demográfico 2010 devemos chegar ao nível estabelecido em 2015.”.

Apesar do avanço registrado pelo IBGE, Oliveira ressaltou que a taxa de mortalidade infantil no Brasil ainda é maior que a de outros países da América Latina, como El Salvador (21,5), Colômbia (19,1), e Venezuela (17), conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o que tem a menor taxa de mortalidade, 12,7. Em seguida, aparecem São Paulo (14,5) e Santa Catarina (15). Na outra ponta, está o Alagoas, com a maior taxa de mortalidade: 46,4 óbitos por cada grupo de mil nascimentos vivos.

 

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